junho 09, 2025

OLHA O GADO AÍ GENTE !!! - Newton Agrella


Perceba que o fantoche não tem alma.

Ele não é dono de seu nariz.

Ele se distingue pelo ignóbil fato de ser manipulado.

O fantoche não pensa, não cria, não questiona, não discute...

Na cultura popular nordestina do Brasil há um tipo particular de fantoche, o mamulengo.

Talvez, pela ironia do destino ou pelos desígnios da Vida o mamulengo ganhou uma conotação pejorativa para designar pessoas sem vontade própria, sem autodeterminação, incapazes de formularem seus próprios conceitos a respeito do significado e da significância das coisas.

Repare que o Fantoche não vive.  

Ele subsiste.  

Sempre na condição de substrato de uma idéia ou de uma matéria...

A vantagem do fantoche é que a ele, jamais serão imputadas quaisquer responsabilidades.

Afinal de contas, ele não pensa e nem age por sí. 

Ele é sempre produto de uma massa de manobra.

Tal qual o rebanho que obedece o vaqueiro e se deixa conduzir não se sabe pra onde.

O fantoche muge, repete ladainhas sinistras, faz tudo o que o chefe manda, e se deixa comprar por quinquilharias ou por um lanchinho meia boca, pra de algum modo, sentir o gostinho da vida....

Cuidado peão que a manada quer atravessar o pasto novamente e tornar mais áridas e improdutivas as terras por que passam

....

É vida que segue....




junho 08, 2025

A MENTE É O EPICENTRO DE NOSSA ESSÊNCIA, EDUCÁ-LA PRECISAMOS! - Bruno Bezerra de Macedo


O mentalismo é uma arte performática onde os praticantes, conhecidos como mentalistas, usam habilidades mentais e intuitivas para criar ilusões e apresentar ao público fenômenos como telepatia, telecinésia e controle mental. Essa arte se baseia em técnicas como leitura da linguagem corporal, sugestão, hipnose e princípios ilusionistas, criando a ilusão de habilidades mentais extraordinárias. 

“Tudo que a mente humana projeta se plasma na matéria” (2). A mente humana, como um farol, projeta seus pensamentos e emoções para o mundo exterior. Esses pensamentos e emoções, ao se manifestarem no mundo físico, moldam e criam a realidade que vivenciamos. A vida mental é formada pelos pensamentos e emoções que permanecem, tornando-se a base das ações e realizações de um indivíduo em seu processo evolutivo. 

A mudança de atitude em relação à vida e aos relacionamentos é essencial para um trabalho de edificação, trazendo equilíbrio e liberando cargas conflitivas, e a consciência nos permite viver em harmonia com nossa própria natureza. “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas, transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (3).

O pensamento é força eletromagnética. A vontade, contudo, é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina. A cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria. o pensamento transforma energias mentais em ações e experiências no mundo físico e no mundo espiritual. 

É pelo pensamento que conseguimos perceber o mundo a nossa volta, ver a beleza que ele contém, e é através dele que temos a possibilidade de decidir sobre nossa vida, como devemos conduzi-la. Sendo o pensamento um produto da mente, que tem sua sede no ser espiritual, somos o que pensamos. A consciência de cada ser é o resultado das escolhas e ações realizadas ao longo da vida. 

Entender que a mente humana tem o poder de criar e influenciar a realidade pode ter um impacto significativo na forma como as pessoas se relacionam com a vida, com os outros e consigo mesmas. Ao cultivar pensamentos positivos, emoções construtivas e atitudes de amor e solidariedade, é possível transformar a própria vida e o mundo ao seu redor. “Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração” (5).

O mentalismo, portanto, pode ser definido como uma forma de explicar o comportamento, onde se pressupõe a existência de uma relação causal entre o comportamento e um componente interno, a mente. O termo "mentalismo" foi amplamente utilizado por B. F. Skinner e outros psicólogos da vertente behaviorista, que tem por principal objetivo identificar as leis que governam a relação entre estímulos, respostas e consequências.

Neste influxo, o primeiro princípio hermético é o mentalismo, que entende o universo como sendo todo mental. Tudo o que criamos pela mente, existe! Portanto, quando dominamos a nossa mente, podemos dominar nossa realidade. Por isso, é crucial o autoconhecimento e exercícios que nos ajudem a melhor percebê-la, entendendo o momento presente e a nossa verdadeira essência, sem se deixar afetar por sensações passageiras.

Nessa jornada, nossa mente passa por uma escola que se chama Tempo, ou, melhor dizendo, Espaço-Tempo, que é a realidade física onde todos nós nos sentimos viver e nos contemos. Na realidade tridimensional, leva tempo para fazer um pensamento se materializar. Isso pede uma reflexão sobre a relação com o tempo e com a matéria. Precisamos aprender a ver o tempo como nosso amigo.

A coisa mais poderosa que podemos aprender na nossa jornada da vida é que a mente é o epicentro da nossa essência e que dominar, educar a mente, é a grande função de todos os momentos de sintonia. O mais importante nos momentos de sintonia é aceitarmos que tudo que existe, na verdade, já existe dentro da mente do Todo, portanto, a qualidade daquilo que pensamos define o endereço vibratório do nosso ser.

Todos os nossos pensamentos estão dentro de nós e nós está dentro deles. Nós estamos dentro do Todo e o Todo está dentro de nós. Nosso pensamento cria, assim, todas as coisas que conhecemos foram criadas primeiro na nossa mente, ou, como chama Platão, no mundo das ideias. Então, a realidade originária é a mente. Mas, nossa mente não nasce sabendo disso, ela vai emergindo na existência. Isso é Caibalion estudem, pois é iniciático.

REFERÊNCIAS INSPIRADORAS

(2) Joanna de Ângelis / Divaldo Franco, Dias Gloriosos

(3) Paulo de Tarso, Carta aos Romanos, Romanos 12:2

(4) Emmanuel / Francisco Cândido Xavier, Pensamento e Vida

(5) Lucas, Atos dos Apóstolos, Atos 4:32

(6) Caibalion, Editora Pensamento, 1922

FAZER MAIS - Adilson Zotovici




Caminham obreiros passo a passo

Pelas sendas do bem, culturais

Com vigor por canteiros cabais

Que labor, amor, seja o traço


Vez que livres pedreiros leais

Aonde alcançar o compasso

Pela régua, a cinzel e maço

E sem trégua, cruzam os portais


Se em seu trilho algum cansaço

Desistir da jornada jamais

No obreiro não há brilho baço


O trabalho a fio nunca é demais

Vez que sempre haverá espaço

“E o desafio é fazer pouco mais” !



UMA CARINHOSA E SIMBÓLICA LEMBRANÇA

M


Ao final da palestra que realizei na sexta-feira na ARLS Fraternidade de Itariri, pequena e bela cidade do litoral sul de São Paulo, a cerca de 80 km de onde resido, reencontrei alguns irmãos que são velhos amigos.

Um deles era Venerável Mestre quando fiz a primeira palestra naquela Loja, há alguns anos, em sessão pública, e desde então compartilhamos nossa paixão por rock clássico e cultura judaica.

Este irmão, Gibran Tadeu de Barros, num gesto delicado e gentil, ofereceu um lindo mimo, uma pequena Menorah dourada, com um poderoso significado simbólico no judaísmo e na maçonaria.

Na foto aparecem ao meu lado o Venerável Mestre Juarez Cavalcante e Gibran. Minha gratidão.


 

junho 07, 2025

ARLS FRATERNIDADE DE ITARIRI 293 - Itariri



Na noite de ontem, sexta-feira, a convite do VM Juarez Távora Amorim Cavalcante, amigo de longa data, visitei a ARLS Fraternidade de Itariri n. 293, na cidade do mesmo nome, para proferir a palestra Os desafios da maçonaria na contemporaneidade, tema do mais recente livro editado pela Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, que tenho a honra de presidir.

É uma Loja onde tenho irmãos que são amigos queridos, como o próprio Venerável Mestre e o irmão Hugo Menezes de Souza que me deu a carona pelo longo e perigoso trecho de Mongaguá até Itariri.

A palestra gerou boa participação dos irmãos que se estenderam em comentários proporcionando aprendizado a todos os participantes.

Ao final o irmão Gibran Tadeu de Barros, membro da Loja e da administração da GLESP me presentou com um precioso mimo, uma menorá judaica, na Ordem símbolo de luz.




O QUE LEVA O HOMEM A SER MAÇOM? - Ivair Lopes


A primeira premissa esclarece que a Maçonaria é uma Fraternidade.

Ora, o substantivo feminino fraternidade designa o parentesco de irmãos, o amor ao próximo, a harmonia, a boa amizade, a união ou convivência como de irmãos.

Isso leva à conclusão de que, na organização designada, genericamente, como Maçonaria, ou Franco Maçonaria, definida como uma Fraternidade, deve prevalecer a harmonia e reinar a união ou convivência como de irmãos.

(Do livro “Fragmentos da Pedra Bruta – José Castellani)

Estive meditando, nos últimos dias….

O que leva o homem a ser maçom?

Devemos inquirir nossos conhecimentos de prima facie, relembrando que o homem maçom é escolhido dentro a sociedade profana, como que um diamante ainda em estado bruto, pois assim o determina os antigos costumes, de forma que ele somente toma pé de onde e o que o espera, quando da sua iniciação.

Sabemos que hoje, não mais como ontem, o indicado, indaga-se e prepara seu espírito, quando lhe é informado que será iniciado, certamente pelas ferramentas disponíveis na internet e em outros meios de comunicação, toma nota e assimila um conteúdo considerável a respeito da sublime ordem.

Mas, muito provável, muita coisa que lerá, será apenas falácias, enquanto outros se apresentarão muito maiores que possa imaginar a sua vã expectativa.

Nestas falácias, muita coisa, escrita, ou não se enquadra no seu rito ou não é operada ao pé da letra por sua futura loja ou potência.

Podendo traduzir num permeio de desolação e decepção quanto ao que esperava.

Noutro mote, há expectativas geradas pelos próprios futuros irmãos de ordem, que acreditam piamente e esperam algo que não se traduz em realidade tangível, mas apresenta-se apenas como expectativas.

Assim, o candidato e a oficina se apresenta com enorme expectativa, desde a sua iniciação até o dia que o laço de rompa, seja pela saída do obreiro, desligamento obrigatório ou a sua passagem para outro oriente.

Pois bem, há nítido jogo de interesses, não manejo o interesse com o intuito depreciativo, mas sob a ótica construtiva, o interesse como objeto de vontade, a loja adquirindo um obreiro que atenda as suas expectativas enquanto membro, maçom, pai de família, pessoa da sociedade e o iniciado aglutinando outras visões de interesse, de lapidar seu conhecimento de si, adquirir novas amizades, prover um meio social coerente a si e a seus familiares, etc.

Quando não esta tudo caminhando. Afirma-se que a “egrégora” não esta condizente. Particularmente não gosto desta afirmação!

Mas, certo é que também discordo da afirmação de que a maçonaria, escolhe grandes homens, e entre eles, haverá diferenças maiores quanto mais for a capacidade e a liberdades daqueles.

A afirmação alhures, é tipicamente profana.

Vale fora dos nossos templos.

Não poderia vingar quando falamos de relações entre maçons. 

Que deve ser uma relação alicerçadas nas leis naturais, nos antigos costumes e num sistema que tem como meta algo mais que uma boa relação entre irmãos.

Lembramos que combatemos o despotismo, a iniquidade, levantamos templos a glória do criador, em honra da virtude e sepultamos nas profundezas todas as formas de vícios.

Neste permeio de locuções é que busco a resposta para a indagação que me trouxe até estas linhas, aquele profano imaginário, não sabia de nada disso, se sabia, o seu horizonte não imaginaria como os olhos de um maçom veem a tudo isso.

Por tal é recebido maçom, um homem, que circula por dentre a decortinação do grande espetáculo da luz da verdade, o caminho solar do escocismo. 

Viaja por dentre as luzes da sabedoria, aprende nas ciências e sente a existência da força e embebedar-se pelos caminhos da beleza, situações que sustentam todo o arcabouço do aprendizado maçônico.

Arrancam-lhe o juramento.

São lhes deferidas as obrigações, assentindo é feito maçom!

Descobri o que leva o homem a ser maçom? 

É guardar consigo, não grandes segredos.

Mas o segredo da vida, ser feliz, amar ao próximo, lutar, vencer, sorrir e chorar e não tripudiar dos oprimidos, não blasfemar, não vilipendiar, não deixar de lapidar-se, aprender a praticar a iniciação em si mesmo dia após dia.



MANUSCRITO BARRET-HALLAM


O Museu da Maçonaria em Londres recebeu recentemente uma doação rara e valiosa: um novo manuscrito das Antigas Obrigações, agora batizado de "Manuscrito Barret-Hallam". Datado de 20 de julho de 1718, ele surge exatamente no período em que a Maçonaria deixava de ser operativa e assumia sua forma especulativa moderna.

Escrito por Joseph Hallam, escrivão paroquial de Mansfield, para um certo William Barret, o documento segue o formato clássico das Antigas Obrigações: oração inicial, lenda das sete artes liberais, história mítica da maçonaria e regras para lojas e aprendizes. O mais curioso? Hallam deixou seu nome e uma carta pessoal dentro do pergaminho!

Com quase 3,6 metros de comprimento, o rolo passou por um minucioso processo de restauração financiado pelo National Manuscripts Conservation Trust. O trabalho revelou inclusive o tipo de papel usado - com marca d'água holandesa - e vestígios de intervenções mal feitas ao longo dos séculos.

Agora restaurado, o manuscrito está disponível para consulta na Biblioteca do Museu. Pesquisadores o consideram uma peça-chave para entender o nascimento da Maçonaria moderna e suas ligações com as antigas tradições operativas. Uma nova publicação acadêmica sobre ele já está a caminho.

MASONICA | O Portal da Arte Real www.masonica.com.br

junho 06, 2025

AMPULHETA E SEU SIMBOLISMO ENIGMÁTICO - Newton Agrella


A palavra “ampulla” que, em Latim, significa redoma de vidro é a que deu origem ao substantivo "ampulheta" em Português, artefato muito utilizado antigamente na navegação, cuja função era a de marcar um período determinado de tempo.

Sem entrar no mérito de sua elaboração estética, mas sim, como um símbolo maçônico encontrado nas Câmaras de Reflexão, seu significado remete a uma profunda análise íntima daquele que se submete ao processo de iniciação na Sublime Ordem.

Sob o ponto de vista filosófico, a ampulheta diz respeito à inevitabilidade da passagem do tempo, e em especial, uma alegoria à própria transitoriedade da vida.  

Considerado na Maçonaria, um símbolo que mostra, pelo escoamento da areia, o transcorrer do tempo, e recorda ao profano a brevidade da existência humana - conferindo-lhe inclusive um ar um tanto esotérico -  com plurais interpretações, a ampulheta traz consigo uma imagem enigmática.

O tempo passa e voa, e a vida sobre a terra é semelhante ao cair da areia.

Àquele que se submete à experiência da iniciação maçônica, cabe registrar que a ampulheta se encontra na Câmara de Reflexões para sinalizar ao Iniciando, que o tempo deve ser aproveitado para as coisas úteis e positivas da vida, tanto para si, como para toda a humanidade. 

O esoterismo contido no simbolismo maçônico  da ampulheta é a de alertar ao Iniciando, que as ínfimas frações do tempo, acumulam-se para dar vazão à Eternidade, anímica e espiritual.

Nessa linha simbólica, a ampulheta representa o ciclo humano.

Pela sua própria compleição, a ampulheta com seus dois compartimentos revela a analogia entre o alto e o baixo, o vazio e o pleno, a terra e o céu e mormente no âmbito especulativo a ruptura simbólica com o mundo profano, e a entrega ao espírito e ao intelecto na busca pelo aprimoramento interior.

Não vai aí nenhum exagero, interpretar que a ampulheta, talvez seja o instrumento mais sensível que instigue a Consciência Humana, do tempo de que se tem para marcar o protagonismo e a razão de nossa história.

A expectativa é a de que cada grão de areia possa representar o exercício mais consistente e significativo do tempo que temos para valorizar esta nossa experiência.

Hora de virar a ampulheta !


CARTA CONSTITUTIVA - Alfério Di Giaimo Neto



Nos primórdios, uma Loja era formada por si só, sem nenhuma cerimônia, normalmente auxiliada por outra da vizinhança, se um número suficiente de Irmãos decidissem formar uma delas.

Mas, em 1722, a Grande Loja da Inglaterra recém formada em Londres, determinou que cada nova Loja na Inglaterra deveria ter uma patente, e desde aqueles tempos todos os Irmãos que resolvessem formar uma nova Loja, empenhavam-se para obter a permissão, a certificação, em forma de carta, da Grande Loja.

Esta nova Loja ficava, então, unida à Grande Loja da Inglaterra, como uma filial, se comprometendo em trabalhar de acordo com seu sistema, e se manter dentro dos antigos landmarks.

Então, a tal Loja era chamada justa, perfeita e regular.

Temos hoje, conforme nos orienta o Mestre Alec Mellor, que nenhuma Loja ou Capitulo pode existir regularmente sem um título de constituição, chamado Carta Constitutiva (em inglês, Warrant ou Charter) que é ao mesmo tempo, a sua certificação de nascimento e, de certa forma, seu alvará de funcionamento.

Henry Wilson Coil nos esclarece que não há uma essencial diferença entre Warrant e Charter, mas ambas as palavras, nos primórdios eram usadas para descrever a autorização, emitida pelo Grão Mestre, consentida pela Grande Loja, de modo oral primeiramente, em seguida por escrito, para a constituição de uma nova Loja.


junho 05, 2025

XXX JORNADA MAÇÔNICA DO BRASIL

 


Também no domingo passado recebo o honroso convite para assumir a Coordenação Geral da XXX Jornada Maçônica do Brasil, o maior e mais importante evento da Ordem no país, e que nesta oportunidade, pela primeira vez será realizado fora da Capital, na cidade de Santos. Participei como palestrante em algumas edições.

A ACAOL, Associação Cultural e Assistencial Obreiros do Leste, que criou e organiza o evento, tem um destacado trabalho de benemerência na região onde se situa e as Jornadas Maçônicas são um poderoso instrumento de divulgação da cultura da Ordem e de visibilidade da ACAOL.

Creio que o convite partiu do pressuposto de que, de maneira mais modesta, eu tenho os mesmos objetivos: disseminar cultura Maçônica e através das doações obtidas com minhas palestras e publicações amenizar a dor e o sofrimento de pessoas em situação de carência.

Agradeço a honra e farei o possível para que esta trigésima edição tenha o mesmo sucesso das anteriores.


RUAS DE PEDRAS POLIDAS





No domingo passado, durante a 16a Jornada Maçônica de Santos fui presenteado com vários livros, o melhor presente que um estudioso pode receber.
Um deles, interessantíssimo, foi uma cortesia do irmão e editor Cléber Bortolomasi, intitulado "Ruas de Pedras Polidas". É um livro com as biografias dos ilustres maçons, dos séculos 18 a 20, que contribuiram com a Ordem e a sociedade e dão nomes às ruas de Santos e região, e na verdade em todo o Brasil.
Os textos, bem documentados e redigidos, são de autoria de diversos membros da ARLS Amigos da Verdade.
Entre as inúmeras biografias e curiosidades estão personagens como Afonso Pena, Benjamin Constant, Carlos Gomes, Ruy Barbosa, Vicente de Carvalho e muitos outros.
Um livro delicioso de ler e com ele aprender. Muito obrigado.

TRAÇANDO PARALELO - Newton Agrella



A originalidade é uma expressão única e singular da capacidade humana de tornar absolutamente autêntica sua engenhosidade e seu processo de criatividade.

Particularmente no campo das Artes, da Música e da Literatura essa condição se torna evidente quando provoca reações que podem variar de humor conforme o perfil de seu ineditismo.

A originalidade está implicitamente associada ao modo de expressar-se, mas sobretudo à forma independente e individual de expor uma pintura, uma escultura, uma música ou uma obra literária. 

Ela se substancia a partir do momento que consiga traduzir "legitimamente" um novo conceito ou uma nova ideia que impacte o espectador, o ouvinte ou o leitor, e cuja essência seja capaz de convencê-los disso.

A originalidade remete-nos desde os textos bíblicos, quando a mesma se manifestava como inequívoco qualificativo do Pecado.

Sim, o Pecado Original, no universo cristão, dá conta sobre a autenticidade da imperfeição humana.

De qualquer forma é uma propriedade que traz consigo o caráter de ser genuína, inimitada e inteiramente própria em sua compleição.

No que diz respeito às peças literárias, o que mais se vê no dia a dia é o famoso "chupa e cola" ; 

Pois é, esse tal do "chupa e cola" ou a  desaforada "não citação de fontes e autores" de que se valem muitos dos que se atrevem a mergulhar no terreno da escrita são extremamente prejudiciais à saúde cultural.

Por mais infame que possa parecer, no ambiente maçônico é algo um tanto rotineiro, aventureiros travestidos de escritores procederem cópias fiéis de inúmeros textos, sem ao menos se preocuparem em dar um mínimo de caráter pessoal aos mesmos.

Imprescindível lembrar, que além de  indevido, este tipo de expediente em nada contribui para um suposto desenvolvimento intelectual do "pseudoautor".

Ainda no que tange à natureza da originalidade, espera-se de um artista, músico, escultor ou escritor  um mínimo de esforço, discernimento, reflexão e arbítrio para elaborar sua obra na esfera de sua verdadeira capacidade intelectual.

O pensamento e o raciocínio são os agentes transmissores desse exercício, os quais encerram em sí um caráter incomparável.

No que contempla a originalidade no campo literário, o texto deve possuir um mérito dialético e argumentativo, alicerçado antes de mais nada, pela ética, como diretriz pelos princípios que motivam e disciplinam o comportamento humano,   manifestando o respeito da essência das normas e valores, atinentes a qualquer realidade social.



OFÍCIO MAÇÔNICO E ORDEM MAÇÔNICA - Almir Sant’Anna Cruz


No Reino Unido utiliza-se até os nossos dias o termo Craft Masonry (Ofício Maçônico), que lembra as corporações de ofício medievais, da Maçonaria Operativa. 

Quando a Maçonaria foi introduzida na França, o termo Craft, ofício, corporação, embora honorável, foi considerada excessivamente plebeia e passou-se a utilizar o termo “Ordem”, considerada mais apropriada ao caráter aristocrático que ela assumiu, que poderia se referir tanto às Ordens do Rei, quanto às Ordens religiosas, ou às Ordens profissionais, como a dos Advogados. 

O termo “Ordem” dava à Maçonaria um prestígio maior que o termo Craft, sendo desta mesma época o costume de todos portarem espadas em Loja, privilégio dos nobres, mas que em Loja igualava o nobre ao plebeu.

Do livro Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores Interessados no livro contatar o irmão Almir no WhatsApp (21) 99568-1350