julho 30, 2025

MAÇONARIA DISSECADA Jorge Gonçalves


Em 1730, uma publicação espúria, mas de valor histórico inestimável, intitulada *Maçonaria Dissecada*, revelou os rituais praticados na Inglaterra pela Grande Loja fundada em 1717. A crise resultante levou, em 1751, à criação de uma nova Grande Loja por irmãos que se diziam fiéis à tradição. 

Foram eles que, de forma pejorativa, passaram a chamar os primeiros de *modernos*, enquanto se autodenominaram *antigos*. Assim nasceu uma rivalidade que durou 62 anos.

A união só foi possível em 1813, com o apoio da família real inglesa, por meio de dois irmãos de sangue, os duques de Kent e de Sussex, dando origem às Grande Loja Unida da Inglaterra. 



O EQUILÍBRIO - Ronaldo Fernandes


A dualidade existe em todo o ser humano: o Eu Superior e o Inferior, Anjo e Demônio, Positivo e Negativo, Luz e Trevas, Certo e Errado, Bem e Mal. Temos de aprender a dominar estas forças antagônicas, essas posições extremadas e radicais que possuímos e que nos fazem questionar sobre conceitos e valores que não se medem por recursos materiais.

E isso só é possível quando mergulhamos em nossos ensinamentos, aperfeiçoando-nos em nossa ritualística e exercitamos esse aprendizado, também no mundo profano, transcendendo as paredes do Templo.

O maçom deve buscar no seu no seu interior, no seu “Eu Íntimo”, o Mestre que nele habita, atingido o equilíbrio necessário para tornar-se digno da Maçonaria e perante o Grande Construtor dos Mundos, o Grande Arquiteto do Universo.

Este caminho nem sempre é fácil, mas a escolha é fruto do nosso coração. O ponto de equilíbrio é saber lidar com esta dualidade. É isto que nos torna seres especiais, verdadeiros lideres e grandes construtores sociais.

Somos energia cósmica. Deus criou o Universo e o Homem á sua imagem e semelhança, mas nos permitiu a capacidade de escolha, deu-nos o livre arbítrio para decidirmos o caminho a seguir.

E encontramos esse caminho mais facilmente, sem nos perdermos em estradas tortuosas, quando buscamos, internamente a harmonia em nossas ações, fazendo prevalecer a compaixão e nos colocando no lugar do próximo, antes de qualquer decisão ou julgamento.

Somente assim permaneceremos justos e perfeitos, atingindo objetivos benéficos e nós mesmos, mas principalmente a toda a humanidade.


NO BRASIL DE HOJE, VALE A PENA RELEMBRAR OS VELHOS TEMPOS? - Hélio P. Leite


Amanheci neste domingo pensando no meu velho pai, um modesto bodegueiro de secos e molhados, instalado na rua Gonçalves Ledo  (maçom) nº 1092, no modesto bairro da Aldeota, que ficava próximo da Escola de Cadetes do Excército - hoje Colégio Militar e da Igreja do Cristo Rei. Por isto, parte de seus fregueses eram militares de baixa patente - até sargento -, que serviam na referida Escola. Era criança, mas lembro-me bem de um deles, o sargento Laranjeira, grande bebedor de cerveja, com tira gosto de queijo, vendidos pelo meu pai.

Me veio à lembrança de um cidadão humilde, de alta estatura, chamado  Saldanha, cego de um olho, trabalhador braçal, que usava um boné com uma chapa que lhe identificava como chapista. Próximo a bodega do meu pai tinha uma casa residencial, onde o morador pintou uma grande Bandeira do Brasil, numa parede lateral, que dava para a rua Fiúza de Pontes (maçom). Pois bem, este cidadão todos os dias ao voltar do trabalho, ao avistar a Bandeira Nacional postava-se diante dela e em sinal de respeito retirava seu boné e a comprimentava. O respeito aos símbolos nacionais era muito diferente.

A bodega do meu pai era um centro de convergência, com fregueses diferenciados - pobres e ricos. Ele comprava os gêneros alimentícios para revender em um atacadista situado na rua Conde D'Eu (esposo da Princesa Isabel, a redentora). E sempre era atendido por um dos filhos do dono, chamado Edson Queiroz.

Este jovem se tornou um cidadão muito rico, dono da Ceará Gaz Butano, de jornal (Diário do Nordeste) de uma universidade (Unifor) e de muitas outras empresas no Ceará e em outros Estados nordestinos. Enquanto meu velho pai continuava em sua modesta atividade de bodegueiro e depois dono de uma pequena oficina mecânica. Porém, este cidadão que ficou muito importante, no Ceará e no Nordeste, nunca esqueceu de meu pai e sempre que podia ia lhe visitar e lhe telefonava para dar notícias, inclusive sobre  um enfarto que ele teve em pleno voo, em um dos seus aviões. O respeito aos mais velhos era muito diferente.

Este grande cearense, Edson Queiroz, sogro do ex-senador Tasso Jeressati, faleceu em triste acidente de avião, que nas proximidades da capital cearense chocou-se com a serra de Aratanha, falecendo todos que estavam a bordo, a maioria empresários cearense. Pois é na vida tuda passa, fica apenas a fotografia e bons momentos vividos.

Lembrei-me que quando estudei no Colégio Castelo Branco, dirigido por padres, situado na avenida Dom Manoel, esquina com a rua Costa Barros ( um dos fundadores do Grande Oriente do Brasil), estudava uma matéria chamada OSPB - Organização Social e Política do Brasil, e que antes do início da aula, a Bandeira do Brasil era hasteada e todos cantavámos o Hino Nacional. O respeito aos Símbolos Nacionais era diferente. 

Uma de minhas lembranças mais antigas e que à época muito me assustou, foi quando vi passando muito baixo por cima da bodega de meu pai um Zepellin, uma aeronave em forma de charuto, provavelmente no  ano de 1944, próximo ao fim da Segunda Guerra Mundial, tinha eu quatro anos de vida. Bravos guerreiros cearenses deram a vida na Itália e se tornaram heróis de guerra na tomada de Monte Castelo.


Lembrei-me que fiz o curso de Infantaria no CPOR - Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército, com sede em Fortaleza, Turma 1960. E que fui estagiar como aspirante a oficial no 24º Batalhão de Caçadores, com sede em São Luis do Maranhão; ali servindo até junho de 1963, quando me desloquei para Brasilia, onde sentei praça até aos dias atuais. E quando estava servindo no 24º BC, assisti uma visita de inspeção do Comandante da 10ª Região Militar, general Castelo Branco, de baixa estatura física, mas um gigante moral, temido por todos os seus subordinados. Época em que os generais mereciam elevado respeito em sua Corporação e em nossa Pátria.


Por que estou relembrando passagens de minha vida,  que permaneceram em minha memória? porque hoje cedo fui contatadp por um irmão de maçonaria, em Brasília, para me lembrar das disposições do Art. 77 da Constituição do Grande Oriente do Brasil, que define a competência privativa do Grão-Mestre Geral de nossa Federação Maçônica. Tecendo outras críticas a não intervenção política do GOB, no momento atual pelo que passa o nosso país.


Nestas cobranças que sempre me são feitas, tenho respondido que vivemos em outros tempos, e que o GOB  fundado há 203 anos atrás para lutar pela Independência do Brasil, não mais detém este poder político; que a sua grande missão foi a de lutar para construir um país independente, livre da escravatura e do absolutismo imperial. E que nos dias atuais nossa Federação Maçônica, que é a segunda instituição mais antiga, em funcionamento no Brasil, exerce outras funções tão dignas como as que exerceu no passado.


Sempre lembro do grande legado histórico que herdamos de nossos irmãos do passado, muitos exerceram a presidência do Brasil; outros tantos exerceram funções de destaque em nossa República, nos diversos setores da administração pública, particularmente no parlamento nacional.


O Grande Oriente do Brasil de hoje, que escolheu o sistema republicano de tripartição de poderes, tem jurisdição nacional, com grande capilarização em praticamente todo o território brasileiro. Conta com um contigente de filiados em torno de 80 mil obreiros e suas respectivas famílias, que resulta numa composição familiar, em torno de 320 mil habitantes nacionais. E por tudo isto, tem grandes responsabilidades perante  aos seus federados e à Nação Brasileira. Não devendo se expor como Instituição, que não mais faz parte da elite estratégica de poder, manifestando-se publicamente sobre o controverso momento nacional brasileiro. Penso eu.


Por outro lado, as nossas Potências Maçônicas instaladas no Brasil, atualmente, contam em seus quadros com obreiros de várias matizes políticas: democratas, liberais, socialistas, comunistas, fascistas, ateus, etc. Por isto fica muito difícil uma autoridade maçônica se manifestar publicamente, por iniciativa própria, contra ou a favor de determinadas situações que vêm ocorrendo em nosso país, porque pode agradar e ao mesmo tempo desagradar parcelas de seus contiguentes.

Enfim, esperamos e temos fé que haverá de chegar um momento em que o nosso país voltará a trilhar a estrada da democracia republicana, onde o equilíbiro entre os Três Poderes da nossa República seja  uma realidade de fato e de direito.



julho 29, 2025

MAÇONS QUE NÃO FREQUENTAM SUAS LOJAS - Fernando Aquino Kaleniuszca (Paraguai)


Muitas vezes ouvimos dizer que um certo Q.:I:: quem não frequenta as Reuniões é uma boa pessoa, tem espírito maçônico, mas tem muito trabalho, é muito ocupado. Nunca compartilhamos dessa forma de encarar o problema: sempre acreditamos que era uma benevolência equivocada, que era ruim para a ordem e ruim para o Irmão. É muito fácil dizer "pertenço à maçonaria" e ignorar todo o resto: o que aconteceria se todos fizéssemos a mesma coisa? E se, na hora do almoço, estivéssemos sempre assistindo TV, lendo, com os amigos ou apenas dormindo? A estes QQ.: II:: Muito boas são aquelas Lojas anêmicas, que mal preenchem os postos principais, que em meio a um tédio geral e inevitável arrastam uma vida maçônica dolorosa e lamentável.

Para ser um autêntico maçom não basta aparecer no Quadro da Loja, é preciso queimar diariamente na chama da ação e da militância.

Que interesse, que encorajamento podem sentir o Venerável Mestre e os Queridos Irmãos que frequentam regularmente?

Os muito bons destroem a base da instituição, e é sabido que a grandeza da Maçonaria está em sua base, ou seja, em seus trabalhadores, em todos nós. Assim, a Ordem não progride, não se fortifica, por isso não cumpre seu dever. Quanto ao Irmão, se não comparece, não pode vibrar conosco, não sente o ímpeto da vida da Oficina, perceptível ou não, mas real e verdadeiro.

Você pode se chamar de maçom, mas não pode ser maçom sem participar das reuniões. Mas há mais; não se pode ser maçom se não se integra ao CORPO MENTAL e ao plano espiritual da Loja. Quando o Mestre Adorável diz "Silêncio e em Loja, meus Irmãos" cria-se um corpo mental coletivo que nos envolve a todos. É então que a cadeia de união, essa cadeia de união que se aplica à parede, desce até nós, bate, humaniza-nos, liberta-nos e une-nos: liberta-nos do pó de todos os caminhos, do lastro da vida profana, das forças negativas que agem em nós mesmos e nos une num plano superior do bem. da tolerância, do desejo de superação, ou seja, nos une em nível maçônico: E essa emoção não pode ser sentida por mim ou por ninguém se estou sentado em casa, lendo, com meus amigos ou dormindo, entre outras coisas. Se não sabemos como a Oficina ou a Ordem pensa sobre determinado problema, se não nos treinamos na forja maçônica, se não aprendemos a manusear as ferramentas da vida superior, como vamos influenciar; Quem vamos influenciar?

Sempre se disse que a mesquinhez e o ressentimento que nos separam da vida profana não devem ser trazidos para cá, mas a compreensão, a tolerância, o respeito, a fraternidade que prevalecem em nossa convivência devem ser trazidos à tona. Como vamos tirar essas boas práticas se começamos por não praticá-las? Se quisermos influenciar o mundo profano, temos que frequentar as Lojas, por melhores que sejamos.

Há mais: a Ordem escolhe seus homens, educa-os, aperfeiçoa-os, transforma-os, mas esse processo não é improvisado, não é operado por milagre, não é operado pelo simples fato de estarmos em nossos registros, por melhores que sejamos. A Ordem tem esse processo perfeitamente organizado do primeiro ao último grau. Entre nós, nada responde ao acaso ou à sorte, tudo está codificado na razão e na análise. É um sistema moral e filosófico "velado pelo mistério e embelezado por símbolos", é o sistema mais perfeito, sem dúvida, que o homem criou para sua convivência, mas esse sistema não funciona com intelectuais, nomes escritos na Mesa da Loja. Não! Esse sistema funciona com homens de carne e osso e esses homens são sua arma, seu instrumento e seu triunfo: Para que esse sistema funcione é necessário ir à Loja.

Há mais: tudo o que aumenta a liberdade do homem aumenta a sua responsabilidade. A Maçonaria, para quem a compreende, aumenta a liberdade interior, ajuda a pensar, é a tarefa suprema e consequentemente aumenta e compromete a sua responsabilidade. E um dos primeiros deveres inerentes a essa parcela de responsabilidade é frequentar a Loja. Pois vale a pena perguntar, onde está a vida maçônica, o mundo maçônico que escolhemos livremente, a essência de seus ensinamentos? Estarão no escritório, na fábrica, no estúdio ou escritório profissional, ou na rua? Eles estão na Loja.

Alguém pode se dizer maçom, dizer que aparece em nossos registros, mas ninguém pode ser maçom se não viver nossa vida maçônica e para isso é essencial frequentar a Loja.

Posso resumir e sintetizar tudo o que foi dito nos seguintes termos; a finalidade além da Maçonaria, o ideal mais puro e a mais nobre ambição e, ao mesmo tempo, a tarefa mais difícil, o aperfeiçoamento do homem, o planejamento do homem, que, meu QQ.: II.:, jamais será obtido com maçons que não frequentam a Loja.



O TEMPLO DE SALOMÃO E O TEMPLO MAÇÔNICO- Denizart Silveira de Oliveira Filho


 

julho 28, 2025

A BUSCA DE REVOLUÇÃO - Charles Boller

 



A iniciação é fundamental para a continuação da Maçonaria, porém a escolha de novos exige responsabilidade. Para ser maçom não basta ser livre e de bons costumes, amigo, bom esposo e pai. 

Exige-se do candidato inteligência e discernimento para absorver as filosofias e doutrinas maçônicas para si, agregados à capacidade de espargir a luz deste conhecimento aos outros.

Busca-se pessoa que: 

•  crê em Deus e numa vida futura; 

• seja sociável, honesta, livre e de bons costumes; 

• possua comportamento moral ilibado; 

• reconheça a importância dos valores; 

• traga dentro de si bons costumes adquiridos da educação; 

• busca incessante evolução; 

• seja estudante dedicado; 

• entenda o conceito de liberdade responsável; 

• tenha pensamento aberto; 

• respeite o pensamento do outro; 

• possua boa vida familiar; 

• disponha de recursos financeiros para despesas pecuniárias na instituição; 

• possua ilibado comportamento, apto, disposto a lutar pelo bem estar da humanidade.

Para entrar na Maçonaria há necessidade que alguém represente o cidadão, que conheça suas qualidades e esteja apto a julgar se o convite é viável.

Confirmadas as qualidades do candidato acontece o convite. 

Só depois de certificar merecimento faculta-se ao cidadão pedir adesão.

Viver de acordo e em plenitude com a filosofia maçônica é de difícil alcance. 

O maçom já existe dentro do candidato, o que se faz é encontrá-lo e iniciá-lo.

Não está fácil encontrar homem voluntarioso para trabalhar pela evolução da humanidade. 

É árduo o procedimento de convidar alguém que demonstre o conjunto de características desejadas. 

Não apenas atuante na filantropia, mas de forma comprometida e proativa engajar-se na luta para a solução de problemas da humanidade; alguém ciente da necessidade de melhorar sua educação; dotado de humildade e energia para efetuar mudanças em si mesmo. 

O candidato deve possuir boas características antes de entrar; *a Maçonaria não é reformatório!* 

Considerando a importância da questão para continuidade da Maçonaria cabe ao mestre maçom debater o tema da escolha de novos junto a seus irmãos e sob a luz da sabedoria do Grande Arquiteto do Universo.


A GLÂNDULA TIMO - Heitor Rodrigues Freire


O corpo humano em sua perfeição original tem sido fonte de estudo e de aprendizado constante em minha vida. Quando penso que já conheço muito, me surpreendo com algo que não tinha merecido minha atenção até então. Refiro-me ao esterno, que entre outras qualidades serve também de proteção à glândula timo.

O esterno é um osso chato com o formato da letra T em maiúscula, localizado na parte anterior do tórax. O esterno serve para sustentação das costelas e da clavícula, formando a caixa torácica, onde ficam protegidos o pulmão, coração, timo e os grandes vasos (aorta, veia cava, artérias e veias pulmonares). O esterno, bem como toda a caixa torácica e a musculatura, tem papel fundamental no processo respiratório, auxiliando os movimentos de inspiração e expiração.

Isso tudo do ponto de vista físico. Acontece que o esterno tem também um significado simbólico e esotérico que poucos alcançam.

O osso esterno tem o formato do Tau, que é um símbolo esotérico de grande importância. O Tau é a última letra do alfabeto hebraico, e é citado com valor simbólico no Antigo Testamento, no Livro de Ezequiel: “O Senhor disse: passa em meio à cidade, em meio a Jerusalém e marca um Tau na fronte dos homens que suspiram e choram…” (Ez 9,4). O Tau é o sinal que, colocado na fronte do povo de Israel, os salvou do extermínio no tempo de libertação do Egito antigo.

Essas informações servem para introdução ao nosso tema de hoje, que é a glândula timo.

O timo (do grego *thýmos* = energia vital) é um órgão piramidal formado por dois lóbulos, localizado no interior da cavidade torácica abrigado pelo esterno. Numa outra versão, a palavra timo tem origem do grego *thúmon*, que significa alma, espírito, coração, emoção, afetividade.

O timo é uma glândula essencial do sistema imunológico, desempenhando um papel crucial na maturação das células de defesa do organismo, e também está associada ao chacra do coração.

Rafael Oliveira Rezende, médico pós-doutorado em imunologia e genômica pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, explica que o sistema imunológico é composto por uma variedade de células, tecidos e moléculas que trabalham com a glândula timo para proteger o corpo contra agentes externos, conhecidos como patógenos. Esses agentes utilizam diversas estratégias para invadir o nosso organismo.

“As células de defesa, em sua maioria, são produzidas na medula óssea, um tecido localizado dentro de certos ossos. O nome ‘medula óssea’ se deve à sua presença nesses ossos importantes. Após serem produzidas, essas células imaturas são encaminhadas para o timo, onde ocorrem processos de maturação. Essa maturação permite que as células de defesa se desenvolvam e se tornem ativas conforme o organismo necessita”, escreveu o dr. Rezende.

Um estudo recente demonstrou a importância da glândula timo para o corpo humano. Em 2023, um artigo publicado pelo periódico *New England Journal of Medicine* mostrou que a glândula timo pode ajudar a prevenir o câncer e doenças autoimunes, desempenhando um papel crucial na regulação do sistema imunológico.

Depois que o corpo humano atinge o crescimento, a glândula timo permanece de forma passiva; ela está associada ao poder da intenção, da coragem e da autoafirmação. Para acioná-la e mantê-la ativa deve-se bater nela com a mão fechada, durante alguns minutos, produzindo uma ressonância muito positiva. Essa prática, se for diária, ativará a vitalidade, a alegria de viver e a jovialidade, além da imunidade. Por isso, tanta gente sem saber disso bate no peito diante de uma vitória, ou toca esse ponto para afirmação de sua identidade. Tarzan batia com as duas mãos. Os mais antigos vão se lembrar.

A glândula timo tem chamado a atenção dos adeptos de meditação e outras práticas em prol do bem-estar. Dessa maneira, localizada perto do coração, dizem que ela abriga a alma e até carrega a fama de “glândula da felicidade”, com o poder de soltar tensões e sentimentos reprimidos.

O professor Wilson Savino, cientista brasileiro da Fiocruz, estuda a glândula timo há mais de 30 anos e tem publicado suas conclusões, demonstrando a importância do timo para o nosso organismo.

Sugiro a todos que experimentem ativar o timo para estimular a vitalidade diária de que necessitamos, além de experimentar alegria constante e obter cada vez mais imunidade. 


julho 27, 2025

CAMINHO ETERNAL - Adilson Zotovici


Algo a ser considerado

Quando segues o caminho

Não te entregues pois sozinho

Vez que és iniciado

Se tua pedra em desalinho

À tua escultura interna

Com tua postura cultural

Luz verdadeira, teu fanal

Com alvura obra superna

Por sobranceira Arte Real


De maço municiado

Com cinzel, devagarinho,

Passo a passo em alinho

Em compasso nivelado

Esquadrejado e certinho

Se moda antiga ou moderna

Como instiga o ritual

Com tua marca filosofal

Que te guia e te governa

E que demarca teu astral


Esse caminho encantado

Se levado com carinho

Livrar-te-á dum espinho

De aprendiz ao mestrado

Que feliz e eu sublinho

Ao saíste da caverna

À expansão transcendental

Neste caminho sem final

Que assumiste união fraterna

Que à perfeição...é eternal  !




A MAÇONARIA, MITOS E FATOS - Luiz Vitório Cichosky

 





EU, PEDRA BRUTA QUE SOU - Nuno Raimundo

 


Um dos vários motivos que me levaram a “bater à porta” do Templo e entrar na Maçonaria, e o mais importante (disso tenho a certeza!) foi o de, precisamente, poder “desbastar a minha pedra bruta”.

Pedra Bruta essa que não é uma capa ou camada rochosa que sirva de sustentação para a minha pele ou corpo; mas antes sim, uma capa que envolve a minha Alma.

Essa Pedra Bruta a ser (e que quer ser!!!) lapidada sou EU!!!

Não que eu tenha imperfeições ou quaisquer defeito no meu corpo. Nada disso!!!

Tenho antes, algumas imperfeições na Alma. Imperfeições essas que me impedem de ser um Homem Bom, Justo e Perfeito.

São vícios, são vontades e paixões a combater, muitos “Eus” e poucos “Outros”, que me impedem de ser alguém melhor do que aquilo que sou na realidade.

E são estas arestas defeituosas que eu quero desbastar, partir, extirpar de Mim.

A Pedra Bruta em si, simboliza a Imperfeição do Homem comum, com os seus vários defeitos. 

E é o seu trabalho, o seu desbastar, o seu polir, que importa refletir.

Quais as ações a tomar, quais as ferramentas a ser usadas. 

Essas sim, são as tarefas de quem quer polir a sua pedra bruta.

Quando na cerimónia da minha Iniciação segurei as ferramentas de Aprendiz e dei as  pancadas rituais na Pedra Bruta, senti naquele momento que algo em mim estava a mudar, senti que algo mudava para melhor. 

Senti que naquele momento aquela pedra era eu, e reparei que ainda tinha muito trabalho pela frente. 

Pois aquela pedra bruta, com as faces “mal amanhadas” como se usa dizer, em nada se parecia com a Pedra Cúbica e Perfeita que tanto almejo em me tornar.

E sei que só cultivando a prática do Bem, da Solidariedade bem como da Caridade, do cultivo da Fraternidade, Tolerância e Respeito pelo próximo, com uma enorme disciplina e vontade de aprender; somente dessa forma me poderei tornar numa Pedra Polida, e deixar de ser esta pedra tosca e feia que hoje sou.

Não sei se algum dia terei as minhas faces tão polidas e serei tão perfeito como a pedra “polida” que se encontra no interior do Templo; mas uma coisa tenho eu bem por certa, é que não me cansarei de usar o malho e o cinzel, por mais que as “mãos me doam” ou que os “calos me incomodem”, até que a minha forma se assemelhe a ela. 

E quando chegar esse dia, poderei pousar e guardar finalmente as minhas ferramentas e então, poderei partir contente e satisfeito, pois pouco terei mais a fazer…


FUI FELIZ E NÃO SABIA - Joba de Oliveira Castro


SE VOCÊ,

Já foi um "pão" e conheceu um "broto". 

Teve um anel "brucutu". 

Foi a um baile de "garagem" com luz negra. Usou um "Vulcabrás" ou "Passo Doble". 

Teve uma "Sharp", "Telefunken", "Colorado RQ", ou "Philips". 

Teve um jogo de botão de galalite. 

Teve um toca-fitas Roadstar ou TKR cara preta.  

Sabe quem foi Teixeirinha e Valdick Soriano. Cantava "Only Youuuu". 

Curtia "National Kid" e "Ultraman". Assistiu aos "Reis do IÉ, IÉ, IÉ".

Teve uma blusa cacharrel de gola rolê.

Usou perfume "Lancaster", "Azzaro" e brilhantina Glostora. 

Dirigiu Fusca, Chevette, Brasília, TL Corcel, Opala, SP2, Karmanghia ou Maverick.

Sabe quem foi Denner,  Clodovil, Blota Jr. , J Silvestre, Chacrinha e Flavio Cavalcanti. Assistiu Wilson Simonal e Jair Rodrigues na TV. 

Assistia Ted Boy Marino no tele Catch.

Assistiu a seleção ao vivo na Copa de 70. Leu "Intervalo”, “Cruzeiro", "Manchete", "Realidade" e “Seleções”. 

Sabe o que é matiné. 

Assistiu filmes de Roy Rogers, Durango Kid, Flash Gordon e o seriado de Fumanchu no cinema.    

Curtiu o seriado de "Zorro e Tonto", "Bat Masterson"  "Ivanhoe" e "Daniel Boone". 

Viu "Perdidos no Espaço", "Túnel do Tempo" e "Terra de Gigantes".

Adorava "Rin Tin Tin" e o "Lobo" do "Vigilante Rodoviário". 

Gostava de "Jonny Quest", "Speed Racer" e "Tin Tin". 

Não perdia um capítulo de "O Bem Amado". Viu sua mãe usar "Rinso". 

Mascou chicletes "Adams" e "Ping Pong".

Curtia as músicas de "Tom Jones". Viveu a febre dos jeans "Lee" e "Levi's". 

Torceu nos festivais de MPB da Record ou assistia à "Jovem Guarda". 

Ouviu os cantores Altemar Dutra e Nelson Gonçalves. 

Usou calça "boca de sino" e "paletó com ombreira".

Viu, ao vivo, o homem pisar na lua. 

Brincou descalço na rua, de "amarelinha", "esconde-esconde", "polícia e ladrão" e "queimada". 

Jogou com bola de meia e capotão. 

Desceu ladeira abaixo com carrinho de rolimã. 

Fez compras na Sloper, Mesbla, Bemoreira e nas Lojas Brasileiras. 

Andou de Jeep kandango, Rural Willys, Vemaguet ou Gordini. 

Andou de bonde. 

Usou conga,  bamba ou "Kichute". 

Trocou gibis na frente do cinema. 

Saboreou Drops Dulcora, Pirulito Zorro e Ki-Bamba, a combinação perfeita de chocolate e mashmelow.

Tomou Grapette, Crush e Miranda. 

Assistia o canal 100. 

Andou de Simca  Chambord, Aero Willys e Impala hidramático.

Conheceu o caminhão Fenemê e Studbaker.

Fez tanque de cimento para criar peixes. Limpou terreno baldio para jogar bola. Destopou a unha do dedão jogando bola em terreno baldio. 

Tomou Biotonico Fontoura e Emulsão Scott. 

Bebeu Cuba Libre. 

Usou calça Topeka e US Top. 

Comeu quebra queixo. Tomou sorvete daquelas máquinas com frascos de vidro.

Então, meu amigo com certeza você foi muito feliz. 🤣🤣🤣

julho 26, 2025

O QUADRIVIUM - Luiz Airton Shen


O Quadrivium é um currículo educacional medieval que consiste em quatro disciplinas: Aritmética, Geometria, Música e Astronomia. Essas disciplinas eram consideradas fundamentais para a educação de um indivíduo e tinham como objetivo desenvolver a compreensão da ordem e da harmonia do universo.

As Quatro Disciplinas do Quadrivium:

- Aritmética: Estudo dos números e das operações matemáticas. A aritmética era considerada a base do Quadrivium e era fundamental para a compreensão das outras disciplinas.

- Geometria: Estudo das formas e das proporções. A geometria era usada para entender a estrutura do universo e as relações entre as coisas.

- Música: Estudo da harmonia e da proporção nos sons. A música era considerada uma forma de expressar a harmonia do universo e era usada para desenvolver a sensibilidade estética.

- Astronomia: Estudo dos movimentos dos corpos celestes. A astronomia era usada para entender a estrutura do universo e as relações entre os corpos celestes.

Aplicação na Vida de um Homem:

- Desenvolvimento da razãoO Quadrivium ajuda a desenvolver a razão e a capacidade de pensar de forma lógica e sistemática.

- Compreensão da Ordem do Universo: O Quadrivium ajuda a entender a ordem e a harmonia do universo, o que pode levar a uma maior apreciação da beleza e da complexidade da criação.

- Desenvolvimento da Sensibilidade Estética: O estudo da música e da geometria pode ajudar a desenvolver a sensibilidade estética e a apreciar a beleza das formas e dos sons.

- Aplicação Prática: As disciplinas do Quadrivium têm aplicações práticas em diversas áreas, como arquitetura, engenharia, música e astronomia.

Benefícios do Quadrivium:

- Desenvolvimento Intelectual: O Quadrivium ajuda a desenvolver a inteligência e a capacidade de pensar de forma crítica e sistemática.

- Apreciação da Beleza: O Quadrivium ajuda a apreciar a beleza e a harmonia do universo, o que pode levar a uma maior gratidão e admiração pela criação.

- Desenvolvimento Pessoal: O Quadrivium pode ajudar a desenvolver a disciplina, a perseverança e a capacidade de trabalhar de forma sistemática e metódica.

Em resumo, o Quadrivium é um currículo educacional que visa desenvolver a compreensão da ordem e da harmonia do universo através do estudo de quatro disciplinas fundamentais. Suas aplicações são amplas e podem beneficiar indivíduos em diversas áreas da vida.

O GARFO - Paulo Monteverde


O Garfo Nem Sempre Foi Comum: A História de um Utensílio Polêmico 

Hoje considerado essencial à mesa, o garfo nem sempre foi bem-vindo. Durante séculos, comer com as mãos ou com facas e colheres era o padrão em muitas culturas. O garfo, tal como conhecemos, só começou a ganhar espaço na Europa a partir do século XI, quando princesas bizantinas o introduziram em banquetes venezianos. Porém, ele foi recebido com escárnio e até repulsa.

Na Idade Média, muitos o viam como um objeto vaidoso ou até herético. Sua semelhança com instrumentos “do diabo” e sua função de evitar o contato direto com o alimento geravam desconfiança entre os religiosos. Era como se o garfo estivesse desafiando a simplicidade e humildade cristã.

Somente no século XVII, na França e na Inglaterra, o garfo começou a ser aceito pela nobreza e, gradualmente, pela sociedade em geral. O rei Luís XIV, por exemplo, foi um entusiasta do uso refinado de talheres à mesa.

Curiosamente, o garfo só se tornou comum nos Estados Unidos no início do século XIX!

Hoje, o garfo é símbolo de etiqueta, mas sua jornada foi marcada por resistência, julgamentos e uma lenta aceitação cultural.