julho 05, 2025

ESOTÉRICO E EXOTÉRICO - Newton Agrella


Vejam duas palavras muito semelhantes, mas de significado totalmente diferente. O “Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa – Aurélio” nos relata:

ESOTÉRICO: 1) diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era reservado aos discípulos completamente instruídos. 2) todo ensinamento ensinado a circulo restrito e fechado de ouvintes. 3) diz-se de ensinamento ligado ao ocultismo. 4) compreensível apenas por poucos; obscuro; hermético.

EXOTÉRICO: 1) diz-se do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era transmitido ao publico sem restrição, dado o interesse generalizado que suscitava e a forma acessível em que podia ser exposto, por se tratar de ensinamento dialético, provável, verossímil.

Referente à Maçonaria, temos alguns relatos de conceituados Mestres:

Octaviano Bastos: “na Maçonaria, a parte esotérica ou interna só é conhecida dos estudiosos e compreendida dos homens de alma e faculdades privilegiadas, e por isso o esoterismo da Ordem constitui a Iniciação íntima em todos os segredos e tendências Maçônicas”.

Albert G. Mackey: “as palavras esoterikós, interno, e exoterikós, externo, derivam do grego e foram usadas, em primeiro lugar, por Pitágoras, cuja filosofia foi dividida em exotérica, isto é, aquela que ensinava a todos; e a esotérica, ou aquela ensinada a alguns poucos selecionados; dessa forma, os seus discípulos foram divididos em duas classes, de acordo com o grau de Iniciação que tinham atingido ... esse modo dúplice de instrução foi imitado por Pitágoras dos sacerdotes egípcios, cuja teologia eram de duas espécies – uma exotérica dirigida para o público em geral e a outra esotérica, e limitada a um número selecionado de sacerdotes e aos que possuíam ou estavam para receber o poder real. Dois séculos mais tarde, Aristóteles adotou o sistema de Pitágoras, e no Liceu de Atenas, de manhã, comunicava aos discípulos selecionados as suas sutis e ocultas doutrinas, e a tarde, ensinava sobre assuntos elementares a uma assistência indistinta”.

Nicola Aslan: “como em todas as escolas filosóficas e iniciáticas são inúmeros aqueles que não passam do umbral. Por isso, inúmeros Maçons, que não passaram do estudo do aspecto social da Maçonaria, não tendo conseguido compreender ou se interessar ao aspecto esotérico e iniciático da Instituição, tem-se mostrado desiludidos. Porem, se por seus próprios esforços conseguirem retirar a venda que tem sobre os olhos, há de lhes aparecer uma visão deslumbrante da “Luz” iniciática e maçônica”.

Fonte: pilulasmaconicas.

DESCALÇAMENTO & MAÇONARIA - Kennyo Ismail


Pra começar, esse negócio de chinelo é coisa relativamente nova, apenas para os candidatos não pegarem um resfriado, machucarem o pé ou mesmo se sujarem em demasia. Preocupações que não existiam anteriormente, mas passaram a fazer parte da sociedade. Afinal de contas, pé com chinelo não é pé descalço!

Os rituais e livros são extremamente omissos quanto ao motivo do descalçamento, muitas vezes informando apenas que se trata de uma questão de respeito. Há ainda os “achistas” de plantão, para viajarem em teorias tendenciosas e sem embasamento como Jesus lavando os pés de um discípulo, ou que o caminho do candidato é ao Oriente e no Oriente (Japão) as pessoas tiram os calçados para entrar em casa. Se neles falta pesquisa, sobra imaginação. Não me assustará se uns desses quiserem um dia lavar o pé do candidato no Mar de Bronze!

Para demonstrarmos a antiguidade e a importância do costume do descalçamento, podemos recorrer a vários povos e épocas. Entre os exemplos, há no livro “Êxodos”, 3:5, quando Deus fala com Moisés por meio de uma “sarça ardente”: “não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.” Outro exemplo interessante, dum personagem muitas vezes ligado à Maçonaria, é uma instrução de Pitágoras aos seus discípulos: “Ofereça sacrifício e adoração descalço” e “Devemos nos sacrificar e entrar nos templos sem sapatos”.

Tal costume, existente entre judeus e gregos, também é observado entre muçulmanos, hinduístas, e várias religiões orientais, o que comprova seu caráter universal. Tão antigo e presente em tão diferentes povos e culturas, é impossível e desnecessário determinar seu início e origem. Parece fruto de um senso comum, assim como a própria existência de um Ser Superior. Trata-se de um óbvio reflexo do simbolismo dos templos: um local sagrado é um local puro, portanto, livre do que é sujo. Dessa forma, o pé descalço simboliza o respeito e a deferência da pessoa para com aquele lugar, seu reconhecimento de que aquele solo é realmente sagrado.

Mas, como sempre, alguns ritualistas fizeram o favor de desconsiderar a história e o motivo de existir do rito de descalçamento, tornando os rituais, no mínimo, incoerentes: os candidatos descalçam o pé para pisarem num lugar puro, mas colocam sandália para não sujarem o pé. Uma verdadeira distorção do símbolo e de sua simbologia. Será que é preguiça de limpar a Loja? Espero que não.

julho 04, 2025

A VISÃO DE DEUS PARA ESPINOZA - Notebooklm


Para Espinoza, o conceito de Deus é fundamental e radicalmente diferente das concepções teológicas e filosóficas tradicionais da sua época. Espinosa identifica Deus com a Natureza, usando a expressão central "Deus sive Natura" (Deus ou Natureza).

As principais características do conceito de Deus de Espinosa, com base nas fontes, são:

Substância Única e Absolutamente Infinita: Deus é a única substância que existe. É definido como um "ente absolutamente infinito", que consiste em infinitos atributos, cada um dos quais exprime uma essência eterna e infinita. Destes infinitos atributos, a mente humana conhece dois: o Pensamento e a Extensão (matéria). Esta perspetiva implica que Deus não é apenas um espírito puro, mas também matéria, o que contraria as visões tradicionais.

Identidade entre Essência e Existência: A essência de Deus envolve a existência, o que significa que Deus existe necessariamente. A sua existência não é contingente, mas decorre da sua própria natureza e perfeição.

Causa Imanente e Não Transitiva ou Final: Deus é a causa imanente de todas as coisas, ou seja, as coisas existem *em* Deus e são concebidas *através* de Deus, e não como algo produzido por uma causa externa ou separada (transitiva). Deus age exclusivamente pelas leis da sua própria natureza e não é coagido por nada. Espinosa **rejeita a ideia de causas finais** (teleologia) para Deus, argumentando que atribuir propósitos ou fins a Deus implicaria que Ele careceria de algo ou buscaria algo fora de si, o que é um absurdo para um ser absolutamente perfeito e infinito. A vontade de Deus é sinónimo da necessidade e inteligibilidade das leis pelas quais a realidade é produzida.

Intelecto e vontade divinas: O intelecto e a vontade que comumente são atribuídos a Deus na teologia popular diferem incomensuravelmente do intelecto e da vontade humanos. Para Espinosa, o intelecto e a vontade de Deus não são faculdades separadas, mas são uma e a mesma coisa com a sua essência e potência. Dizer que Deus "quis" ou "decidiu" algo é o mesmo que dizer que Ele "entende" essa verdade eterna. Deus não opera pela "liberdade da vontade" no sentido de poder ter agido de outra forma, pois tudo o que se segue da sua natureza é necessário e eterno.

Eternidade e Imutabilidade: Deus é eterno. A eternidade para Espinosa não significa uma duração infinita no tempo, mas sim a identidade entre a essência e a existência divinas, implicando uma necessidade intrínseca. Deus é também imutável; a ideia de que Deus poderia mudar de natureza ou decretos é considerada absurda.

Ausência de Paixões e Rejeição do Antropomorfismo: Deus está isento de paixões humanas; Ele não é afetado por alegria, tristeza, amor ou ódio no sentido em que os humanos o são. Espinosa critica as conceções populares de Deus como um rei, legislador ou um ser com emoções, considerando-as projeções da imaginação e da superstição. Ele via a superstição como uma paixão negativa que forja a ideia de uma Natureza caprichosa e de um Deus externo que a controla. A sua filosofia visa desmistificar tais noções e promover uma compreensão racional da divindade.

Conhecimento Divino e Humano: O conhecimento de Deus não provém de objetos externos, mas de Si próprio. A mente humana, sendo uma parte do intelecto infinito de Deus, tem a capacidade de alcançar um conhecimento adequado da essência eterna e infinita de Deus. O conhecimento e o amor intelectual de Deus são o sumo bem e a suprema virtude da mente humana, levando à beatitude e à liberdade.

Em resumo, o Deus de Espinosa não é um ser pessoal, distante e criador de um mundo à parte, mas a própria realidade, a Substância única e infinita que se auto produz e se manifesta através de infinitos atributos, agindo por uma necessidade interna e eterna, sem fins ou paixões humanas.

O OLHO QUE TUDO VÊ E O AMOR DIVINO EM NÓS - Bruno Bezerra de Macedo


O Olho que Tudo Vê é um lembrete de que sempre somos observados pelo Grande Arquiteto do Universo. Portanto, “sempre que fizer algo, mesmo que ninguém venha a saber, faça como se o mundo estivesse olhando para você”, fulcra Thomas Jefferson, pois, este agir alicerça com sólida honradez as relações humanas, que são o conjunto de interações que realizamos com quem orbita ao nosso redor, durante nosso viver em Terra. 

Assim, quando falamos em "olho de águia" descrevemos pessoas com grande capacidade de observação, atenção aos detalhes e discernimento. Cabe aqui destacar que a busca pela felicidade passa frequentemente pela habilidade de discernir entre opções, priorizando aquelas que trazem bem-estar a longo prazo e alinhadas com valores pessoais, conquistando conexões sociais significativas e relações familiares e amorosas saudáveis.

No entanto, desde a infância aprendemos que uma vida de realização, sucesso e felicidade é alcançada por meio do status, poder, popularidade, beleza e, principalmente, da riqueza. Esse padrão estabelecido pela sociedade refere-se ao contexto externo, sendo ele determinante do que somos. Entretanto, quando essas referências nos movem, agimos como seres irracionais, motivados somente pelos prazeres e emoções efêmeras.

A mitologia grega demonstra esse condicionamento por meio da história do Rei Midas. Ele acreditava que seria mais feliz ao se tornar o homem mais rico do mundo. Motivado pela riqueza, Midas pediu ao deus Dionísio, que lhe devia um favor, que tudo por ele tocado se transformasse em ouro. Se desejo foi prontamente atendido. Porém, a felicidade de Midas, baseada no externo, durou pouco.

Midas, logo descobriu que não podia comer ou beber já que tudo se transformava em ouro ao seu toque, sendo impedido de se alimentar. Assim, faminto e exausto, implorou a Dionísio que retirasse o dom concedido. Novamente foi atendido. Para curar-se, o deus instruiu o rei a “esfriar” literalmente, sua cabeça nas águas do rio Pactolo (ou Sarte), na Turquia. Isso equivale a ter Inteligência Emocional. Há outros Midas surgindo a cada dia?

É fato que cultivar a felicidade envolve práticas como gratidão, otimismo, autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Filósofos como Aristóteles viam a felicidade (eudaimonia) como um estado de realização pessoal, alcançado através do exercício da virtude e da busca pela excelência. A felicidade não é vista como um mero prazer passageiro, mas como um estado duradouro resultante de uma vida bem vivida. 

Psicólogos e cientistas sociais abordam a felicidade como um estado emocional caracterizado por satisfação e equilíbrio. Estudos científicos têm investigado os fatores que contribuem para a felicidade, como a capacidade de adaptação, relacionamentos positivos e uma visão otimista da vida. Felicidade é um estado de espírito que gera paz, harmonia, alegria e amor por ser e não por ter.

A verdadeira felicidade é uma sensação de plenitude e satisfação que vem de dentro de nós. Ela está enraizada na autenticidade, na conexão com nossos valores e propósito de vida. O segredo da felicidade não é único e universal, mas, sim uma combinação de fatores pessoais e externos que variam de pessoa para pessoa. A felicidade se alicerça nestes cinco princípios basilares: significado, espiritualidade, amor, viver no presente e maestria da mente. 

Quando dizemos que a felicidade nos define, constatamos que a felicidade nos caracteriza e nos identifica, já que, a alegria e o contentamento são elementos fundamentais do nosso ser, que nos incorpora e se faz refletida em nossas ações e atitudes, indicando claramente que não dependemos de fatores externos para alcança a felicidade, pois, esta vem de dentro. Nossa felicidade vetoriza positivamente tudo e todos ao nosso redor. 

A felicidade é cultivada através de hábitos saudáveis e mudanças de atitude. Sendo fundamental compreender emoções e valores, pois, isto traz verdadeira satisfação. Buscar coerência entre o que se pensa, fala e faz é essencial para evitar conflitos internos. Bons princípios e boas crenças ajudam a construir uma vida mais autêntica e feliz. Para isto, cultivar laços com pessoas que apoiam, inspiram e fazem (o) bem é crucial.

A conexão humana e o senso de pertencimento são componentes importantes da felicidade. Sentir-se parte de algo, seja uma família, um grupo social ou profissional, promove segurança, autoestima, fortalece os laços e reduz o estresse, contribuindo para uma vida mais feliz e satisfatória. Lembremos sempre que a felicidade não é algo imposto, mas, algo que se constrói a partir do conhecimento de si mesmo.

Em suma: O olho que tudo vê é a observância que incita a prática de seguir e respeitar o que é estabelecido, seja por meio de leis, regras, preceitos ou costumes, com o fito de manter a ordem, a disciplina e o bom funcionamento deste status quo in voga, já que este virtuoso hábito nos conduz ao desenvolvimento de um convívio feliz, a partir do qual alcançamos a felicidade plena, que transfigura nosso amor humano em amor divino. 


julho 03, 2025

PORQUE A MAÇONARIA NÃO INICIA MULHERES -:Martha Follain -



Há, basicamente, dois fundamentos para a Maçonaria não aceitar mulheres como membros:

1º) - a origem Operativa da Ordem, e

2º) - por ser, a Maçonaria, um rito solar (masculino).

1º) - Origem Operativa:

A origem da Maçonaria moderna está nas Corporações de Ofício? Espécies de sindicatos, na Idade Média. Especificamente, a corporação de pedreiros. A palavra "Maçonaria" em francês, "Maçonnerie", é derivada do francês "maçon", pedreiro. Ou, como preferem alguns, do inglês "Masonry" (Maçonaria) e "mason", igualmente, pedreiro.

Pode-se inferir que, seus primeiros integrantes operavam, materialmente, em construções, obras - eram trabalhadores especializados, construtores de Templos, de Igrejas, pontes, moradias etc, os quais, desde a Antigüidade, detinham conhecimentos especiais e constituíam uma espécie de aristocracia do trabalho. Eram os profissionais mais qualificados da Europa, e mantinham as técnicas de seu ofício, em segredo.

Esta fase da Maçonaria é conhecida como "Operativa", porque seus membros trabalhavam em construções? Eram obreiros. Na Idade Média havia dois tipos de pedreiros: o "rough mason", pedreiro bruto que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma ou polimento, e o "free mason", pedreiro livre, que detinha o segredo de como polir a pedra bruta.

A Ordem Maçônica, atualmente Maçonaria Especulativa, não inicia mulheres, pois tendo evoluído da Maçonaria Operativa, adotou a antiga regulamentação que previa o seguinte (por entender que, a mulher não é afeita ao trabalho árduo de pedreiro, ofício original dos primeiros integrantes.

As corporações de pedreiros eram constituídas, exclusivamente, por pessoas do sexo masculino:

"As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios virtuosos, nascidos livres, de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral".

Apesar da Constituição de Anderson (1723), que é o marco inicial da Maçonaria Especulativa, não permitir a admissão de mulheres, há algumas correntes maçônicas que admitem o fato como sendo um princípio antigo.

No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito, a esposa está presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimônias. Nas tradições das sociedades iniciáticas antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural, podiam ser iniciados, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de conduta nobre.

Porém, na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da mulher na Maçonaria.

A Maçonaria, em 1730, na França, criou o movimento da "Maçonaria de Adoção". A Maçonaria de Adoção foi um fenômeno da última metade do século XVII. Uma Loja de Adoção, era conduzida por uma Loja Maçônica regular que promovia sessões especiais, no curso das quais as mulheres eram admitidas em Loja e participavam de rituais quase maçônicos.

Tais Lojas foram particularmente bem sucedidas na França, onde houve uma revitalização da Maçonaria de Adoção depois da Revolução e que continuou pelo século seguinte. A própria imperatriz Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, era a Grã-Mestra da Loja de Adoção Santa Carolina.

Porém, a Maçonaria, atualmente, conserva a regulamentação – conforme reza a Constituição de Anderson, de não iniciar mulheres.

2º) - Ritos Masculinos e Ritos Femininos:

O grupo de primatas, do qual descendemos, provém de um tronco insetívoro. Esse grupo subdividiu-se: alguns tornaram-se herbívoros e, outros, carnívoros. Esses carnívoros tiveram que se lançar na competição com outros animais terrestres e, tornaram-se melhores caçadores.


Começaram a utilizar instrumentos e aperfeiçoaram as técnicas de caça, com a cooperação social. Diferentemente dos lobos, os hominídeos não se dispersavam após o ataque - e, o grupo caçador era formado por machos.


As fêmeas estavam muito ocupadas em cuidar da prole, e não podiam participar ativamente na perseguição e captura das presas. Assim, o papel de cada sexo tornou-se diferenciado.


Socialmente, os machos aumentaram a necessidade de comunicação e cooperação com os companheiros, e desenvolveram expressões faciais e vocais - em seus grupos caçadores, exclusivamente formados por machos.


Com o advento da agricultura e da domesticação de vários animais, como cabras e ovelhas, os machos tiveram suas funções caçadoras, diminuídas.


Essa falta, muito provavelmente, foi compensada pelo trabalho e por associações masculinas - proporcionando oportunidade para a interação entre machos e para atividades em grupo. Nessas associações, há um forte sentimento emocional de união masculina.


O mesmo não ocorre com as mulheres. Esses grupos, associações, preocupam-se com a união entre machos, que já existia nos primitivos grupos de caçadores cooperativos - essas entidades exercem um importante papel na vida de machos adultos, revelando a manutenção de instintos básicos ancestrais.


Muitas mulheres ressentem-se quando seus maridos saem para compartilhar sua masculinidade essencial - ou desejam fazer parte dessas associações, o que é um equívoco, porque trata-se apenas da necessidade moderna da tendência ancestral da espécie para formar grupos de machos caçadores. É interessante observar, que grande parte desses encontros masculinos, termina com um jantar, um lanche, um banquete etc. - o sucedâneo da partilha da comida (caça).


Assim, mulheres e homens, geneticamente, possuem necessidades diferentes. E, criaram-se mistérios masculinos e femininos. Para a mulher a maternidade, a comunhão com a flora, etc. Para o homem, a caça, a guerra, a comunhão com a fauna. A mulher, a Lua; o homem, o Sol.


Porém, para recriar os ciclos da Natureza, o princípio feminino e o masculino juntam-se: diferentes, porém complementares.


A Maçonaria reverencia o feminino - seus Templos apresentam o Sol e a Lua como símbolos: o positivo e o negativo. O Sol e a Lua são símbolos herméticos e alquímicos (ouro e prata). O Sol é a vida, o masculino? A Lua, sua complementaridade, o feminino.


A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons, trabalham à noite, em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois pólos. O Sol deve estar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a Lua, que representa a Mãe Universal que fertiliza todas as coisas. A mulher é a formadora, a que reúne, rega e ceifa - a Natureza do princípio passivo é reunir e fecundar. As forças da Lua são magnéticas, opostas e complementares às do Sol, que são elétricas.


Atualmente, há Maçonarias mistas, mas, não regulares. A Ordem, por ter uma origem muito, muito antiga, respeita a diversidade entre as energias masculinas e femininas.


Os maçons usam três pontos dispostos em triângulo (∴), como símbolo - símbolo solar, símbolo masculino. Os Três Pontos têm uma origem bem antiga? Nos objetos celtas do século IX a. C e, muito antes, nas cerâmicas egípcias e gregas. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu. Os Três Pontos traduzem a concepção piramidal egípcia.

Símbolo sexual masculino completo (pênis mais testículos). O sexo em função procriativa. Procriação, que necessita do masculino e feminino.

A Maçonaria, mesmo não iniciando mulheres, demonstra um grande respeito à energia feminina


Bibliografia:

Blanc, Claudius - "Maçonaria Sem Mistérios" - São Paulo, Editora Nova Leitura, 2006.

MacNulty, W. Kirk - "Maçonaria" - São Paulo, Editora Madras, 2006.

Morris, Desmond - "O Macaco Nu" - São Paulo, Círculo do Livro, 1975.


Fonte: lojamontemoria.

O BOM MAÇOM - Antonio Marcus de Melo Ferreira,

 


A partir do momento que alguém se torna Maçom, há de se conscientizar que haverá um caminho longo a percorrer. Pode-se dizer que é um caminho sem fim. Ao longo dessa caminhada há bons e maus momentos.

Os bons deverão ser aproveitados como incentivo, e os maus não poderão ser motivo de esmorecimento e desistência da viagem iniciada. A linguagem, sempre empregada nas Lojas Maçônicas, diz que o Aprendiz Maçom é uma pedra bruta que deve talhar-se a si mesmo para se tornar uma pedra cúbica. É o início da sua jornada Maçônica.

O nutrimento elementar para a viagem é conhecido do Maçom desde de nossa primeira instrução recebida: A régua de 24 polegadas, o maço e o cinzel. Com o progresso, nós Maçons vamos recebendo outros objetos, tais como o nível, o prumo, o esquadro, o compasso, a corda, o malhete e outros.

Os utensílios de trabalho, obviamente, são simbólicos. Todos os símbolos nos abrem as portas sob condição de não nos atermos apenas às definições morais. É em nossa 4a instrução, onde começamos a entender os significados de nossa jornada maçônica, do espírito Maçônico, que nos ensina, um comportamento original que não se encontra em nenhum outro grupo de homens. Se isso não for absorvido, não será um bom Maçom, livre e de Bons costumes.

O que é “ser livre e de bons costumes” na concepção maçônica? Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da palavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o tornem escravo de suas próprias paixões preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua personalidade.

O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amo fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.

Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição.

A qualidade ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmente moral. Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade.

Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde nós homens nos aprimoramos em benefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que nos possibilitam ser, cada vez mais, úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.

O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. Para ser homem livre, não basta Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Goza de liberdade o homem que não é escravo de suas paixões , que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos de fera humana.Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado a vícios. Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações.

Não é homem livre, quem se chafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas qualidade, anulando-as.

Maçom livre, é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que inflamam, que desonram, que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.

Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.

Os bons costumes, referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas e a dignidade ou decoro social.

A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia ou sentido de moral, pois, os princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é defeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom, livre e de bons costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados compromissos, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar um semelhante.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com as derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na vitória e sereno se vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os, pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos.

O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve cultivar, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não tem qualidades morais para ser maçom, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é abrigo de covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da maçonaria.

O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja prática constitui um prazer.

Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói, só a amizade constrói.

Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os sentimentos de fraternidade. O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçom deve cultivar.

Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o trabalho em que façam destacar a maçonaria.

O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.

BIBLIOGRAFIA PESQUISADA

Ritual do Grau de Aprendiz Maçom

Dicionário Aurélio – 1999

Adaptação do Texto Original do Ir∴ Nery Saturnino - A∴R∴L∴S∴ Amor e Fraternidade

Fonte: JBNews - Informativo nº 118 - 24/12/2010

julho 02, 2025

O AVENTAL MAÇÔNICO - Antonio Carlos de Souza Godoi


O primeiro contato do Maçom com essa insígnia, que expressa sua condição, é na Iniciação. Ao entregar o Avental ao Iniciando o Venerável diz: Recebei este Avental, a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o emblema do Trabalho, a indicar que devemos ser sempre ativos e laboriosos. Sem ele, não podereis comparecer às nossas reuniões. Deveis usá-lo e honrá-lo; porque ele, jamais vos desonrará. 

Diante dessas palavras cerimoniais poderia um Irmão menos avisado concluir que o único propósito do Avental seria o de simbolizar o Trabalho e isso está longe de ser a verdade. Existem outras aplicações para essa importantíssima peça de indumentária maçônica, ligadas às forças que circulam na Natureza e nos afetam diretamente, estejamos ou não em Loja.

Talvez por essa razão, ou seja, por requererem tais forças muito estudo para serem devidamente compreendidas é que na Iniciação não se mencione as outras relações que existem no uso do Avental. O Aprendiz, recém iniciado, ainda tem muito o que aprender antes de palmilhar os caminhos onde se encontram as devidas explicações. Colocá-lo, portanto, diante desses assuntos já em sua aurora iniciática seria grande imprudência. 

Segundo o Irmão C. W. Leadbeater, 33º em nosso corpo existem sete centros de força através dos quais a energia flui, ou seja, na base da coluna vertebral, no baço, no umbigo ou plexo solar, no coração, na garganta, no espaço entre os cílios, ou seja, diretamente sobre o ponto da glândula pineal onde, segundo a sabedoria hindú, estaria localizado o centro da terceira visão (nesse sentido, inclusive, é bastante esclarecedora a obra do monge tibetano Lobsang Rampa) e sobre a cabeça (daí a denominação de coronário a esse centro particular). 

Ora, esses centros de força, ou Chakras, estão divididos em três campos bem definidos: Inferior, Médio e Superior que correspondem, respectivamente, aos planos fisiológico, pessoal e espiritual. No plano inferior estão localizados os Chakras da coluna e do baço; no plano médio os do umbigo, coração e laringe; restam, no plano superior, o frontal e o coronário. 

Sendo centros de energia de uma ordem que transcende a capacidade do Homem profano ou espiritualmente pouco desenvolvido, os Chakras reclamam muito cuidado e isso é particularmente delicado no que diz respeito aos centros inferiores, pois as energias que os acionam são de caráter negativo e se ligam à parte densa do Homem, ao seu lado mais animal e primitivo. 

Tais forças, assim como as positivas, encontram-se livres no Universo e podem ser captadas voluntária ou acidentalmente já que o corpo humano é uma verdadeira antena e que funciona não apenas para emitir como - e principalmente - para receber energia. E essa energia pode ser de qualquer ordem, quer positiva ou negativa, fluida ou densa pois estamos imersos em energia e com elas interagimos o tempo todo. 

O Avental, cujo uso se liga a costumes antiquíssimos relatados não só na Bíblia, quando Moisés instruiu os hebreus para que tivessem os rins 

cingidos na noite da libertação do jugo egípcio, por exemplo, mas nos mistérios persas, na Grécia cerca de 40 séculos antes de Cristo, no Hindustão ou nas Américas, tem a finalidade de isolar e de filtrar as vibrações primitivas que atuam no corpo do Homem evitando que seu pensamento seja desviado dos planos superiores para o plano das forças mais densas. 

Quando isso ocorre, o que não é raro acontecer, cria-se uma fluidez magnética intensamente negativa e, como é óbvio, altamente prejudicial ao trabalho em Loja. 

É mistér, portanto, impedir que isso ocorra e o Avental tem a propriedade de fazê-lo desde que devidamente magnetizado e usado corretamente, pois ele tem uma espécie de tela etérica que atravessa o seu cinto. Essa tela funciona como uma barreira contra as forças negativas e contra a comunicação prematura entre os planos astral e físico o que é muito importante, especialmente para o Aprendiz já quer este detém muito pouco ou nenhum conhecimento sobre esse assunto. 

O Chakra umbilical, ou solar, é particularmente sensível às forças negativas por estar diretamente ligado ao corpo astral e pode ser facilmente atingido por essas forças se estiver desprotegido. E é exatamente sobre essa região que o cinto atravessa, criando a barreira de isolamento e proteção. 

Vemos, portanto, que nosso Avental, não importa o grau que detenhamos, merece que lhe dediquemos um especial cuidado. Primeiramente, porque temos que honrá-lo como símbolo do trabalho que eleva e dignifica o Homem em sua trajetória terrena; e em segundo lugar, porque se o tratarmos como deve ser tratado ele será nossa proteção permanente contra as forças maléficas que pululam ao nosso redor e que podem ser fácil e rapidamente atraídas por nossos corpos. 

Se desleixarmos dele, seremos falsos para com o juramento que fizemos e ele tornar-se-á como um frágil barco em um oceano tormentoso, de nada nos valendo.

A OBESIDADE MENTAL


O prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard, publicou em 2001 o seu polêmico livro “Mental Obesity”, que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. Há apenas algumas décadas, a humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física decorrente de uma alimentação desregrada. É hora de refletir sobre os nossos abusos no campo da informação e do conhecimento, que parecem estar dando origem a problemas tão ou mais sérios do que a barriga proeminente. ”

Segundo o autor, “a nossa sociedade está mais sobrecarregada de preconceitos do que de proteínas; e mais intoxicada de lugares-comuns do que de hidratos de carbono. As pessoas se viciaram em estereótipos, em juízos apressados, em ensinamentos tacanhos e em condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. ”

“Os ‘cozinheiros’ desta magna “fast food” intelectual são os jornalistas, os articulistas, os editorialistas, os romancistas, os falsos filósofos, os autores de telenovelas e mais uma infinidade de outros chamados ‘profissionais da informação’”.

“Os telejornais e telenovelas estão se transformando nos hamburgers do espírito. As revistas de variedades e os livros de venda fácil são os donuts” da imaginação. Os filmes se transformaram na pizza da sensatez.”

“O problema central está na família e na escola”.

“Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se abusarem dos doces e chocolates. Não se entende, então, como aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, por videojogos que se aperfeiçoam em estimular a violência e por telenovelas que exploram, desmesuradamente, a sexualidade, estimulando, cada vez com maior ênfase, a desagregação familiar, a permissividade e, não raro, a promiscuidade. 

Com uma ‘alimentação intelectual’ tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é possível supor que esses jovens jamais conseguirão viver uma vida saudável e regular”.

Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado “Os abutres”, afirma: “O jornalista alimenta-se, hoje, quase que exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, e de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.”

O texto descreve como os “jornalistas e comunicadores em geral se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante”.

“Só a parte morta e apodrecida ou distorcida da realidade é que chega aos jornais.”

“O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para quê ela serve. Todos acham mais cômodo acreditar que Saddam é o mau e Mandella é o bom, mas ninguém se preocupa em questionar o que lhes é empurrado goela abaixo como “informação”.

Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um “cateto.”

Prossegue o autor: “Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se e o folclore virou ‘mico’. A arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce, entretanto, a pornografia, o cabotinismo (aquele que se elogia), a imitação, a sensaboria (sem sabor) e o egoísmo. Não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma ‘idade das trevas’ e nem do fim da civilização, como tantos apregoam. 

Trata-se, na realidade, de uma questão de obesidade que vem sendo induzida, sutilmente, no espírito e na mente humana. O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.” 

(Blog Teoria da Conspiração - O Que Eles não gostariam que você soubesse…)

julho 01, 2025

A AGUIA É SIMBOLO DO ZÊNITE - Bruno Bezerra de Macedo


A águia simboliza força, coragem, sabedoria e visão, além de representar a conexão com a essência divina e a capacidade de superar desafios. É frequentemente associada à proteção espiritual, vitória e à elevação espiritual. Sua visão aguçada e capacidade de voar alto a tornam um símbolo de sabedoria e discernimento, com a habilidade de enxergar além do óbvio. 

O Totem da Águia representa a conexão com a nossa essência divina. Sua presença evoca força de vontade, lucidez mental e a clara luz da Sabedoria. Ela nos ensina a adentrar a dimensão do Vazio, para que a inteligência suprema possa nos preencher e inspirar. A águia voa livremente, representando a liberdade, a elevação espiritual e a busca por propósitos maiores. 

A águia simboliza nobreza, majestade, liberdade, agilidade e outras virtudes. É vista como um mensageiro divino, conectando o mundo terreno com o espiritual.  As Águias são a personificação do espírito do sol. Em muitas culturas, a águia é vista como um símbolo de proteção espiritual e vitória, trazendo segurança e força. Na cultura celta é símbolo do renascimento e renovação.

Considerada um animal Psicopompo, (do grego "psychopompós", união das palavras “psyché” que significa ‘alma’ e “pompós”, guia), ou seja, figura cuja função é guiar nas ocasiões de iniciação e transição, a águia é uma ave mediadora entre os reinos divino e o espiritual, e tal como a Fênix (renasce das próprias cinzas), pode ser considerada um símbolo de regeneração espiritual.

Para os antigos egípcios, era o símbolo da vida eterna. A capacidade da águia de renovar suas penas a torna símbolo a renovação espiritual e a transformação pessoal. A águia também é um arquétipo poderoso, representando características como liderança, determinação e visão estratégica.  Quem usa o símbolo da águia consegue encarar o medo do desconhecido e “voar além de seus limites”.

Na mitologia grega, a águia é o símbolo de Zeus, o mais poderoso dos deuses. Para o Xamanismo a águia é a guardiã do Leste (do Oriente), direção dos visionários, onde mora o fogo e local onde tudo se inicia. É onde buscamos a Visão.  Do Oriente, vem o conhecimento que enriquece corações e mentes por ele tocado, adornando de majestosa beleza e harmonia; fazendo reinar nos dias a plenitude do Amor.

A Águia é um dos símbolos do Cristianismo, ao lado do homem, leão e do touro. Esses quatro animais constituem o que a arte sacra chama de Tetramorfos, isto é, que representa os quatro pontos cardeais, que nos levam ao caminhar evolutivo, sob a égide das quatro virtudes cardeais, a saber: Temperança, Fortaleza, Prudência e Justiça. Lembra-nos que em tudo devemos buscar o quaternário.

Por ser símbolo do intelecto claro e da contemplação, já que o olhar da águia fixa a luz do sol, esse pássaro foi escolhido como símbolo de São João e de seu Evangelho. também conhecido como o "discípulo amado". João, filho de Zebedeu, da Tribo de Levi; e de Salomé, da Tribo de Benjamim, nasceu em Betsaida (Casa de Pesca) no dia 27 de Dezembro e teve uma vida plena e significativa.

João, que curiosamente nasceu bem no lapso temporal de ocorrência do solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento (inverno no hemisfério Norte e verão no hemisfério Sul), passando pela porta cruzada pelas almas imortais e, por isso, denominada Porta dos Deuses, fidedignamente recebeu a Luz e a dimana com sabedoria, identificando-a com o Verbo e com o Amor.

O Evangelho João, vividamente espiritual, usa termos difíceis de compreensão numa linguagem que vai aos céus, por exemplo, vida eterna, verdade, amor, Espírito, nascer pelo Espírito, água viva etc. Voa para o alto, porque nele o Espírito Santo fala de forma vigorosa e contundente, porque ele paira nas regiões sublimes e elevadas da consciência assim como a águia que vive nas alturas.

A águia é símbolo do Zênite, uma ótima lembrança de sua própria capacidade de alcançar grandes patamares. Cabe lembrar que o Escorpião é único signo do zodíaco representado por três figuras distintas, uma para cada decanato. Ou seja, desde o próprio Escorpião, passando pela águia e indo até a fênix. Presentes nas mais antigas etnias e culturas humanas donde seu simbolismo chega até hoje.

Um paradoxo de Escorpião são as influências da água e do fogo exercidas através deste signo de elementos opostos, pois Escorpião, um signo aquoso, é governado pelo ígneo planeta Marte. Esta é mais uma indicação das propriedades místicas de Escorpião e do papel dele na regeneração que precede a iluminação, que somente ocorre quando os princípios água e fogo alcançarem união harmoniosa.

Neste toar, o Mestre-Amor ensina esta verdade a Nicodemos: a menos que o homem nasça da água e do espírito, não poderá entrar no reino de Deus (João 3:5), sendo o espírito o princípio do fogo. O fogo e o sol são frequentemente associados e compreendidos de forma semelhante devido à sua capacidade de emitir luz e calor. O Sol representar o "eu" interior, nossa essência e potencialidade.

Na filosofia, o Sol é frequentemente associado à consciência, à verdade e à busca pelo conhecimento. O sol do meio-dia é associado à sabedoria, pois, é o momento de clímax, força e clareza, tanto no sentido literal da luz máxima quanto em contextos culturais e espirituais. A metáfora do sol, presente na filosofia de Platão, relaciona o sol à ideia de verdade e ao conhecimento que ilumina a nossa compreensão.

A águia simboliza a transmutação do metal vil em ouro, ou seja, a transformação da substância impura em substância pura. Assim, essa ave mítica, associada aos elementos ar e mercúrio, simboliza a renovação, o (re) nascimento. É emblema do deus romano do Sol, Sol Invictus, Mitra (que em persa antigo significa luz, sol, misericórdia, amizade, amor.)  A águia, para Carl Gustave Jung, é o símbolo do pai.

A "águia" e o "zênite" são termos que se relacionam de diversas formas, tanto no sentido literal quanto simbólico. A águia, como ave de rapina, é frequentemente associada a atributos como força, visão, liberdade e poder. O zênite, por sua vez, representa o ponto mais alto no céu, o ápice de algo. Ao atingir o zênite, a águia demonstra a capacidade de superar desafios e alcançar o ápice de sua jornada.

Em suma: curiosamente, a Nebulosa da Águia, conhecida por seus "Pilares da Criação", regiões de intensa formação estelar, é um exemplo de objeto astronômico que se relaciona com a ideia de zênite, pois foi observada pelo Telescópio Espacial Hubble, alcançando o ponto mais alto em termos de observação espacial, o que reforça a conexão com a ideia de ápice e renovação. 

 


A PERCEPÇÃO DE CADA UM - Newton Agrella



Dia desses, caminhando por essas ruas do mundo, não pude deixar de perceber o semblante fechado e até certo ponto sisudo de grande parte das pessoas.

Mesmo os cães que passeavam com seus tutores, ao depararem-se uns com os outros, expressavam sua fúria através de seus latidos incontidos, marcando seu instinto de territorialidade.

A cara amarrada tomava conta das pessoas e dos cães.

Mais ou menos um tom monocórdico que desenhava o cenário com que se abria o dia.

Ainda pra ajudar, a manhã cinzenta de inverno contribuía sobremaneira pra que nada de tão especial pudesse acontecer...

E aí  dei-me conta, que muito provavelmente esta sensação irrepresada de tédio estivesse dentro de mim, enxergando a vida de maneira míope, sem perceber que eu estava me colocando na lateral da história.

Resolví tomar uma boa dose de fôlego, respirar fundo, levantar a cabeça e jogar um pouco de colírio nos olhos pra ganhar um pouco mais de ânimo.

Quem sabe assim eu poderia observar com mais tolerância e com maior naturalidade que o eixo do mundo não está situado no meu umbigo.

De repente bateu-me um estalo, e notei que a minha percepção das coisas estava um tanto turva.  

A mudança tem que partir de mim. Aprender a aceitar com menor rigor que a roda continua girando, porém numa velocidade diferente e que a vida segue seu curso ao sabor de um vento que sopra numa escalada que obedece uma reinterpretação de valores.

É claro, que matematicamente a soma de 1 + 1 sempre será 2.

Porém, filosoficamente essa mera questão aritimética, poderá ser entendida, conforme os desejos e as circunstâncias que cercam as necessidades de cada um.

Nossa existência não se explica e nem obedece as regras de um teorema.

Ela é pura e simplesmente um exercício de semântica em que as figuras de construção, imagem, linguagem e pensamento determinam os nossos caminhos.

Somos símbolos que se interpretam conforme as referências de nossa criação.



junho 30, 2025

TOLERÂNCIA MAÇÔNICA – LIMITES E POSSIBILIDADES - Melquisedeque


Fui solicitado a me pronunciar, em uma reunião de maçons, sobre tolerância. 

Não sobre uma tolerância qualquer, genérica, mas falar sobre a tolerância maçônica. 

Neste caso, não é uma questão de consultar dicionários e fazer comentários, vai mais além.

Embora, na quarta acepção do termo no Aurélio, poderemos observar uma definição que é bem próxima do conceito maçônico: “tendência a admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferem dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos”.

A maçonaria simbólica foi construída como um espaço aberto ao diálogo das interpretações dos símbolos. Há um convite à livre interpretação. Um convite ao exercício da liberdade de imaginar e de expressar o pensamento de cada maçom, que é naturalmente embargado em um contexto histórico, cultural e familiar do mesmo.

Embora no catecismo maçônico, presente em alguns manuais de aprendiz maçom, esteja presente as interpretações oficiais da organização maçônica que os adotam.

Fico, muitas vezes, perplexo e encantado com as interpretações que escuto, por exemplo, do símbolo maçônico \, três pontos equidistantes. Um livro de mil páginas seria insuficiente para caber tantas interpretações. Mesmo que se fizesse uso de uma fonte de letras com tamanho mínimo.

O Venerável Mestre da loja escuta todas as interpretações de um símbolo maçônico, não censura nenhuma e no final da escuta, apresenta a interpretação oficial da Ordem, quando existe e é do seu conhecimento. Nesta atitude, se manifesta a tolerância maçônica: ouvir e orientar quando se fizer necessário.

As organizações maçônicas em geral, defendem a existência de um principio criador e a imortalidade da alma. Mas, nada, além disso, no campo religioso. Entretanto, não veta nos seus quadros obreiros que preferem um rito despido de qualquer referência religiosa, a exemplo do Rito Francês Moderno, tido como agnóstico.

Assim como não privilegia a concepção de Deus, teista ou deísta. Quanto à imortalidade da alma, a Maçonaria não se manifesta se há encarnação, ressurreição ou nenhum retorno.

Nos períodos de instrução os temas preferidos são: liturgia, ritualística e simbologia. Entretanto, não há impedimento para que qualquer obreiro possa apresentar um trabalho que contemple uma abordagem científica de qualquer outro tema. Por exemplo, a apresentação de outras antropologias que não estejam circunscritas ao corpo material e a alma.

O que é terminantemente proibido, e com isso apresenta-se um dos limites da tolerância maçônica, é a apologia a qualquer doutrina religiosa ou política. Isto é, discursos doutrinários e/ou evangelizadores de uma dada profissão de fé religiosa e/ou de ideologia política partidária.

Sendo assim, as lojas maçônicas acolhem qualquer profissão de fé religiosa e/ou filiações partidárias dos seus obreiros. Todavia, para impedir qualquer constrangimento decorrentes de embates entre os seus obreiros, proibi a discussão de temas religiosos e político-partidários. É neste contexto em que se dá a tolerância maçônica, na ausência do debate de ideias religiosas e/ou de políticas partidárias.

Uma característica importante que expressa os limites da tolerância maçônica se dá na lenda fundadora da Ordem: a defesa do mérito. Assim, não é tolerando a promoção sem mérito. Nem se protege – no sentido de cumplicidade – um irmão que tenha cometido um crime. Não há cumplicidade com o erro, muito menos com os vícios.

Todavia, se oferece os instrumentos de defesa legal ao irmão que tenha caído em desgraça ou que se encontre acusado de irregularidade, tudo em conformidade com o Estado de Direito.

Como podemos observar, o conceito de tolerância na maçonaria tem seus limites e possibilidades. Neste sentido a quinta acepção do Aurélio, relativas a medições, também se aproxima do conceito maçônico: “diferença máxima admitida entre um valor especificado e o obtido; margem especificada como admissível para o erro em uma medida ou para discrepância em relação a um padrão”.

Vamos, neste aspecto, dá um exemplo bem comum. Os irmãos quando iniciados prestaram um juramento solene de participar regularmente das sessões da loja, assim como pagar com regularidade as mensalidades e outra obrigações pecuniárias que se fizerem necessário.

Ao longo da vida maçônica muitos são os irmãos que esquecem tal juramento, e por esta razão são julgados em Câmara do Meio em sessão de finanças, e proclamados regulares ou não. Neste julgamento se faz o exercício da quinta acepção oferecida ao conceito de tolerância.

Meu amado irmão, se você deseja saber o quanto os maçons são tolerantes, basta comparar o número de maçons tido como regulares com o número de maçons irregulares da sua oficina. Na minha loja o número de irregulares é bem maior.

Por fim, vamos observar o conceito de tolerância aplicado no campo da ética. Não existe propriamente uma ética tida como maçônica. O que podemos constatar é uma prática na qual o maçom ético é aquele que busca o conhecimento para se aperfeiçoar e assim exercer com competência a sua função, sem com isso esteja ocupado ou preocupado com o sucesso do outro.

Assim como, podemos observar, também, a prática na qual o maçom ético é aquele que busca servir ao outro e neste serviço encontra o que ele reconhece como uma vida boa. As duas práticas são toleradas e são vistas como forma corretas e complementares de servir a humanidade.


Fonte: Site da Loja Alferes Tiradentes

O AFORISMO MAÇÔNICO DA FOGUEIRA DE S. JOÃO - Ivan Froldi Marzollo


Havia, na segunda quinzena do mês de junho, quando ocorria o solstício de verão na Europa, o culto a deuses da natureza, das plantações, colheitas etc. Um desses deuses era Adônis, que, segundo o mito grego, foi disputado por Afrodite (deusa do amor) e Perséfone (deusa dos infernos). A disputa foi apaziguada por Zeus, que determinou que Adônis passaria metade do ano com Afrodite, no mundo superior, à luz do Sol, e a outra metade com Perséfone, no mundo inferior, nas trevas.

Essa disputa entre deusas acabou sendo associada aos ciclos naturais da vegetação, que morre no inverno e renasce e vigora na primavera e verão. O culto a Adônis, cujo dia específico era 24 de junho, tinha por objetivo a celebração dessa renovação, da “boa-nova” do renascer da natureza. Essa ideia foi assimilada pelo cristianismo, que substituiu Adônis por São João Batista.espiritualizada da luz sombria da matéria para a pura luz.”

A fogueira traduz o simbolismo pirofagico representando a chama ardente, a procura de conhecimento filosófico, que nunca deverá ser apagada, pois o verdadeiro maçom é aquele que mantém a sua chama acesa na busca da verdade.

“Podemos perceber que a vida tem um propósito, que a luz que tem sido preservada através das eras pode ser alcançada”.

São João Batista, na tradição cristã, anunciou a “boa-nova” (boa notícia) da vinda do Grande Mestre Jesus , filho de Deus, salvador da humanidade, que “renovaria todas as coisas”. 

A vida se regeneração integralmente pelo fogo .

Foi ele também que batizou Jesus no rio Jordão. 

Da história de São João, a cultura popular europeia retirou vários símbolos, que passaram a se mesclar com os tradicionais ritos de colheita remanescentes do culto a Adônis. Um dos símbolos mais importantes é a fogueira.a prática do acendimento da fogueira na noite de 23 para 24 de junho foi trazida pelos jesuítas. Tal prática foi com o tempo associada a outras tradições populares, como o forrobodó africano (espécie de dança de arrasta-pé), que daria no forró nordestino, e a quadrilha caipira, que herdou elementos de bailes populares da Europa – palavras como “anarriê”, “alavantú” e “balancê”, por exemplo, são adaptações de termos de bailes populares da França.

Fogo é descrito pelos sábios como princípio ativo, germinativo e originador da geração. Os maçons definem-no como o fervor e o zelo dos militantes da Ordem.

A totalidade dos maçons tem-no como elemento que faz queimar todo o resíduo possível de impureza, destruindo, ao mesmo tempo, todos os traços de ilusão que porventura continue dominando o espírito na sua trajetória de evolução. Segundo a fábula, foi Prometeu, conhecido como o Gênio do Fogo, quem ensinou aos homens o manejo das chamas.

As chamas simbolizam a parte positiva como as aspirações, o zelo, o fervor, a fé e, sobretudo, o desejo de evoluir, conhecer e crescer. A Água purifica a Alma, mas o Fogo destrói as nódoas do vício.

Quando passamos a entender que a criação é um processo contínuo; que ela não ocorreu instantaneamente, mas, por estágios e, que ainda fazemos parte desse processo. Só então compreendemos o verdadeiro significado da primeira criação: 

Das trevas do abismo, o invisível e incognoscível Deus moveu-se sobre a face das águas e disse: “Faça-se a Luz.”


 

junho 29, 2025

HOMENAGEM AO POETA ADILSON ZOTOVICI - Aldy Carvalho


Ao poeta amigo, Adilson Zotovici, por ocasião de sua posse como Venerável Mestre da ARLS Chequer Nassif n. 169 em 27.06.2025.


Trago meu canto mais puro

De auspiciosa ventura

Para saudar este irmão,

Nessa sua investidura.

Mestre Adilson Zotovici,

Homem de nobre postura.


Sua alma de poeta 

Inspira com maestria

A prosseguir diligente 

Com humildade harmonia

Que o Grande Arquiteto o ampare

Com luz e sabedoria.


Entre colunas erguidas,

Buscando o eterno ideal.

O Mestre, mais uma vez 

Veste o manto fraternal.

Pois a luz que não se apaga

Conduzido ao prumo real.


Agora será você,

A conduzir a candeia

Que guiará os irmãos,

Em união, em cadeia,

No prumo é justo propósito,

Com fé que tudo clareia.


Seja o tempo testemunha,

Do trabalho renovado,

Do Mestre que agora avança,

Mais uma vez consagrado.

Com honradez, humildade,

E o espírito elevado.