agosto 02, 2025

NARCISISMO INCONTIDO - Newton Agrella


Daqui da minha janela é possível enxergar o narcisista.

Aliás, essa figura nem precisa de tanto alarde e holofotes.

O narcisista se basta por sí só.

Ele é o protagonista de qualquer evento.

O que o alimenta é a platéia, é o desejo incontido e insofismável de permanecer em evidência, seja lá como for.

O transtorno de personalidade que o acomete, impõe-lhe uma condição psiquiátrica complexa que o faz sentir-se superior às outras pessoas, num processo de grandiosidade que exige atenção até mesmo de sua própria sombra.

Daqui da janela, vislumbro a figura do narcisista olhando-se no espelho, tentando descobrir se há algum indício de inconsistência em seu perfil.

O narcisista é arrogante e orgulhoso. 

Enxerga o mundo e divisa o horizonte exclusivamente sob a utópica ótica de sua mais completa perfeição.

A empatia passa longe de suas qualidades, o que torna suas relações sociais um tanto deficitárias.

A propósito, o termo "narcisismo" é herança da mitologia grega.

Reza a lenda que "Narciso"  era um belo jovem que despertou o amor da ninfa Eco. 

Porém, Narciso rejeitou esse amor e por isso foi condenado a apaixonar-se pela sua própria imagem refletida na água. 

Daí o advento desta  alegoria, cuja ideia está sempre associada a  uma dose de desfaçatez da alma, que mal consegue represar este sentimento tão deprimente.

Que as águas dos lagos, lagoas e rios se abstenham de continuar oferecendo seus reflexos àqueles que têm tão pouco para mostrar, mas que não cansam de querer se exibir.

VOLTA À OFICINA - Adilson Zotovici


 

Breve, a volta à oficina...

Um dia ansiado, feliz,

A saudade nos domina

Fraternidade...o chamariz


Reencontro à rotina

Abraços sinceros, gentis

A Loja se ilumina

No Templo, à obra raiz


Uma sensação divina

Nas manifestações sutis

A quem a isso se inclina


A ansiedade prediz

A vontade vaticina

Tratar-se de eterno aprendiz !





agosto 01, 2025

ARLS TRÍPLICE ALIANÇA 341 - Mongaguá


Mais um happy hour das quintas-feiras no Restaurante Telhado, o melhor de Mongaguá, do nosso irmão hospitaleiro José Ricardo Alcantara Ramos. É uma tradição que se criou na Loja, e aquilo que seria o lucro do restaurante é revertido em atividades beneficentes na própria cidade, atendendo famílias em situações de carência.

Além da alegria de encontro dos irmãos em um ambiente informal em torno de deliciosos pratos.

A LENDA DO OFÍCIO – ANÁLISE CRÍTICA: ANTES DO DILÚVIO - Rui Bandeira


Tendo presente os limites e condicionalismos que apontei no texto anterior, vamos então tentar proceder a uma análise crítica do início da Lenda do Ofício.

Para que estejamos identificados, recordemos, então, o que nessa Lenda reza quanto aos tempos antediluvianos:

Vou contar-vos como estas valiosas ciências apareceram. Antes do Dilúvio de Noé, havia um homem, chamado Lamech, tal como está escrito na Bíblia, no quarto capítulo do Génesis; e este Lamech tinha duas mulheres, uma chamada Ada e outra chamada Sella; da sua primeira mulher, Ada, teve dois filhos, Jabell e Tuball e da sua outra mulher, Sella, teve um filho e uma filha. E estes seus quatro filhos criaram o princípio de todas as ciências no mundo. O seu filho mais velho, Jabell, fundou a ciência da Geometria. (…) E o seu irmão Tuball fundou a ciência da música (…). E o terceiro irmão, Tuball Cain, fundou a ciência de trabalhar ouro, prata, cobre, ferro e aço (…). Esses filhos sabiam bem que Deus iria tirar vingança dos pecados, ou pelo fogo, ou pela água; portanto, escreveram as suas ciências em dois pilares de pedra, que pudessem ser encontrados após o Dilúvio de Noé. E uma das pedras era mármore, pois essa não arderia com o fogo; e a outra pedra era argila cozida em tijolos e não afundaria na água de Noé.

Obviamente que nenhum documento histórico suporta esta parte da Lenda. O único elemento em que se baseia é a Bíblia, no Livro do Génesis.

No Génesis, existe a referência a dois personagens com o nome de Lamech. Um era descendente em sexta geração de Caim, filho de Methusael e a primeira referência a um polígamo na Bíblia, com duas mulheres, Ada e Tselah (na Lenda, Sella). o outro era descendente de oitava geração de Seth (Abel), filho de Methuselah, e foi o pai de Noé.

Alguns estudiosos consideram que estes dois personagens corresponderão a um único ser, apontando a semelhança dos nomes dos respetivos progenitores e, sobretudo notando que, na coletânea rabínica Genesis Rabba, refere-se que Na’amah, a filha de Tselah e Lamech, filho de Methushael (Methusael), foi a mulher de Noé, alegadamente o filho do outro Lamech, filho de Methuselah.

Seja como seja, a Lenda do Ofício não se perde em rabínicas subtilezas e toma como personagem Lamech, o primeiro polígamo referenciado na Bíblia, descendente em sexta geração de Caim.

A Lenda do Ofício parte, portanto, do mito bíblico, acrescentando-lhe os elementos da fundação das ciências pelos filhos de Lamech e a premonição de que o castigador e vingativo Jehovah do Antigo Testamento iria punir duramente os pecados humanos, fosse pela água, fosse pelo fogo – os dois grandes elementos com capacidade destruidora da Antiguidade Primitiva. E, anacronicamente – pois a escrita ainda não tinha sido inventada – relata a escrita do registo de todas as ciências em dois pilares, concebidos para resistir á água, um, e ao fogo, o outro.

Mito, evidentemente! Lenda, obviamente! No entanto, que deduções ou ilações de natureza histórica (melhor dito: proto-histórica) podemos tirar desta parte da Lenda?

Albert Mackey, na sua História da Maçonaria, informa-nos que esta história, na parte não bíblica, deriva de um registo de Josephus (historiador romano do Povo Judeu da Antiguidade, autor das Antiguidades dos Judeus), que conta a história do fabrico dos dois pilares como tendo ocorrido com descendentes de Seth (Abel).

Não sendo de presumir que os autores medievais da Lenda estivessem familiarizados com os textos rabínicos e fossem dados às subtilezas dos estudiosos que defendem serem os “dois” Lamech um único personagem, verifica-se que a Lenda parte da história relatada por Josephus, mas alterando os personagens.

Segundo Mackey, tal ter-se-á devido a uma adulteração do texto de Josephus ocorrida numa obra intitulada Polychronicon, da autoria de um monge beneditino, Ranulph Higden, que viveu no século XIV.

Portanto – e não esqueçamos que a Lenda do Ofício se estruturou na época medieval – esta parte da Lenda do Ofício radica num relato de um historiador, adulterado por outro. Mas resulta do que, na época da sua construção, era tido como um fato histórico. Esta parte da Lenda do Ofício terá, assim, sido incluída na mesma não antes do século XIV – altura da adulteração, no Polychronicon, do que Josephus escrevera. E corresponde ao que, na época, era tido como um fato histórico.



BATERIA MAÇÔNICA - AD


Origem e a motivação do ato de produzir som através da batida das mãos.

Encontramos na história da humanidade relatos pagãos do milênio anterior a Cristo, onde bater palmas tinha a intenção de acordar/despertar os Deuses. 

Também eram, desde esta época, usadas para afugentar os maus espíritos.

Durante os antigos espetáculos circenses na Grécia e Roma, bater as mãos era a manifestação de agrado pelo que estava sendo apresentado e uma expressão não oral de saudação à autoridade presente.

Ao ser incluída nos trabalhos maçônicos, a Bateria Maçônica resgata sua origem e passa a ser sacralizada em nosso trabalhos.

Executamos sequências de som de percussão usando as mãos, em quantidades determinadas a cada situação/grau e circunstância/momento. 

A Bateria Maçônica é uma atividade eminentemente esotérica.

Primeiramente ela envolve o contato das duas partes internas das mãos.

Todos nós reconhecemos e já sentimos a energia que envolve juntá-las, seja para orar com os dedos voltados para o Altíssimo ou para com outra pessoa, através de um aperto de mão, demonstrar confiança e amizade.

“Pela Bateria”, percebemos a harmonia e iteratividade nos trabalhos. 

A Bateria unissomamente executada produz dois efeitos primordiais: Inconscientemente, passa aos Irmãos a sensação de unidade.

Não devemos esquecer que ela precede a Aclamação, e que mantendo esta unidade, estará mantida a EGRÉGORA do grupo. 

O segundo efeito é de ordem sutil e vai além das fronteiras do próprio inconsciente. 

Mais do que o som audível, a vibração produzida tem a função de harmonizar/equalizar o ambiente. 

Ao adentrar no recinto sagrado, muitos não conseguem canalizar bons fluídos e deixar para trás as impressões sensoriais negativas vividas antes da reunião. 

Levando-as assim para dentro do Templo e deixando dentro de si energias desarmônicas. 

A própria palavra BATERIA, deve ser bem compreendida. Bateria é um agrupamento de coisas que vão juntas, portanto:

BATERIA MAÇÔNICA NÃO É SIMPLESMENTE BATER PALMAS. 

O MAÇOM DE PÉ E A ORDEM. 

COM UM MOVIMENTO CONFIRMA SEU JURAMENTO. 

JUNTA O TOPO DE SUAS COLUNAS E USANDO O PRIMEIRO INSTRUMENTO DE TRABALHO DADO PELO CRIADOR, PRODUZ CADENCIADAMENTE VIBRAÇÕES ETÉREAS, PARA A MATÉRIA E O ESPÍRITO. 

 “O som jamais se destrói; avança Cosmos adentro, numa incessante viagem através do Universo, tanto exterior como interior. 

O som não atinge somente a periferia, mas adentra na parte espiritual e produz os seus efeitos.”


julho 31, 2025

FOTOGRAFIA - Newton Agrella


Incrível como mal nos damos conta de quão preponderante e  significativa é a fotografia.

A fotografia constitui-se numa forma variante de linguagem. 

Sim, a linguagem da imagem.

Dentre outras coisas, ela representa uma das formas mais legítimas de registro da História.

Ela capta os momentos mais marcantes e surpreendentes dos eventos e torna-se testemunha de tudo aquilo que circunstancia a vida.

A fotografia, não apenas documenta os fatos e acontecimentos da História, na qualidade de uma das principais Ciências Humanas, mas também impõe ao homem, interpretá-la  e argumentá-la como instrumento de análise sobre o próprio desenvolvimento da civilização.

Outrossim, a foto traz consigo a inestimável propriedade de revelar as facetas mais ocultas, que as pessoas involuntariamente deixam  transparecer quando de repente são objeto de um clique fortuito.

Lá no fundo, a fotografia assimila e revela nossa imagem, como se a câmera tivesse um dispositivo que sorrateiramente denunciasse nosso humor e estado da alma.

A foto sai e se revela instigante aos nossos olhos. 

Afinal, saiu boa ou não ?

Esse procedimento é quase um ritual. 

E falando em ritual, na Maçonaria, por exemplo, as incontáveis fotos tiradas em Lojas, embora muitas vezes pareçam imagens exaustivamente repetidas, a rigor não é bem assim.

Cada uma delas, revela uma única e singular história. 

Tratam-se de reproduções de momentos marcantes, cujos valores se encerram na mente e no coração de cada indivíduo.

Aliás, a fotografia tem o poder de se instalar na memória. 

Algo inclusive, que sutilmente a diferencia da dinâmica de um filme.

Tanto isto é fato, que semânticamente as expressões usadas são:

"...passou um filme pela minha cabeça..." 

E por outro lado:

"...Tenho uma memória fotográfica..."

Ou seja, a "memória fotográfica" refere-se à capacidade de recordar imagens com detalhes vívidos, como se fossem fotografias, após uma única visualização.

Como se pode notar, a fotografia detém uma espécie de "química" que conecta a mente e o coração, como um forte sentimento de saudade e de nostalgia.

Quem por acaso, nunca se pegou com uma velha foto, acariciando-a, e rememorando a imagem de algum ente querido que já se foi, mas cujo sentimento nunca se apaga ?

Muitas vezes uma pequena 3 x 4, escondidinha na carteira, onde somente cada um de nós consegue entender o seu valor.

Vai um clique aí ?



CARACTERÍSTICAS E AÇÕES DO MESTRE MAÇOM SERVIDOR - Charles Evaldo Boller


Confunde-se muitas vezes o mestre maçom servidor com uma pessoa que se anula e se torna subserviente ao grupo, é tanto que, por insegurança, alguns mestres maçons presidentes passam a adotar uma taciturna postura isolada, quando não arrogante e prepotente. Com firmeza exacerbada, aplicam a rigidez ritualística nas sessões e nunca se arriscam em soltarem a loja em edificantes debates em família, sem os degraus que separam oriente e ocidente, como preconiza o modelo de igualdade da sociedade maçônica.

Ao mestre maçom cabe desenvolver liderança, a habilidade de influenciar seus pares a trabalharem entusiasticamente em si mesmos de modo a saírem do templo renovados para suas lides no mundo onde dedicarão suas vidas ao bem comum. Esta liderança é uma habilidade adquirida pela participação e convivência nas atividades litúrgicas e sociais da loja. É nos templos que se aprendem e desenvolvem habilidades da técnica de influenciar pessoas voluntárias. Esta habilidade de liderança é resultado do desejo ardoroso de fazê-lo e desde que se coloquem em prática ações adequadas.

Para desempenhar a liderança o mestre pode usar do poder que leis e regulamentos lhe facultam, forçando e coagindo os obreiros a fazerem suas tarefas, mesmo que não se predisponham em fazê-lo. Pode também usar de habilidade e levar os voluntários a fazerem de boa vontade o que determina por conta da influência pessoal que possui. O mestre servidor é sábio, bem treinado executa a liderança com eficiência sem utilizar-se do poder de que dispõe por lei ou por influência pessoal e leva seus liderados a executarem tarefas enquanto são construídos relacionamentos; onde o liderado alcança os objetivos comuns por conta de sua própria voluntariedade, ação e responsabilidade.

Quando ouvem discursos empolgantes e motivadores, a maioria dos mestres maçons entendem e se entusiasmam com a ideia do constante desenvolvimento proposto pela Maçonaria, mas quando voltam para suas lides diárias esquecem rapidamente do que se tratou no dia anterior e não mudam. Como é possível progredirem se não mudam? Como poderão aguardar resultados diferentes sem forçar mudanças?

Para liderar é necessário servir, é desenvolver a capacidade de identificar e satisfazer necessidades legítimas dos liderados, removendo barreiras para que nasçam relacionamentos edificantes. O líder servidor não é o escravo que faz o que os outros querem, o maçom servidor faz tudo aquilo que os outros precisam para atingir suas metas e necessidades.

A disciplina desenvolvida pela ritualística estabelece limites bem definidos e rígidos que o maçom usa para sua autoeducação e assim torna-se pessoa responsável com atuação proativa. O que treina pela repetição da ritualística aplica depois automaticamente em sua vida fora do templo. O líder maçom está sempre muito mais preocupado com as necessidades que com as vontades dos irmãos.

Maslow definiu as necessidades humanas numa escala:

1 - comida, água, moradia;

2 - segurança e proteção;

3 - pertencimento e amor;

4 - autoestima; 

5 – autorealização. 

O estágio seguinte nunca será completo sem a total satisfação das necessidades que a antecedem. 

O mestre maçom servidor está no último estágio desta escala. Enquanto não tiver atendidas todas as necessidades anteriores, é muito difícil que desenvolva a capacidade de liderança natural de um mestre maçom servidor, será qualquer coisa, mas não um servidor em sua plenitude. Nos primeiros estágios é comum interpretar o servir com anulação e subserviência. 

A luta para atender as necessidades que antecedem a fase da autorealização o deixa incompleto, na defesa. É tanto que nesta fase evolutiva procura mais tirar vantagem para atender primeiro suas próprias necessidades não atendidas que as do próximo. É por isso que para se desenvolver ao ponto de atingir o último estágio desta escala é necessário aplicar tempo e energia para efetuar mudanças. Sem mudanças sem resultados diferentes!

O ponto fundamental do maçom que alcança na vida o último estágio de realização das necessidades é desenvolver o amor fraterno apoiado na vontade. É aquele amor identificado pelos grandes iniciados que já se foram. É aquele amor que tem a infalível capacidade de resolver a todos os problemas que afligem os relacionamentos humanos. É um amor traduzido pelo bom comportamento. Este amor incondicional e liderança são sinônimos. É tanto que este amor é doado para bons e maus; sem significar que o maçom servidor considera que as pessoas ruins não são ruins. Doar-se não significa subserviência e anulação, mas conduzir o grupo de tal maneira que o bem comum, as virtudes individuais fiquem a disposição do grupo.

O líder qualificado na plenitude de sua autorealização tem como características: 

- Usa de bondade, aprecia e incentiva cada obreiro em sua atividade; 

- Presta atenção ao que o liderado diz; 

- Elogiar faz parte da psique humana, daí elogia na hora certa e com isto constrói relacionamentos, mas nunca abusa deste porque em demasia o elogio se banaliza; 

- Amor é sinônimo de humildade; 

- É autêntico, sem pretensão, orgulho e ganância; 

- Não finge e também não é franco tosco a ponto de ofender; 

- Coloca o outro sempre numa posição de destaque, onde se sinta importante, trata com respeito, sem diminuir a si mesmo ou anular-se; 

- Satisfaz ou cria os mecanismos para o liderado satisfazer suas necessidades; 

- Em caso de ressentimentos, da maneira mais habilidosa e urgente, desiste de ressentimentos e perdoa quando o liderado o engana, haja vista que decepções são comuns nos relacionamentos, a maioria delas em resultado de ruídos na comunicação que de maldade; 

- Cria tal confiança de parte do liderado que este deposita confiança em sua honestidade; 

- Ao efetuar escolhas, atem-se firmemente a estas, só mudando de posição com razões claras, bem definidas e de forma transparente.

Como o homem é autodeterminante por ação de seu livre arbítrio só ele mesmo tem a capacidade de mudar-se. Na Maçonaria é a ação da autoeducação, o "conhece-te a ti mesmo", de Sócrates. Em todos os graus o maçom servidor lida com pensamentos. É pelo pensamento que a Maçonaria muda a sociedade. O pensamento transformado em ações desenvolve hábitos, que por sua vez sedimentam num caráter elevado que conduz o líder maçom servidor ao seu destino. 

Assim como fizeram os iluministas do século das luzes, ao mudarem os homens pela ação do pensamento, estes mudaram a sociedade, a um homem convencido dificilmente se domina; apenas se lidera. Liderar um homem livre pensador para objetivos que visam o bem comum é um desafio pessoal, mas é, adicionalmente, a maior expressão da palavra liberdade, e isto só é possível se o mestre maçom, sem diminuir-se, sem anular-se, serve aos demais.

Disciplinar-se para tornar-se mestre maçom servidor não é ação natural, é algo a ser treinado em todas as oportunidades. Cada mestre maçom tem o potencial de desenvolver a capacidade de tornar-se servidor sem se anular, porque esta é característica de projeto da criatura desenvolvida pelo Grande Arquiteto do Universo. Aquele que descobre o servir como alimentador da última das necessidades humanas se autorealiza em tudo o que faz e, certamente, usufrui de inúmeros momentos de felicidade como seu justo salário.

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Bibliografia:

1. FERREIRA, Antônio do Carmo, A Função do Maçom na Sociedade, ISBN 978-85-7252-272-4, 1ª edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 148 páginas, Londrina, 2009.

2. GAARDER, Jostein, O Mundo de Sofia, Romance da História da Filosofia, título original: Sofies Verden, tradução: Gabriele Haefs, ISBN 85-7164-475-6, 1ª edição, Editora Schwarcz Ltda., 556 páginas, São Paulo, 1995.

3. GLEISER, Marcelo, Criação Imperfeita, ISBN 978-85-01-08977-7?, 1ª edição, Editora Record, 366 páginas, São Paulo, 2010.

4. HUNTER, James C., O Monge e o Executivo, Uma História Sobre a Essência da Liderança, título original: The Servant, tradução: Maria da Conceição Fornos de Magalhães, ISBN 85-7542-102-6, 1ª edição, Editora Sextante, 140 páginas, Rio de Janeiro, 2004.

5. MARTINS, Maria Helena Pires; ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, Temas de Filosofia, ISBN 85-16-02110-6, 1ª edição, Editora Moderna Ltda., 256 páginas, São Paulo, 1998.

6. QUADROS, Bruno Pagani, O Pensador do Primeiro Grau, Coleção Biblioteca do Maçom, ISBN 978-85-7252-247-2, 1ª edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 184 páginas, Londrina, 2007.

7. STEVENSON, David, As Origens da Maçonaria, O Século da Escócia, 1590-1710, tradução: Marcos Malvezzi Leal, ISBN 85-370-0013-2, 1ª edição, Madras Editora Ltda., 286 páginas, São Paulo, 2005.


Biografias:

- Abraham Maslow ou Abraham H. Maslow, psicólogo de nacionalidade norte-americana. Nasceu em 1 de abril de 1908. Faleceu, em 8 de junho de 1970, com 62 anos de idade. Conhecido pela proposta hierarquia de necessidades de Maslow.

- Sócrates ou Sócrates de Atenas, filósofo de nacionalidade grega. Nasceu em Atenas em 468 a. C. Faleceu, em 399 a. C. Um dos mais importantes pensadores de todos os tempos.

julho 30, 2025

MAÇONARIA DISSECADA Jorge Gonçalves


Em 1730, uma publicação espúria, mas de valor histórico inestimável, intitulada *Maçonaria Dissecada*, revelou os rituais praticados na Inglaterra pela Grande Loja fundada em 1717. A crise resultante levou, em 1751, à criação de uma nova Grande Loja por irmãos que se diziam fiéis à tradição. 

Foram eles que, de forma pejorativa, passaram a chamar os primeiros de *modernos*, enquanto se autodenominaram *antigos*. Assim nasceu uma rivalidade que durou 62 anos.

A união só foi possível em 1813, com o apoio da família real inglesa, por meio de dois irmãos de sangue, os duques de Kent e de Sussex, dando origem às Grande Loja Unida da Inglaterra. 



O EQUILÍBRIO - Ronaldo Fernandes


A dualidade existe em todo o ser humano: o Eu Superior e o Inferior, Anjo e Demônio, Positivo e Negativo, Luz e Trevas, Certo e Errado, Bem e Mal. Temos de aprender a dominar estas forças antagônicas, essas posições extremadas e radicais que possuímos e que nos fazem questionar sobre conceitos e valores que não se medem por recursos materiais.

E isso só é possível quando mergulhamos em nossos ensinamentos, aperfeiçoando-nos em nossa ritualística e exercitamos esse aprendizado, também no mundo profano, transcendendo as paredes do Templo.

O maçom deve buscar no seu no seu interior, no seu “Eu Íntimo”, o Mestre que nele habita, atingido o equilíbrio necessário para tornar-se digno da Maçonaria e perante o Grande Construtor dos Mundos, o Grande Arquiteto do Universo.

Este caminho nem sempre é fácil, mas a escolha é fruto do nosso coração. O ponto de equilíbrio é saber lidar com esta dualidade. É isto que nos torna seres especiais, verdadeiros lideres e grandes construtores sociais.

Somos energia cósmica. Deus criou o Universo e o Homem á sua imagem e semelhança, mas nos permitiu a capacidade de escolha, deu-nos o livre arbítrio para decidirmos o caminho a seguir.

E encontramos esse caminho mais facilmente, sem nos perdermos em estradas tortuosas, quando buscamos, internamente a harmonia em nossas ações, fazendo prevalecer a compaixão e nos colocando no lugar do próximo, antes de qualquer decisão ou julgamento.

Somente assim permaneceremos justos e perfeitos, atingindo objetivos benéficos e nós mesmos, mas principalmente a toda a humanidade.


NO BRASIL DE HOJE, VALE A PENA RELEMBRAR OS VELHOS TEMPOS? - Hélio P. Leite


Amanheci neste domingo pensando no meu velho pai, um modesto bodegueiro de secos e molhados, instalado na rua Gonçalves Ledo  (maçom) nº 1092, no modesto bairro da Aldeota, que ficava próximo da Escola de Cadetes do Excército - hoje Colégio Militar e da Igreja do Cristo Rei. Por isto, parte de seus fregueses eram militares de baixa patente - até sargento -, que serviam na referida Escola. Era criança, mas lembro-me bem de um deles, o sargento Laranjeira, grande bebedor de cerveja, com tira gosto de queijo, vendidos pelo meu pai.

Me veio à lembrança de um cidadão humilde, de alta estatura, chamado  Saldanha, cego de um olho, trabalhador braçal, que usava um boné com uma chapa que lhe identificava como chapista. Próximo a bodega do meu pai tinha uma casa residencial, onde o morador pintou uma grande Bandeira do Brasil, numa parede lateral, que dava para a rua Fiúza de Pontes (maçom). Pois bem, este cidadão todos os dias ao voltar do trabalho, ao avistar a Bandeira Nacional postava-se diante dela e em sinal de respeito retirava seu boné e a comprimentava. O respeito aos símbolos nacionais era muito diferente.

A bodega do meu pai era um centro de convergência, com fregueses diferenciados - pobres e ricos. Ele comprava os gêneros alimentícios para revender em um atacadista situado na rua Conde D'Eu (esposo da Princesa Isabel, a redentora). E sempre era atendido por um dos filhos do dono, chamado Edson Queiroz.

Este jovem se tornou um cidadão muito rico, dono da Ceará Gaz Butano, de jornal (Diário do Nordeste) de uma universidade (Unifor) e de muitas outras empresas no Ceará e em outros Estados nordestinos. Enquanto meu velho pai continuava em sua modesta atividade de bodegueiro e depois dono de uma pequena oficina mecânica. Porém, este cidadão que ficou muito importante, no Ceará e no Nordeste, nunca esqueceu de meu pai e sempre que podia ia lhe visitar e lhe telefonava para dar notícias, inclusive sobre  um enfarto que ele teve em pleno voo, em um dos seus aviões. O respeito aos mais velhos era muito diferente.

Este grande cearense, Edson Queiroz, sogro do ex-senador Tasso Jeressati, faleceu em triste acidente de avião, que nas proximidades da capital cearense chocou-se com a serra de Aratanha, falecendo todos que estavam a bordo, a maioria empresários cearense. Pois é na vida tuda passa, fica apenas a fotografia e bons momentos vividos.

Lembrei-me que quando estudei no Colégio Castelo Branco, dirigido por padres, situado na avenida Dom Manoel, esquina com a rua Costa Barros ( um dos fundadores do Grande Oriente do Brasil), estudava uma matéria chamada OSPB - Organização Social e Política do Brasil, e que antes do início da aula, a Bandeira do Brasil era hasteada e todos cantavámos o Hino Nacional. O respeito aos Símbolos Nacionais era diferente. 

Uma de minhas lembranças mais antigas e que à época muito me assustou, foi quando vi passando muito baixo por cima da bodega de meu pai um Zepellin, uma aeronave em forma de charuto, provavelmente no  ano de 1944, próximo ao fim da Segunda Guerra Mundial, tinha eu quatro anos de vida. Bravos guerreiros cearenses deram a vida na Itália e se tornaram heróis de guerra na tomada de Monte Castelo.


Lembrei-me que fiz o curso de Infantaria no CPOR - Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército, com sede em Fortaleza, Turma 1960. E que fui estagiar como aspirante a oficial no 24º Batalhão de Caçadores, com sede em São Luis do Maranhão; ali servindo até junho de 1963, quando me desloquei para Brasilia, onde sentei praça até aos dias atuais. E quando estava servindo no 24º BC, assisti uma visita de inspeção do Comandante da 10ª Região Militar, general Castelo Branco, de baixa estatura física, mas um gigante moral, temido por todos os seus subordinados. Época em que os generais mereciam elevado respeito em sua Corporação e em nossa Pátria.


Por que estou relembrando passagens de minha vida,  que permaneceram em minha memória? porque hoje cedo fui contatadp por um irmão de maçonaria, em Brasília, para me lembrar das disposições do Art. 77 da Constituição do Grande Oriente do Brasil, que define a competência privativa do Grão-Mestre Geral de nossa Federação Maçônica. Tecendo outras críticas a não intervenção política do GOB, no momento atual pelo que passa o nosso país.


Nestas cobranças que sempre me são feitas, tenho respondido que vivemos em outros tempos, e que o GOB  fundado há 203 anos atrás para lutar pela Independência do Brasil, não mais detém este poder político; que a sua grande missão foi a de lutar para construir um país independente, livre da escravatura e do absolutismo imperial. E que nos dias atuais nossa Federação Maçônica, que é a segunda instituição mais antiga, em funcionamento no Brasil, exerce outras funções tão dignas como as que exerceu no passado.


Sempre lembro do grande legado histórico que herdamos de nossos irmãos do passado, muitos exerceram a presidência do Brasil; outros tantos exerceram funções de destaque em nossa República, nos diversos setores da administração pública, particularmente no parlamento nacional.


O Grande Oriente do Brasil de hoje, que escolheu o sistema republicano de tripartição de poderes, tem jurisdição nacional, com grande capilarização em praticamente todo o território brasileiro. Conta com um contigente de filiados em torno de 80 mil obreiros e suas respectivas famílias, que resulta numa composição familiar, em torno de 320 mil habitantes nacionais. E por tudo isto, tem grandes responsabilidades perante  aos seus federados e à Nação Brasileira. Não devendo se expor como Instituição, que não mais faz parte da elite estratégica de poder, manifestando-se publicamente sobre o controverso momento nacional brasileiro. Penso eu.


Por outro lado, as nossas Potências Maçônicas instaladas no Brasil, atualmente, contam em seus quadros com obreiros de várias matizes políticas: democratas, liberais, socialistas, comunistas, fascistas, ateus, etc. Por isto fica muito difícil uma autoridade maçônica se manifestar publicamente, por iniciativa própria, contra ou a favor de determinadas situações que vêm ocorrendo em nosso país, porque pode agradar e ao mesmo tempo desagradar parcelas de seus contiguentes.

Enfim, esperamos e temos fé que haverá de chegar um momento em que o nosso país voltará a trilhar a estrada da democracia republicana, onde o equilíbiro entre os Três Poderes da nossa República seja  uma realidade de fato e de direito.



julho 29, 2025

MAÇONS QUE NÃO FREQUENTAM SUAS LOJAS - Fernando Aquino Kaleniuszca (Paraguai)


Muitas vezes ouvimos dizer que um certo Q.:I:: quem não frequenta as Reuniões é uma boa pessoa, tem espírito maçônico, mas tem muito trabalho, é muito ocupado. Nunca compartilhamos dessa forma de encarar o problema: sempre acreditamos que era uma benevolência equivocada, que era ruim para a ordem e ruim para o Irmão. É muito fácil dizer "pertenço à maçonaria" e ignorar todo o resto: o que aconteceria se todos fizéssemos a mesma coisa? E se, na hora do almoço, estivéssemos sempre assistindo TV, lendo, com os amigos ou apenas dormindo? A estes QQ.: II:: Muito boas são aquelas Lojas anêmicas, que mal preenchem os postos principais, que em meio a um tédio geral e inevitável arrastam uma vida maçônica dolorosa e lamentável.

Para ser um autêntico maçom não basta aparecer no Quadro da Loja, é preciso queimar diariamente na chama da ação e da militância.

Que interesse, que encorajamento podem sentir o Venerável Mestre e os Queridos Irmãos que frequentam regularmente?

Os muito bons destroem a base da instituição, e é sabido que a grandeza da Maçonaria está em sua base, ou seja, em seus trabalhadores, em todos nós. Assim, a Ordem não progride, não se fortifica, por isso não cumpre seu dever. Quanto ao Irmão, se não comparece, não pode vibrar conosco, não sente o ímpeto da vida da Oficina, perceptível ou não, mas real e verdadeiro.

Você pode se chamar de maçom, mas não pode ser maçom sem participar das reuniões. Mas há mais; não se pode ser maçom se não se integra ao CORPO MENTAL e ao plano espiritual da Loja. Quando o Mestre Adorável diz "Silêncio e em Loja, meus Irmãos" cria-se um corpo mental coletivo que nos envolve a todos. É então que a cadeia de união, essa cadeia de união que se aplica à parede, desce até nós, bate, humaniza-nos, liberta-nos e une-nos: liberta-nos do pó de todos os caminhos, do lastro da vida profana, das forças negativas que agem em nós mesmos e nos une num plano superior do bem. da tolerância, do desejo de superação, ou seja, nos une em nível maçônico: E essa emoção não pode ser sentida por mim ou por ninguém se estou sentado em casa, lendo, com meus amigos ou dormindo, entre outras coisas. Se não sabemos como a Oficina ou a Ordem pensa sobre determinado problema, se não nos treinamos na forja maçônica, se não aprendemos a manusear as ferramentas da vida superior, como vamos influenciar; Quem vamos influenciar?

Sempre se disse que a mesquinhez e o ressentimento que nos separam da vida profana não devem ser trazidos para cá, mas a compreensão, a tolerância, o respeito, a fraternidade que prevalecem em nossa convivência devem ser trazidos à tona. Como vamos tirar essas boas práticas se começamos por não praticá-las? Se quisermos influenciar o mundo profano, temos que frequentar as Lojas, por melhores que sejamos.

Há mais: a Ordem escolhe seus homens, educa-os, aperfeiçoa-os, transforma-os, mas esse processo não é improvisado, não é operado por milagre, não é operado pelo simples fato de estarmos em nossos registros, por melhores que sejamos. A Ordem tem esse processo perfeitamente organizado do primeiro ao último grau. Entre nós, nada responde ao acaso ou à sorte, tudo está codificado na razão e na análise. É um sistema moral e filosófico "velado pelo mistério e embelezado por símbolos", é o sistema mais perfeito, sem dúvida, que o homem criou para sua convivência, mas esse sistema não funciona com intelectuais, nomes escritos na Mesa da Loja. Não! Esse sistema funciona com homens de carne e osso e esses homens são sua arma, seu instrumento e seu triunfo: Para que esse sistema funcione é necessário ir à Loja.

Há mais: tudo o que aumenta a liberdade do homem aumenta a sua responsabilidade. A Maçonaria, para quem a compreende, aumenta a liberdade interior, ajuda a pensar, é a tarefa suprema e consequentemente aumenta e compromete a sua responsabilidade. E um dos primeiros deveres inerentes a essa parcela de responsabilidade é frequentar a Loja. Pois vale a pena perguntar, onde está a vida maçônica, o mundo maçônico que escolhemos livremente, a essência de seus ensinamentos? Estarão no escritório, na fábrica, no estúdio ou escritório profissional, ou na rua? Eles estão na Loja.

Alguém pode se dizer maçom, dizer que aparece em nossos registros, mas ninguém pode ser maçom se não viver nossa vida maçônica e para isso é essencial frequentar a Loja.

Posso resumir e sintetizar tudo o que foi dito nos seguintes termos; a finalidade além da Maçonaria, o ideal mais puro e a mais nobre ambição e, ao mesmo tempo, a tarefa mais difícil, o aperfeiçoamento do homem, o planejamento do homem, que, meu QQ.: II.:, jamais será obtido com maçons que não frequentam a Loja.



O TEMPLO DE SALOMÃO E O TEMPLO MAÇÔNICO- Denizart Silveira de Oliveira Filho


 

julho 28, 2025

A BUSCA DE REVOLUÇÃO - Charles Boller

 



A iniciação é fundamental para a continuação da Maçonaria, porém a escolha de novos exige responsabilidade. Para ser maçom não basta ser livre e de bons costumes, amigo, bom esposo e pai. 

Exige-se do candidato inteligência e discernimento para absorver as filosofias e doutrinas maçônicas para si, agregados à capacidade de espargir a luz deste conhecimento aos outros.

Busca-se pessoa que: 

•  crê em Deus e numa vida futura; 

• seja sociável, honesta, livre e de bons costumes; 

• possua comportamento moral ilibado; 

• reconheça a importância dos valores; 

• traga dentro de si bons costumes adquiridos da educação; 

• busca incessante evolução; 

• seja estudante dedicado; 

• entenda o conceito de liberdade responsável; 

• tenha pensamento aberto; 

• respeite o pensamento do outro; 

• possua boa vida familiar; 

• disponha de recursos financeiros para despesas pecuniárias na instituição; 

• possua ilibado comportamento, apto, disposto a lutar pelo bem estar da humanidade.

Para entrar na Maçonaria há necessidade que alguém represente o cidadão, que conheça suas qualidades e esteja apto a julgar se o convite é viável.

Confirmadas as qualidades do candidato acontece o convite. 

Só depois de certificar merecimento faculta-se ao cidadão pedir adesão.

Viver de acordo e em plenitude com a filosofia maçônica é de difícil alcance. 

O maçom já existe dentro do candidato, o que se faz é encontrá-lo e iniciá-lo.

Não está fácil encontrar homem voluntarioso para trabalhar pela evolução da humanidade. 

É árduo o procedimento de convidar alguém que demonstre o conjunto de características desejadas. 

Não apenas atuante na filantropia, mas de forma comprometida e proativa engajar-se na luta para a solução de problemas da humanidade; alguém ciente da necessidade de melhorar sua educação; dotado de humildade e energia para efetuar mudanças em si mesmo. 

O candidato deve possuir boas características antes de entrar; *a Maçonaria não é reformatório!* 

Considerando a importância da questão para continuidade da Maçonaria cabe ao mestre maçom debater o tema da escolha de novos junto a seus irmãos e sob a luz da sabedoria do Grande Arquiteto do Universo.