março 07, 2021

A ARCA DA ALIANÇA

 

      
         A Arca da Aliança ou Arca do Pacto, é descrita pela Bíblia como o objeto em que as tábuas dos Dez Mandamentos teriam sido guardadas, e o veículo de comunicação entre Deus e seu povo escolhido, os judeus.

        A Arca é a primeira construção mencionada no livro Êxodo. Sua construção foi orientada por Moisés, que por sua vez recebera instruçõe...s divinas:

        “Farão uma Arca de madeira de acácia; seu comprimento será de 2 côvados e meio (111 cm) e um côvado e meio de largura (66,6 cm) e sua altura 1 côvado e meio (66,6 cm). 
        Tu a recobrirás de ouro puro por dentro, e o farás por fora, em vota dela uma bordadura de ouro. Fundirás para a arca quatro argolas de ouro, que porás nos seus quatro pés, duas de um lado e duas do outro.
         Farás 2 varais de madeira de acácia, revestidos de ouro, que passarás nas argolas fixadas dos lados da arca para se poder transportá-la. Uma vez passados os varais nas argolas, delas não serão mais removidos. Porás na arca o testemunho que eu te der. 
        Farás também uma tampa de ouro puro, cujo comprimento será de dois côvados e meio e a largura de um côvado e meio. Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e o outro de outro, fixado de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa.
         Terão estes querubins as asas estendidas para o alto e protegerão com elas a tampa, sobre o qual terão a face inclinada. Colocarás a tampa sobre a arca e porás dentro da arca o testemunho que eu te der. Ali virei ter contigo. 
        E é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas." (Êxodo cap 25 versículo 10-22).
        
        Segundo o relato do verso 22 de Êxodo, Deus se fazia presente no propicitório ( parte superior da tampa) no meio dos dois querubins em uma presença misteriosa que os judeus chamavam Shekinah ou presença de Deus.

março 06, 2021

COMO DEFINIR MAÇONARIA


 

1 – A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica,

filantrópica, educativa e progressista. Proclama a prevalência do espírito

sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da

humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática

desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade.

Seus fins supremos são: a LIBERDADE, a IGUALDADE e a FRATERNIDADE.

 

2 – Condena a exploração do homem, bem como os privilégios e as

regalias, mas enaltece o mérito da inteligência e da virtude, bem como o

valor demonstrado na prestação de serviços à Ordem, à Pátria e à

Humanidade.

 

3 – Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível

com a universalidade do espírito maçônico. Combate a ignorância, a

superstição e a tirania.

 

4 – Proclama que os homens são livres e iguais em direitos e que a

tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que

sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um.

 

5 – Defende a plena liberdade de expressão do pensamento, como

direito fundamental do ser humano, admitida a correlata responsabilidade.

 

6 – Reconhece o trabalho como um dever social; julga-o dignificante e

nobre sob qualquer de suas formas: manual. Intelectual ou técnica.

7 – Considera Irmãos todos os maçons quaisquer que sejam suas

raças, nacionalidades ou crenças.

 

8 – Sustenta que os maçons têm os seguintes deveres essenciais:

amor à Família, fidelidade e devotamento à Pátria e obediência à Lei.

 

9 – Determina que os maçons estendam e liberalizam os laços

fraternais, que os unem, a todos os homens esparsos pela superfície da

Terra.

 

10 – Recomenda a propaganda de sua doutrina pelo exemplo e por

todos os meios de comunicação do pensamento e proscreve

terminantemente o recurso à força e à violência.

 

11 – Adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica, os

quais, utilizados nos trabalhos maçônicos, servem também para os maçons

se reconhecerem e se auxiliarem onde quer que se encontrem. ,

março 05, 2021

CONHEÇA OS DIFERENTES TIPOS DE AMOR


 

O antropólogo canadense, Jonh Allan Lee, se especializou em analisar a capacidade de amar do ser humano, e assim, em sua obra “Love Styles” (1988), analisa o amor do ponto de vista da psicologia e apresenta sua teoria afirmando que as pessoas sentem diferentes tipos de amor.

É importante saber que a palavra amor é um único termo, tanto na Bíblia como no mundo secular, usado para denominar diversos estilos e níveis de sentimentos e ações.

Por sua vez, Lee tenta clarificar sua tese sobre os vários estilos de amor fazendo uma analogia sobre o extraordinário mecanismo da nossa visão em relação à percepção das cores.

O Dr. Ailton Amélio afirma: “Os nossos olhos só possuem receptores para três cores: o amarelo, o azul e o vermelho. São as chamadas cores primárias. No entanto, somos capazes de perceber mais de 8 milhões de variações de cores. A nossa capacidade de perceber essa quantidade enorme de variações de cores pode ser explicada por um mecanismo muito simples. Ela é fruto de uma infinidade de combinações entre diferentes intensidades das estimulações dos três receptores de cores que existem em nossos olhos” – O Mapa do Amor, p. 24.

De acordo com Lee, assim também existem três estilos primários de amor: Eros, Ludos e Estorge. Todos os tipos de amor, de alguma forma, têm sua origem na combinação desses três tipos básicos de amar.

Segundo o Dr. Ailton Amélio, as características desses três estilos básicos e de mais três estilos secundários – Mania (combinação de Eros e Ludos), Pragma (combinação de Ludos e Estorge) e Ágape (combinação de Eros e Estorge), são as seguintes:

Estilos básicos de amor:

1)      Eros – Pode surgir à primeira vista. Sente atração imediata, principalmente por causa da aparência da outra pessoa, e é motivado por interesse sexual. “Não teme se entregar ao amor, mas também não está ansioso para amar” – p. 25.

2)      Estorge – O amor se desenvolve gradativamente no decorrer de uma relação de amizade. Nesse período leva-se em conta interesses e semelhanças em comum. “O contato sexual é menos enfatizado e começa relativamente mais tarde” – p.26.

3)      Ludos – É o tipo de amor em que a relação com o outro é casual e passageiro. É muito bom enquanto dura. É o principal motivo da onda do “ficar”. A pessoa que é movida por esse tipo de amor é capaz de flertar com diferentes pessoas no mesmo período de tempo. O que importa é o prazer da sedução e da conquista. E assim, o que importa é o momento em que você está com a pessoa que quer, depois parte-se para outra. “As promessas são válidas apenas no momento em que são apresentadas, e não no futuro. Afirmação típica de quem tem esse tipo de amor: ‘Eu gosto de jogar o jogo do amor com diferentes parceiros simultaneamente’”- p.26.


Estilos secundários de amor:

1)      Mania (composto de Eros e Ludos) – As principais características desse tipo são: insegurança, possessividade e ciúme. A emoção gerada é quase obsessiva a ponto da pessoa querer ficar o tempo todo com o outro e está sempre exigindo uma prova de amor. Está sempre tentando atrair a atenção do outro em busca de afirmação.

2)      Pragma (composto de Ludos e Estorge) – As principais características desse tipo são: planejamento e avaliação. Antes de começar o relacionamento, leva-se em conta na escolha, aspectos como, compatibilidade e satisfação mútua das necessidades, de maneira que “as pessoas desse estilo examinam os pretendentes para ver se atendem a uma série de expectativas antes de se envolver com eles.” – p. 27.

3)      Ágape (composto de Estorge e Eros) – As principais características desse tipo são: ausência de egoísmo, cuidado e preocupação em primeira instância com o outro. O impulso natural de quem sente esse tipo de amor, consiste no seguinte lema: primeiro ele(a), depois eu. O autor declara que a afirmação típica de quem tem esse estilo de amor é: “Eu prefiro sofrer a fazer o meu amor sofrer” – p. 27.


Medite: “O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba…” – I Coríntios 13:4-8

março 04, 2021

BREVE COMENTÁRIO DO SALMO 133 (132).


 


Primeira tradução

1 Vejam como é bom, como é agradável, os irmãos viverem unidos!
2 É como óleo perfumado sobre a cabeça, descendo pela barba, a barba de Aarão;
  descendo sobre a gola de suas vestes.
3 É como o orvalho do Hermon, descendo sobre os montes de Sião.
  Pois é por aí que Javé manda a bênção e a vida para sempre!

Segunda tradução

1 Oi, que prazer, que alegria nosso encontro de irmãos!
2 É como um banho perfumado, gostosa é nossa união.
3 Sereno da madrugada, gostosa é nossa união.
  É vida que dura sempre, gostosa é nossa união.

Este é o penúltimo dos salmos de romaria. Os romeiros estão em Jerusalém, já entraram no templo. É festa! Nas romarias, uma das coisas que mais alegram o romeiro é se sentir acolhido como irmão ou irmã no meio de tanta gente.

O encontro é vivido como amostra do que se espera. Uma espécie de profecia viva. Talvez não ensine nada de novo, mas isso não é o mais importante da romaria.

O que importa é o que dizia um romeiro que participou de um encontro de comunidades de base: "Coisa nova não aprendi, mas enchi o tanque para o resto do ano!".

Apresentamos duas traduções. A primeira, com pequenas diferenças, é da Bíblia Pastoral. Tradução bonita e fiel. A outra, uma adaptação brasileira de Reginaldo Veloso. Através de canto e imagens, ela recria em nós a experiência que o salmo suscitava no povo daquele tempo.

O salmo tem um pensamento que se desenvolve em três partes: chama a atenção para a alegria da convivência fraterna dos romeiros no templo (v. 1), traz as comparações do óleo e do orvalho para expressar o significado dessa grande confraternização (v. 2 e 3a) e conclui que é através da união fraterna que a benção de Deus desce sobre a vida do povo (v. 3b).

Oi, que prazer, que alegria!

Vejam como é bom, como é agradável os irmãos viverem unidos! (v. 1)

O salmo 133 canta a confraternização vivida em Jerusalém na festa da romaria. O povo passa o dia reunido na grande esplanada do templo.

Gente de todos os cantos do mundo, que mal se conhece, aqui se encontra como irmãos e irmãs da mesma família e vive a alegria profunda de estar unida na mesma fé.

É a fé em Javé que faz dessa gente uma grande família, um povo unido.

Essa união é uma amostra concreta do futuro que essa gente espera e pelo qual luta.

Bom e agradável são as palavras com que o salmo define o que se vive em Jerusalém no dia da festa.

Quem já participou de um encontro assim, entende a alegria imensa que aí se comunica e percebe a beleza da união que se transmite como Boa Notícia de Deus a todos.

É como perfume! É como orvalho!

É como óleo perfumado sobre a cabeça, descendo pela barba de Aarão; descendo sobre a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermon, descendo sobre os montes de Sião (v. 2-3a).

Essas duas comparações, tiradas da vida, são como uma pedra que cai num lago: produzem círculos na imaginação criativa do povo que escuta e reza o salmo.

Óleo e perfume - O óleo era usado na alimentação e também amolecia os músculos para a luta. O óleo perfumado enchia a casa quando a visita chegava e enchia o templo em dias de festa.

É como quando o pessoal chega para a festa: roupa nova, banho tomado, vestido e corpo perfumados com água-de-cheiro.

O óleo era também usado para consagrar o sacerdote e o rei a serviço do povo de Deus.

O povo todo é visto como ungido, pois é comparado com o sacerdote Aarão, o irmão de Moisés.

O povo reunido no templo, celebrando os louvores de Javé, é um povo sacerdotal.

Orvalho do Hermon - Na terra árida da Palestina, o orvalho é sinal de vida e garante, apesar da falta de chuva, uma boa colheita.

Naquele tempo, o povo pensava que o orvalho descesse de modo invisível dos cumes das montanhas para se espalhar pelas planícies.

O monte Hermon, alto e misterioso, coberto de neve eterna, situado na fronteira nordeste da Palestina, até hoje é fonte de vida para toda a região. Quando se produz o degelo, ele alimenta as fontes do rio Jordão, cujas águas vão descendo, irrigando a terra, trazendo benção e vida para o povo, pão para comer.

O Hermon é símbolo de fertilidade.

A grande confraternização dos romeiros vivida no templo durante a romaria é o orvalho do povo, o orvalho invisível do Hermon que cai sobre os romeiros, irrigando a vida, produzindo fertilidade e frutos para todos.

Fonte de benção, vida para sempre!

Pois é por aí que Javé manda a benção e a vida para sempre! (v. 3)

A benção de Javé é muito concreta. Ela se manifesta na natureza, no óleo, no orvalho, nas chuvas, nas águas do Jordão que irrigam a terra.

Ela tem a ver com a fertilidade da terra e com a vida do povo.

Ela se manifesta nessa confraternização alegre e feliz das romarias.

Quando o povo vive unido, a benção de Deus desce.

Como diz o canto: "Onde o amor e a caridade, Deus aí está!".

O caminho para alcançar a benção de Deus e a vida para sempre é a união de todos em torno da fé em Javé, celebrada e vivida nos dias de romaria.

Quando todos se unem no templo, antecipam o futuro por alguns dias, numa intensa alegria.

"Nisso todos saberão que vocês são meus discípulos, se tiverem amor uns para com os outros" (Jo 13,35). ____________________


Frei Carlos Julhoters é biblista, autor de diversos livros. Há anos acompanha a caminhada das comunidades eclesiais do Brasil. Atualmente, trabalha no Instituto Bíblico de Angra dos Reis/RJ.

março 03, 2021

LIÇÕES JUDAICAS PARA TEMPOS DE CRISE


"Em épocas de vacas magras, o trabalho assistencial e comunitário é ainda mais imprescindível. Ninguém está tão pobre que não possa contribuir"
Como todos os brasileiros, os judeus também foram atingidos pela grave crise por que passa o país. Desemprego, inadimplência, diminuição de renda e dificuldade em manter negócios abertos tornaram-se temas recorrentes em nossa comunidade.
Em tempos difíceis como estes, os judeus costumam recorrer à sua história e às suas tradições em busca de conforto e esperança. Lembramos a penúria em que vivia a maioria de nossos antepassados antes de partirem para o Brasil e de como chegaram aqui sem um tostão no bolso e sem falar uma palavra sequer na língua local.
Aqui no Rio de Janeiro, eles se espalharam pelo Centro, subúrbios e Baixada. Trabalharam, progrediram e, aos poucos, deixaram a pobreza para trás. Cada judeu que hoje vê seu padrão de vida cair por causa da crise tem pais ou avós que passaram por tempos muito mais difíceis e que perseveraram, superaram barreiras e construíram os alicerces do que é hoje a nossa comunidade. Sua história, como indivíduos e como coletividade, tem muito a ensinar não apenas a nós, mas a todos os brasileiros.
Uma lição que podemos tirar é que, em épocas de vacas magras, o trabalho assistencial e comunitário é ainda mais imprescindível. Ninguém está tão pobre que não possa contribuir para alguma causa comunitária, seja com recursos ou trabalho voluntário.
O trabalho comunitário em tempos de crise gera um duplo benefício. Ele auxilia aqueles mais vulneráveis, como crianças e idosos, e estimula a união e a cooperação entre os membros da comunidade. São comuns, durante eventos beneficentes em nossas instituições, os contatos entre voluntários que acabam gerando propostas de trabalho, parcerias e novos negócios.
Outra lição valiosa é que, por mais que a crise esteja nos afetando, devemos sempre pensar à frente dela. Estamos falando aqui do compromisso inabalável que sempre tivemos com a educação de nossos filhos. Nos modestos lares dos judeus que aqui chegaram no início do século passado, podia faltar quase tudo, menos livros e jornais.
Seguindo este exemplo, hoje evitamos todas as despesas adiáveis, para que não seja preciso fazer cortes na educação das crianças. E quando eles são inevitáveis para alguns pais, a comunidade entra em cena, cotizando-se para que nossas escolas ofereçam o maior número possível de bolsas de estudos. Fazemos isso porque assim ensinaram os que vieram antes e nós: quando a crise acabar, novas oportunidades surgirão e é preciso estar preparado para aproveitá-las.
O Brasil tem imensas riquezas e uma delas é a experiência trazida por imigrantes, como os judeus, no enfrentamento e superação de crises. Neste momento difícil por que passa o país, este conhecimento acumulado através dos séculos pode ser de extrema utilidade a todos os brasileiros.
Paulo Maltz é presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro

março 02, 2021

MAÇONARIA PÓS PANDEMIA


            Uma das questões recorrentes trazidas à luz em função da pandemia que o mundo está atravessando é “o que vai acontecer com a maçonaria quando a pandemia for controlada?”

            Mudanças irreversíveis estão ocorrendo em diversas áreas como no trabalho, na economia, na medicina, no mercado imobiliário e em muitas outras. Não poderia ser diferente na nossa Ordem.

            Ninguém tem a mínima ideia do fim da Covid-19. Ainda que as mais de trezentos e cinquenta milhões de vacinas sejam aplicadas em todos os brasileiros, o que certamente levará alguns anos, não se sabe se novas variantes se instalarão necessitando de novas vacinas, quando tempo vai durar a imunidade proporcionada por estas vacinas atuais, se as pessoas que se negam a tomar as vacinas serão vetores de contaminação, etc. Enquanto o mundo inteiro não for vacinado pessoas oriundas de outros países poderão continuar contaminando e talvez aconteça algo como o sarampo atualmente, que se julgava extinto e está retornando com força.

            Essas dificuldades certamente impactarão as Lojas, considerando que a maioria dos maçons brasileiros, segundo estatísticas informadas pela CMI - Confederação Maçônica Interamericana, e reforçadas pela CMSB, tem mais de 60 anos de idade, o que os coloca todos em grupo de risco. Aliás, essa realidade ocorre no mundo todo, com uma queda significativa no número de maçons no planeta com relação a quantidade de há vinte anos.

            Em função das óbvias dificuldades que os maçons encontrarão para se reunirem de forma presencial, ainda que com todos os cuidados de segurança sanitária, a maçonaria vai precisar se reinventar, e aqui e ali estão surgindo novas possibilidades, algumas possíveis soluções.

            Uma dessas novas ideias é a constituição de Lojas Maçônicas Virtuais. A Grande Loja Maçônica de Rondônia – GLOMARON - através da visão de seu atual SGM, Ir. Paulo B. Tupan e do Past GM Ir. Aldino Brasil, constituiu a primeira Loja Maçônica Virtual do país, e uma das primeiras no mundo, intitulada ARLSV Lux in Tenebris n. 47, que tem aproximadamente 600 membros, um número muito maior do que todas as Lojas do país, e uma frequência acima de 200 participantes nas sessões que realiza semanalmente, com palestras espetaculares, que trazem nova luz e extraordinários ensinamentos à maçonaria. Já houve sessão com a presença de mais de 450 participantes.

            A realização foi rapidamente seguida da instalação pela Grande Loja Maçônica do Pará – GLEPA - da segunda Loja Virtual intitulada ARLSV Luz e Conhecimento n. 103, que iniciou com mais de 200 membros e cuja adesão tem crescido de maneira acelerada. Ambas são Lojas regulares com estrutura normal e irmãos filiados nas cidades sede, Porto Velho e Belém, e membros correspondentes de todo o país e inclusive do exterior. Um acordo entre ambas permitiu que as reuniões semanais, aos sábados, sejam alternadas, e todas as palestras são gravadas e disponibilizadas na internet com senhas de acesso aos seus membros.

            É claro que é bom e agradável que os irmãos vivam em união, em seus encontros presenciais e como os deliciosos ágapes ao final, só que isso será cada vez mais raro e difícil. Mau filho é diretor em uma das maiores empresas de TI do planeta, com mais de 25.000 empregados e filiais em dezenas de países. Ele comentou que a empresa precisou se reinventar para trabalho em casa – o home office -, entregou centenas de escritórios em muitos países, e a economia em aluguéis, condomínios, contas de energia, água, telefone, passagens e hospedagens de funcionários, etc, no ano passado, 2020, de março a dezembro, foi de sessenta milhões de reais, praticamente dobrando o lucro da empresa. Este ano se espera uma economia ainda maior e a empresa decidiu nunca mais montar instalações físicas. Isso lhe permitiu contratar a melhor mão de obra disponível no mundo, e hoje os funcionários no Brasil, EUA, Índia, Israel, por toda a Europa e em locais como a Coréia do Sul e Eslovaquia, recebam tarefas e prazos, ganhem por produtividade, e meu filho administra de Porto Alegre a instalação da Faculdade de Engenharia de Sorocaba.

            No ano passado eu fiz sessenta palestras virtuais. Falei em muitas cidades brasileiras, de Laranjal, em MG, com 6.000 habitantes, até em Londres, berço da maçonaria, para minha honra e gaudio. As minhas palestras tiveram mais de dez mil assistentes e isso jamais seria possível na situação anterior à pandemia. Um dos reflexos das palestras, minhas e de outros excelentes palestrantes, foi o incremento da venda de livros. Quase todos eles têm ótimos livros publicados, as palestras são um excelente canal de vendas e de aprendizado e os irmãos participantes têm contribuído para manter acesa a chama do conhecimento.

            No dia 3 de outubro deste ano de 2021 completo 40 anos de Ordem. Procuro ser um maçom ativo e estudioso, mas confesso que aprendi muito mais sobre maçonaria neste último ano do que nas décadas anteriores. Participei de milhares de sessões ocas e inúteis onde o tema das sessões era a apenas a leitura das instruções dos rituais, iniciações mal ensaiadas, quando não enveredando pelas raias do absurdo como uma em que o VM deu alguns tiros para o ar próximo aos postulantes vendados, discussões sobre o cardápio da próximo evento ou a obrigação de ouvir trabalhos obviamente copiados do Google e depois elogiados de maneira hipócrita por mestres que nem haviam prestado atenção na leitura.

            Claro que houve também sessões brilhantes e produtivas, estas em muito menor número. Mais recentemente eu havia observado que muitos irmãos, inclusive VV:. MM:. ficavam com o com o celular ligado acessando WhatsApp ou outros aplicativos durante as sessões.  Nas sessões virtuais isso não acontece. As questões e comentários levantados após a palestra mostram o grande aproveitamento e aprendizado dos participantes.

            Talvez o futuro nos traga Lojas híbridas, onde em sessões presencias poderemos ter o aprendizado virtual proporcionado por esta nova realidade, através de TVs ou telões. Afinal, como diz o nosso ritual, a Maçonaria é “um sistema e uma escola, não só de moral como de filosofia social e espiritual, revelada por alegorias e ensinadas por símbolos, guiando seus adeptos à prática e ao aperfeiçoamento dos mais elevados deveres do homem-cidadão...” Assim como nos dias de hoje podemos obter um diploma universitário com aulas virtuais,  a Ordem pode nos proporcionar a prática da fraternidade, da mútua assistência, da prática das virtudes e do aprendizado com  maior distanciamento social. Vamos aguardar para ver.

 


março 01, 2021

A ESTRELA DE SEIS PONTAS


    A estrela de seis pontas (hexagrama), feita de dois triângulos entrelaçados, pode ser encontrada em mezuzot, menorot, estojos de talit e kipot. As ambulâncias em Israel levam o símbolo da “Estrela Vermelha de David”, e a bandeira de Israel tem uma Estrela de David azul plantada bem no meio.

Qual é a origem desse símbolo de seis pontas? -

As seis pontas simbolizam o governo de D'us sobre o universo em todas as seis direções.

No decorrer da longa e difícil história do povo judeu, chegamos à percepção de que nossa única esperança é colocar nossa confiança em D'us. As seis pontas da Estrela de David simbolizam o governo de D'us sobre o universo em todas as seis direções: norte, sul, leste, oeste, para cima e para baixo.

Originalmente, o nome Magen David – literalmente “Escudo de David” – poeticamente refere-se a D'us. Reconhece que nosso herói militar, o Rei David, não venceu pela própria força, mas pelo apoio do Todo Poderoso. Isso também é mencionado na terceira bênção após a leitura da Haftará no Shabat: “Bendito sejas, D'us, Escudo de David.”

Existem várias outras explicações sobre o significado por trás da Estrela de David. Uma ideia é que uma estrela de seis pontas recebe forma e substância de seu centro sólido. Este âmago representa a dimensão espiritual, rodeada pelas seis direções universais. (uma ideia semelhante se aplica ao Shabat – o sétimo dia, que dá equilíbrio e perspectiva aos seis dias da semana).

Na Cabalá, os dois triângulos representam as dicotomias inerentes ao homem: bem vs. mal, espiritual vs. físico, etc. Os dois triângulos também podem representar o relacionamento recíproco entre o povo judeu e D'us. O triângulo apontando “para cima” simboliza nossas boas ações que sobem ao céu, e então ativam um fluxo de bondade de volta ao mundo, simbolizado pelo triângulo apontando para baixo.

Alguns dizem que a Estrela de David é uma figura complicada entrelaçada que não tem seis (hexograma), mas sim 12 lados (dodecagrama).

Pode-se considerá-la como composta de dois triângulos sobrepostos ou sendo de seis triângulos menores emergindo de um hexograma central. Como o povo judeu, a estrela tem doze lados, representando as doze tribos de Israel.

A teoria mais prática é que durante a Rebelião Bar Kochba (primeiro século), uma nova tecnologia foi desenvolvida para escudos, usando a estabilidade inerente do triângulo. Por trás do escudo havia dois triângulos entrelaçados, formando um desenho hexagonal de pontos de apoio. (Buckminster Fuller mostrou como projetos fortes baseados em triângulos têm seus geodésicos).

A Estrela de David foi um triste símbolo do Holocausto, quando os nazistas forçaram os judeus a usarem uma estrela amarela como identificação. Na verdade, os judeus foram forçados a usar crachás especiais durante a Idade Media, tanto pelas autoridades muçulmanas quanto pelas autoridades cristãs, e até mesmo em Israel durante o Império Otomano.

Portanto, não importa se é uma estrela azul ondulando orgulhosamente numa bandeira, ou uma estrela de ouro adornando a entrada de uma sinagoga, a Estrela de David se destaca como um lembrete para o povo judeu… Em D'us nós confiamos.

fevereiro 28, 2021

CABALA - O QUE SIGNIFICA ABRACADABRA?


Você sabia que abracadabra vem de uma antiga expressão em aramaico, “eu falo enquanto eu crio?” O que isto nos ensina é que a fala está bem mais próxima da espiritualidade do que qualquer ação física.
É a fala que separa o homem de todos os outros reinos. A voz humana é a realidade espiritual dos 99%. As palavras que dizemos são a realidade física do 1%.O que dizemos manifesta o que existe lá “em cima”, aqui em baixo.
Entretanto, existem duas realidades dos 99%. Vou repetir, porque não se fala sobre isso o suficiente: Existem duas realidades dos 99%:
A Árvore da Vida (o sistema puro) e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal (o sistema impuro). Quando dizemos palavras negativas nos conectamos com o plano impuro e trazemos escuridão para o mundo.
Quando dizemos palavras positivas, trazemos Luz para este mundo. Tudo depende da fala. De uma perspectiva cabalística, por exemplo, todo o caos – é resultado de palavras negativas que lançamos no éter todos os dias de nossas vidas.
É por isso que os cabalistas dizem que as palavras podem matar.
Quando alguém comete violência física contra outra pessoa, pode derramar sangue e machucar o corpo físico do outro. Quando insultamos outra pessoa, porém, e fazemos com que o sangue suba ao seu rosto,.,também derramamos sangue… no nível de alma.
Todavia, vivemos numa realidade invertida onde tudo está de cabeça para baixo. Damos mais importância ao físico do que ao espiritual. Não damos valor à alma e por isso não nos importamos com as palavras que dizemos.
Preciso mencionar neste ponto que isto é fácil de se explicar, mas difícil de compreender e colocar em ação. Entender que palavras e pensamentos têm mais poder que uma ação física? É muito difícil.
No entanto, nossa escolha é continuar dando importância para o físico – e colher todo o sofrimento, dor e doença que vem junto – ou dar importância para o espiritual e ficar atentos às palavras que falamos – e levar este mundo de volta à verdadeira realidade onde não existe escuridão.
Coloque amor nas palavras que disser.
Faça um esforço verdadeiro de colocar os interesses de outra pessoa na frente do seu próprio. Tenha extremo cuidado com os pensamentos e palavras que dirige aos outros. Espiritualmente, este é o caminho para sair desta desordem moral. E não somente da “Babel” atual em que nos encontramos, mas quaisquer catástrofes futuras que estejam se dirigindo a nós.
Kabbalah Center

fevereiro 27, 2021

A EXPRESSÃO MAÇÔNICA: "DO MEIO-DIA À MEIA-NOITE"

       

        


Os rituais de Lojas Simbólicas do REAA trazem, na abertura e no encerramento dos trabalhos  perguntas acerca do horário de trabalho do Maçom. A resposta é de se trabalha do meio-dia,até a meia-noite. Mas o que significa trabalhar do Meio-Dia à Meia-Noite?

        A Maçonaria, na sua passagem de Operativa para Especulativa atraiu intelectuais de diversas correntes de pensamentos, que agregaram elementos místicos e ocultistas tirados da Bíblia, da Cabala, do hermetismo, da Ordem  Rosacruz (Amorc), da astrologia e de antigas religiões e processos iniciáticos. Por conta disso, algumas palavras, expressões e frases têm a sua lógica interpretada de acordo com as doutrinas e o simbolismo das ciências ocultas de que tanto se utilizou a Maçonaria entre os séculos XVIII e XIX.

        No caso “Do Meio-Dia à Meia-Noite”, a citação não deve ser interpretada no seu sentido literal, mas observado o seu sentido simbólico. Ragon, citado por Boucher (2000), aponta para a astrologia a explicação para a significação esotérica dessa expressão.

        A astrologia, segundo ele, da mesma forma em que divide o ano em 12 meses (ou signos), também divide o dia em 12 casas astrais. Cada uma dessas casas possui um caráter determinado. Nesse sistema o Meio-Dia corresponde à 10ª casa. O pôr do Sol está representado pela 7ª casa e a Meia-Noite à 4ª casa.

        Ragon explica que ao Meio-Dia o Sol sai da 10ª casa (a casa dos negócios e da situação social) para voltar à 9ª casa (da religião e do impulso espiritual). Portanto, ao serem abertos os trabalhos de caráter filosófico, abandona-se a 10ª casa, indo para a anterior, que tem a essência da religião e das questões espirituais.cDepois da 9ª casa, o Sol atravessa a 8ª - a da morte, da desagregação do antigo e do nascimento em um plano superior. Os astrólogos deram e esta parte do céu o sentido da ‘INICIAÇÃO’. 

        Depois vem a 7ª casa, a do amor não físico, da dedicação e da vida social. A 6ª casa é a do serviço. A passagem da 7ª casa para a 6ª casa é interpretada como o indício de que o Maçom não espera recompensa da sua ação social, mas que se prepara para encontrar os espinhos da 6ª casa. Daí nasce a criação, síntese da 5ª casa, depois da qual o ciclo termina pela 4ª casa, cujo sentido principal é o fim das coisas.

        Esta fórmula ritualística resume a evolução iniciática, lembrando que cada parte do dia possui uma influência real sobre o ser humano. Na tradição chinesa, a Escola de Zoroastro considera que do “Meio-Dia à Meia-Noite”, quando cresce a influência subjetiva do Sol, é o período mais indicado para o estudo e o desenvolvimento intelectual e espiritual do ser humano. Os estudiosos do Zoroastrismo consideravam o período do Meio-Dia à Meia-Noite propício às coisas do espírito.

        Possivelmente por conta dessa particularidade a Maçonaria resolveu colocar os seus obreiros para, simbolicamente, trabalharem durante esse período.Mas há também a interpretação de que o Meio-Dia é o momento em que há mais luz e a Meia-Noite é o período de maior escuridão.O início dos trabalhos ao Meio-Dia significa a hora em que o Sol encontra-se no Zênite, na plenitude do seu poder luminoso, significando dizer que o homem está capacitado a trabalhar pelos seus semelhantes.

        O encerramento dos trabalhos à Meia-Noite significa dizer a hora em que a luz do dia já não se faz presente, por o Sol estar no Nadir. É a hora em que não se pode mais atuar eficazmente sobre os obreiros.    Gedalge (2000) sugere que é preciso ver nessas horas de trabalho o simbolismo do malho batendo sobre o cinzel, no desbaste da pedra bruta, quando realizamos a árdua tarefa de lapidar os nossos próprios defeitos e imperfeições, procurando melhorar o nosso Templo interior e produzir em abundância sentimentos como a fraternidade, carinho, amor, compreensão, verdade, tolerância, harmonia e desapego às coisas materiais, para podermos distribuí-los não apenas no universo maçônico, mas também no mundo profano, entre nossos filhos, amigos, familiares, colegas de trabalho e vizinhos.

        Não poderemos repartir essas virtudes se não as praticarmos e não as produzirmos em grandes quantidades.Quem pouco produz, pouco tem a oferecer, a repartir. É preciso ser solidário. Por meio desse sentimento, os Maçons se unem a outros Irmãos, com os quais, a cada dia, do Meio-Dia à Meia-Noite, trabalham material e espiritualmente para cavar masmorras aos vícios, construir a paz e erguer Templos de virtudes e de fraternidade.

fevereiro 26, 2021

A IMPORTÂNCIA DA FREQUÊNCIA MAÇÔNICA


Walter Lima M.'.M.'.

Responsabilidade é a qualidade ou condição de responsável. Sabe-se que responsável é aquele que responde pelos próprios atos ou, pelos de outrem.  Responsabilidade moral é a situação de um agente consciente, com relação aos atos que ele pratica voluntariamente. 

Uma das responsabilidades mais importantes de um Maçom é a frequência à Loja. Trata-se de uma responsabilidade que tem amparo legal e, também, moral. 

Frequência é o ato de frequentar. Em física, frequência significa número de vibrações por unidade de tempo. Frequentar uma Loja causa, realmente, vibrações positivas em nós e em nossos Irmãos.

A frequência deve ser observada não somente como uma questão de quorum, ou um problema legal, mas, sobretudo, como a forma mais eficaz para nos conhecermos melhor, uns aos outros, e nos aproximarmos. 

Quando de nossa iniciação, a primeira preleção, feita pelo Venerável Mestre, fala da fidelidade que deve ser exemplificada por uma estrita observância das Constituições, Regimento, Estatutos e demais normas do GOB e da própria Loja. 

Também, nesta preleção, o V.’. M.’. fala da obediência que deve ser provada por uma estrita observância de nossas leis e regulamentos, por uma atenção pronta a todas as convocações, além de uma pronta observância das decisões e resoluções aprovadas em Loja.

As leis e regulamentos falam da necessidade de frequência. As convocações às nossas sessões são, em geral, semanais e uma das importantes resoluções aprovadas é o calendário da Loja, que deve ser observado. O Regulamento Geral da Federação trata da frequência em Loja .Tratam, também, de quando o Maçom se torna irregular por não ter frequência.

Nos altos graus, disposições análogas devem ser observadas se não estiverem previstas em regulamentos próprios. Porém, muito mais importante que leis e regulamentos é o inflexível cumprimento do dever: nossa consciência e nossos compromissos e promessas obrigam-nos à frequência. 

Quando a Loja não abre por falta de quórum, a responsabilidade, definida no princípio, é de todos: não somente dos faltosos ou do Venerável Mestre.Todos nós somos responsáveis pelo bom funcionamento da Loja. Quando algum Obreiro necessita faltar, por justa causa, deve procurar algum Mestre amigo que o substitua, ou avisar a todos, para que todos se responsabilizem pela existência de quorum. Por isso, somos Irmãos fraternos, nos auxiliando uns aos outros. 

Como palavras finais: nós somos construtores (“maçons”, pedreiros) sociais; somos obreiros, cabeças pensantes, pessoas com diferentes formações, opiniões diferentes e, brevemente, seremos mais. Contudo, vivemos numa fraternidade tolerante, respeitamos as ideias, eventualmente, diferentes.

Convergimos em algumas virtudes que adotamos conjuntamente, a exemplo da tolerância e, especialmente, da responsabilidade objeto deste ensaio. A participação responsável de todos fortalece a nossa Loja que busca, insistentemente, a realização do trabalho justo e perfeito de construir nosso templo interior.


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PALESTRA NA ARLS TEMPLÁRIOS DE LARANJAL, MG


 


        

        Realizei na noite de ontem, 25, a palestra O CAMINHO DA FELICIDADE na ARLS TEMPLÁRIOS DE LARANJAL, em Minas Gerais, cidade de pouco mais de 6.000 habitantes, com uma Loja Maçonica pequena, mas muito ativa, haja vista que esta é a 35a. palestra virtual promovida durante esta pandemia.

        Como sempre acontece, os honorários de minhas palestras são a doação de alimentos ou outros materiais, que ficam para a própria Loja encaminhar para beneficência. De 2003, quando iniciamos este trabalho, até hoje, foram arrecadados mais de 200 toneladas de alimentos, material de higiene e limpeza, agasalhos e cobertores, material de construção, mobiliário, fraldas, etc. 

    Nesta palestra a arrecadação foi de material de higiene e limpeza para ser encaminhada aos desabrigados das enchentes que ocorreram nos últimos dias em Carangola, MG, desabrigando milhares de pessoas. Na foto o fruto da arrecadação das doações encaminhadas pelos irmãos. Ainda virão mais.

    Agradeço ao VM João Batista Moreira Carneiro e ao Ir. André Vale Ladeira da Silveira pelo convite e pela arrecadação, 

fevereiro 25, 2021

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA HISTÓRIA DA MAÇONARIA BRASILEIRA



Para o orador romano Cícero, a história era a "mestra da vida". Com esta expressão, Cícero queria dizer que por meio dos exemplos do passado, dos sofrimentos e sucessos, das tragédias e dos grandes feitos das gerações anteriores, podemos extrair lições para nos orientar no presente, diante dos inúmeros problemas que se apresentam.

No entanto, não valorizamos os exemplos do passado ,porque atualmente o estudo da história não é visto como utilitário e de efeito imediato para a vida, quando deve ser visto de forma pragmática, isto é, ,que ela pode fornecer elementos para ação na vida prática, tais como: compreensão alargada da sociedade e da cultura, perspectiva crítica sobre fenômenos políticos, entendimento das diferenças entre as pessoas, os países e as civilizações e uma série de outras contribuições.

A historia é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais.

A História é feita por homens, mulhere, crianças, ricos e pobres, por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns, desde os tempos mais remotos.

Ao estudar a história nos deparamos com o que os homens foram e fizeram, e iso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer.

Assim, a história é a ciência do passado e do presente, mas o estudo do passado e compreensão do presente não acontecem de uma forma perfeita, pois não temos o poder de voltar ao passado e ele não se repete.

A história não se resume à simples repetição dos conhecimentos acumulados. Ela deve servir como instrumento de conscientização dos homens para a tarefa de construir um mundo melhor e  saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuiram para que chegassemos ao ponto em que nos encontramos.

Assim, também, nós maçons devemos proceder com relação ao estudo de nossa história maçonica, sua gênese, seus primórdios, sua contemporaneidade, sua modernidade e procurar projetar o seu futuro.

Estudar a vida de nossos irmãos que no passado lutaram por um Brasil independente, por uma Maçonaria forte, e que se tornaram heróis da Ordem e da Pátria brasileira, é nossa obrigação. 

fevereiro 24, 2021

O QUE É SER UM VERDADEIRO MAÇOM?

        


        S.`. M.`. ? - Não existe um resposta pronta para esta questão, que no entanto, socraticamente, gera outras tantas perguntas - Sois bom pai e bom chefe de família? Sois um bom esposo? Sois bom filho? Respeitais os vossos filhos e vossa esposa como gostaríeis de serdes respeitado? Ajudais aos outros de forma desinteressada e procurais os vossos irmãos maçons no infortúnio? Alguma vez, fizestes alguma coisa para minimizar o sofrimento de uma viúva ou de um órfão? Procurais realmente, cavar masmorras ao vício? Até mesmo, pagais os vossos impostos como se deve?

        Será que diante da oportunidade para uma aventura com uma linda mulher , ainda que oculta aos olhos dos outros, agirias como um verdadeiro maçom ou  como aquele que disse? “Aqui eu não engano a minha esposa, esta cidade é muito pequena e todos poderiam ficar sabendo. Eu levo a outra para para São Paulo”.

        Será que este pseudo-maçom teria a capacidade de ir a São Paulo, satisfazer o seu  desejo e lá também deixar a sua consciência?  Impossível, pois a consciência é um duro e  implacável juiz de nós mesmos, em alguns casos causa uma dor tão profunda para o qual não existe nenhum remédio.

        Assim, meus  irmãos, pedimos que reflitam sobre seus atos e atitudes. Não estamos  aqui julgando irmãos. O que na verdade gostaríamos de ouvir quando perguntarmos a alguém - S.`. M.`. - é que nos respondesse:- M.`.I.`.C.`.T.`.M.`.R.`.  - porque sou um verdadeiro maçom e não apenas como tal…

        A Maçonaria em seus ensinamentos,  emblemas, símbolos e alegorias sempre está nos conclamando à reflexão. Sejamos um símbolo vivo dessa Ordem que nos dá força para enfrentar um mundo às vezes, confuso e conturbado, onde os verdadeiros valores estão sendo a todo o momento questionados e colocados em dúvida.

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