maio 25, 2025

REDENÇÃO - Adilson Zotovici


 

Viva a “Loja dos Sonhos” !!!

Oriunda na pandemia

Redenção da maçonaria

Fecunda em tempos enfadonhos


Obreiros lutando à porfia

Abnegados e criativos

Regulares, aceitos, vivos

Aos preceitos à Cantaria


Livres pedreiros Ativos

Com seus talentos, semanal

Criaram canteiros d’Arte Real

Com seus eventos letivos


Obreiros em ambiente virtual

Presentes, inda que distantes,

Quais cavaleiros andantes

Aos participantes um fanal


Por critério, Lojas itinerantes

Ednilson, Silvério, os “Veneráveis”

Cledson, Júlio, Lucas, alternáveis

José Airton e Fuad...os “Vigilantes” !


Entre os tantos notáveis

Marcio Gomes o “Orador”

Silva também...conhecedor,

Que se mantém incansáveis


Todos de grande esplendor

Seguem o mesmo itinerário

Com Izautonio “o Secretário”

Ceron, o “Cerimônias” de valor


Há “os diáconos” do plenário

Hossaka e Zotovici frequentes

Em todas passagens prudentes

Nas mensagens, no temário


São artesãos diligentes

Manuel, “hospitaleiro” aos aflitos

Qual o “Guarda” Celso, adstritos

A bom canteiro aos presentes


Um grande painel de benditos

Falam de ritos, com saber divino

Perottoni, Eleutério, Zardo, Aldino,

Denizart,,Oduwaldo, Michael...eruditos


Como Redenção seu destino

Setenta, oitenta... a afluência

Mas em toda lição com prudência

Isenta dalgum desatino


Felizes com nova frequência

Auguro neófitos em ascensão

Quais buscam a elevação

E no futuro a docência


Com alegria, jubilação,

Segue justo e perfeito teto

Afeito ao Grande Arquiteto

Da Maçonaria a Redenção !


Adilson Zotovici

AMVBL

*Aos grupos* : GRUPO VIRTUAL DE ESTUDOS MAÇÔNICOS - LIVES

EPAMINIONDAS ON LINE, LICEU e URÂNIA, 

maio 24, 2025

ELEVAÇÃO A COMPANHEIRO - Fábio Favaro


Queridos Irmãos,

Hoje, esta Loja se reveste de um brilho ainda mais intenso. As colunas se alinham, o silêncio respeitoso é instaurado, e cada coração aqui presente vibra com a certeza de que testemunhamos mais um passo na grande jornada de autoconhecimento e da transformação.

Irmãos agora elevados ao grau de Companheiro, esta etapa representa muito mais que uma simples ascensão hierárquica. É o reconhecimento simbólico de que a pedra bruta, que um dia adentrou este Templo com fé e disposição, começa a revelar seus contornos mais nobres, resultado da lapidação constante operada pelo cinzel da sabedoria, do compasso da disciplina e do esquadro da retidão.

Permitam-me, neste instante, invocar um ensinamento ancestral, legado do filósofo Platão, que em sua célebre “Alegoria da Caverna” nos mostra o caminho daquele que se liberta das sombras e, com coragem, busca a luz do verdadeiro saber. Assim como o prisioneiro que deixa as correntes e passa a enxergar a realidade com novos olhos, também vocês deixam para trás antigas limitações, ampliando horizontes com os instrumentos da reflexão, do trabalho e da fraternidade.

O grau de Companheiro é a fase do caminho onde se aprende a edificar com consciência, a equilibrar força e forma, e a entender que o verdadeiro crescimento vem do esforço paciente, tal como o escultor que, dia após dia, trabalha sua pedra até que ela se torne digna de integrar a mais sagrada arquitetura.

É também nesta etapa que o Irmão percebe que não caminha mais só: ele se torna parte ativa da obra coletiva, colaborando para o Templo Moral e Espiritual da Humanidade. A elevação é, pois, um chamado: para o serviço, para a construção, para o exemplo.

Queridos irmãos, sigam firmes, mas humildes. Lembrem-se: a sabedoria não grita, ela sussurra; o verdadeiro poder não domina, ele inspira. Que cada passo de vocês ecoe não apenas dentro destas colunas, mas no mundo profano, como reflexo da retidão e da luz que aqui cultivamos.

E que a Pedra que representam, continue sendo polida — não apenas pela mão do tempo ou do ofício, mas sobretudo pela luz interior que, com disciplina e amor, cada Maçom deve alimentar.

Assim seja, hoje e sempre.

Salve vossa elevação. Salve a Maçonaria

ARLS ALIANÇA FRATERNAL n. 596 - São Paulo

 


Retorno a ARLS Aliança Fraternal n. 596 para participar de uma elevação ao grau de companheiro de dois aprendizes da Loja. O templo fica no prédio do teatro América, sede de varias outras Lojas. Vários dos irmãos do quadro já tem meus livros e assistiram minhas palestras. 

O jovem Venerável Mestre Everton Bressan Alves de Oliveira assessorado por vários irmãos veteranos conduz a cerimônia e me honra com o convite para participar ocupando um cargo.

Destaque da noite foi a bela oração proferida pelo irmão Fábio Donizetti Favaro, padrinho dos novos companheiros, ao final da elevação.

A Loja é bastante ativa e irá iniciar três novos profanos nos próximos meses. A ritualística é levada a sério, mas praticada com leveza. Com pouco mais de 20 anos de existência promete uma longa e profícua caminhada na Ordem.

Por ocasião da fotografia alguns irmãos já tinham ido embora.


DIREITO, MORAL E RELIGIÃO* Por Gleibe Pretti


“Teu dever é lutar pelo direito, mas no dia em que encontrares o direito em conflito com a justiça, luta pela justiça.”(Dos mandamentos do advogado, redigidos por Eduardo Couture)

Síntese: A presente resenha tem o intuito de demonstrar uma correlação entre a religião, moral e o direito. Suas diferenças e influências uma para com as outras, fazendo uma evolução histórica dos assuntos.

É fato notório, a influência dos fatores morais e religiosos no fenômeno jurídico. Não haviam diferenças entre esses três fatores, na época primitiva, nas antigas culturas orientais, na civilização grega, romana e medieval. Tão somente a partir do século XIX verifica-se uma grande preocupação para definir cada uma destas ciências.

Nas palavras do Prof. Franco Montoro (1) “Na própria origem histórica do direito, está a norma indiferenciada, de cunho moral e religioso. E nas sociedades contemporâneas, apesar de sua secularização, não faltam exemplos da influência permanente de fatores morais e religiosos na vida do direito

Indubitavelmente o direito canônico teve grande influência no direito brasileiro e latino. Martins Júnior (2) se atentou a este detalhe: “Que, no pináculo da civilização hodierna, estende o olhar para o passado procurando ver os grandes marcos da estrada do direito, os monumentos que serviram à edificação da moderna cidade jurídica, encontra-se imediatamente diante de si três grandiosas construções legislativas. São elas: o “corpus juris romani” o “corpus juris germanici” e o “corpus juris canonici”.

Isso ocorre não somente no Brasil e na América, mas a religião também tem grande influência como é no direito mulçumano, com o Corão, as decisões e soluções de Maomé. O sistema jurídico da Índia, com o direito costumeiro Indu, entre outros.

O I ching, chinês, entra muito no mérito da moral, quando confúcio (3) diz que “Aquele que não conhece o ming, não pode ser um homem superior”. Ele chama de ming tudo aquilo que é a totalidade das condições e forças existentes em todo o universo, ou seja cada um deve agir consoante sua vontade. Isso tem grande influência no direito chinês, mas até que ponto a moral poderá ter grande influência no direito? É uma questão para raciocínio.

Neste sentido temos o grande Mestre Vicente Ráo (4), em que nas suas sempre inteligentes observações afirma, “Segundo a concepção confuciana, os ritos constituem a fonte imediata e principal dessas normas, por que impões aos indivíduos, em todas as circunstâncias da vida um modo de conduta, de comportamento, criado em harmonia com a ordem social das coisas.”

Um outro aspecto, porém árduo na forma da escrita é a moral. Miguel Reale Júnior, citando Jeremias Benthan (5), comenta a teoria do “mínimo ético” em que consiste “em dizer que o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver.” O que o referido autor quer dizer é que todos podem realizar suas obrigações da melhor maneira que acharem, mas é inevitável a criação de limites para que a sociedade não se torne um anarquia.

Dentro da ciência do Direito, encontramos muitas circunstâncias que não são morais, porém são tuteladas pelo legislação. Isso é um problema que a solução virá tão somente com um estudo afinco e determinado por parte dos legisladores.

Temos a convicção que apenas há uma diferença principal entre o direito e a moral é o poder de coercibilidade. Isso no aspecto social e material, mas, dentre muitas vezes a dor psicológica é a pena do infrator. Neste campo a moral é imbatível.

Nesta ótica temos as lições de Tércio Sampaio Ferraz Júnior (6) “...a justiça é o princípio e o problema moral do direito. Ë preciso, porém, esclarecer uma última questão: como se distingue o direito da moral e como se comporta a validade das normas jurídicas perante as exigências dos preceitos morais de justiça.”

O mesmo autor conclui “O direito, em suma, privado de moralidade, perde sentido, embora necessariamente não perca o império, validade e eficácia. Como, no entanto, é possível às vezes, ao homem e à sociedade, cujo sentido de justiça se perdeu, ainda assim sobreviver com o seu direito, este é um enigma, o enigma da vida humana, que nos desafia permanentemente e que leva a muitos a um angustiante ceticismo e até a um despudorado cinismo.”

Por fim, temos que ter em mente a influência da religião e da moral no direito como evidência. Saber distinguir cada uma destas ciências e conhecer a interpenetração em cada caso é a missão do Jurista compenetrado e estudioso pois, apenas desta forma, encontraremos as soluções para os conflitos oriundos da ciência do direito que nos defrontamos nos dias de hoje.

Stairway to Heaven - Jorge Gonçalves


O card faz referência à música *Stairway to Heaven* , da maior banda de todos os tempos, *Led Zeppelin* . Na minha opinião, é claro.

Em uma tradução para lá de livre, a canção começa assim: " _Há uma dama que tem certeza de que tudo que reluz é ouro, e ela está comprando uma escada para o céu._ "

Guardada a liberdade poética, há quem interprete que essa “ escada comprada para o céu” faz alusão à escada de Jacó , mencionada em Gênesis 28, símbolo de ascensão espiritual.

Curiosamente, a letra da música usa o verbo “ comprar ”, sugerindo uma crítica brilhante à ilusão de que a iluminação possa ser adquirida por meios terrenos, riqueza ou vaidade.

" _Vaidade das vaidades, tudo é vaidade_ ." (Eclesiastes 1:2)



maio 23, 2025

ARLS UNIÃO E PAZ n. 166 -; São Paulo



A ARLS União e Paz n. 166, que funciona no Palácio Maçônico da GLESP, completou 50 anos em 2024. Meio século de ativa dedicação a Ordem e a sociedade. E o novo ciclo promete porque na visita que realizei ontem ouvi que pretende iniciar alguns novos profanos, cujos processos começam a correr.

Devo destacar a nímia gentileza do Venerável Mestre Luiz Antônio Tapette,  que me honrou com o convite para ocupar um cargo durante a sessão e me permitiu ocupar parte da Ordem do Dia para expor o meu trabalho literário e filantrópico. 

Mantive animada conversa com o Orador, o ilustre jurista irmão José Márcio Rielli, sobre a origem judaica de sua família, que remonta a Inquisição Espanhola, quando seus ancestrais fugiram para a Itália e o Império Austro Húngaro, porém a despeito da assimilação jamais esqueceram suas raízes. 

Foi uma visita memorável.



L U C I D E Z ORIENTE & OCIDENTE - Newton Agrella


Engraçada a natureza humana que praticamente desde que nascemos nos leva a olhar insistentemente pro nosso próprio umbigo.

Parece que olhar além, faz com que nos sintamos desconfortáveis, inseguros e ao mesmo tempo desconectados com a nossa essência.

Basta perceber a dificuldade que temos para entender, respeitar e acima de tudo aceitar as diferenças étnicas e culturais.

Há uma tendência da grande maioria das pessoas "acharem" que a vida só tem significado dentro de seu exclusivo universo. 

Algo como se tudo aquilo que fosse diferente de sua rotina não devesse ser levado em conta.

A bem da verdade o mundo é muito maior que a nossa vã percepção.

Aos que tiveram a oportunidade de terem sido Iniciados na Sublime Ordem, resta a esperança de se disporem a enxergar seu caminho sob uma perspectiva mais filosófica, mais dialética e mais interior com o propósito de praticar a virtude, trabalhar as disposições mais nobres da alma, compartilhar o bem estar e promover a felicidade para toda a humanidade.

Vale aprender que o Oriente e Ocidente de nossa mente dialogam entre si e buscam um contraponto para o aprimoramento de nossa Consciência. 

E isto é o que conta.

Não importam as Potências, Obediências, Ritos ou Lojas - o que faz sentido sim, é deixar de continuar olhando para próprio umbigo.

O ser humano é plural, é múltiplo em sua compleição física e mental. É capaz de enxergar muito além do que se lhe exige.

Tiremos a venda ou a máscara que nos oprimem e permitamo-nos ver a Luz, como a mais legítima interação entre a Razão e o Coração, pois é vida que segue...



maio 22, 2025

ARLS MARIO BEHRING n. 33 - São Paulo




Para maçons das Grandes Lojas, o
nome de seu fundador, irmão Mario Behring, é pronunciado com respeito, e as Lojas que trazem o seu nome são especiais, como está Augusta e Respeitável Grande Benfeitora e Grande Benemérita Loja Simbólica Mario Behring, n. 33, da Grande Loja do Estado de São Paulo.

Eu a visitei na noite desta quarta feira e assisti a uma sessão de companheiro, com excelente instrução e bons comentários. 

Agradeço ao Venerável Mestre João Carlos Alves da Rocha e aos demais irmãos do quadro pela gentil recepção.


ARLS ORIENTE ETERNO n. 194 - São Paulo


 Um dos irmãos mais inteligentes que conheço, que sabe compartilhar cultura com bom humor é Paulo André Oliveira Sena, intelectual, palestrante e humorista. Assisti encantado a uma de suas apresentações e me ofereci para visitar sua Loja. - Qual é?, perguntei? - Oriente Eterno! respondeu. Eu disse: Então vai demorar. Não demorou, fui ontem 

Mas as brincadeiras  prosseguem. Em 44 anos de maçonaria é a primeira vez que visito uma Loja que se reúne as duas horas da tarde. Por quê? Fundada em 1978 para atender irmãos idosos cujas esposas não os deixavam mais sair a noite. 

A Loja é surpreendentemente bem humorada, a começar do Venerável Mestre Antônio Aparecido Ferreira, alto astral. Mas é inteligentíssima. Irmãos experientes e cultos, trabalhos e comentários de elevada qualidade, inclusive o do dia da minha visita, de elevada erudição.

E o ágape vespertino é chopp, onde prosseguem a alegria, as conversas e a confraternização.



A SEMÂNTICA DA "FÉ" NA LÍNGUA PORTUGUESA - Newton Agrella


Observe como pulsa de maneira tão intensa a vida das palavras.

Senão vejamos, como exemplo legítimo disto a  palavra FÉ.

Antes de qualquer coisa, cabe registrar que este substantivo abstrato, não precisa estar necessariamente vinculado a uma religião.

O referido vocábulo tem sua raíz etimológica a partir de "FIDES" em Latim,  que quer dizer "confiança" (cum fides).

Em outros contextos FÉ possui os significado de crença, promessa, juramento, sempre de acordo com as circunstâncias temáticas.

É inegável que esta palavra tão curta na nossa língua portuguesa, composta de duas letras, dois fonemas e uma única sílaba detém um expressivo significado na vida de cada pessoa.

O vínculo divinal que ela produz é tão intenso que na sua essência anímica e espiritual ela é traduzida como uma "crença inabalável", que denota uma relação que não exige provas concretas, materiais ou documentais entre o Homem e Deus.

A FÉ estabelece um vínculo irrefutável, dogmático e incontestável.

Trata-se do conceito de "verdade absoluta", interpretada e obedecida sob ritos e formas que cada religião apregoa.

Contudo, se por um lado a FÉ se revela sob a luz de um Princípio Criador e Incriado do Universo, fazendo com que o Ser Humano a cultive e faça dela um porto seguro e um amortecedor para o alívio de todas as suas dores e sofrimentos, por outro lado, ela de algum modo, tem o poder de constranger a muitos, a liberdade de buscar no legítimo exercício do pensamento, da especulação e do raciocínio a busca do conhecimento sob a égide filosófica ontológica e antropocêntrica, como é o caso da Maçonaria.

Parece claro que os caminhos para a evolução humana permitem que sejam percorridos através de duas paralelas que congregam identidades distintas:

Pela FÉ, como instrumento religioso de caráter divinal.

e

Pela RAZÃO, como ferramenta para o aprimoramento da consciência.

Ser livre significa ter a primazia de poder acreditar no transcendental que a alma oferece, bem como na própria condição hominal que o cérebro nos faculta.



maio 21, 2025

ARLS LIBERTADORES DA AMÉRICA 347 - São Paulo


Tive a grata oportunidade na noite de ontem de assistir a uma belíssima palestra, em sessão branca, na ARLS Libertadores da América 347 no seu templo no Palácio Maçônico da GLESP.

O jovem Venerável Mestre Eduardo Pedroso Junior, que sucede ao seu pai Eduardo Pedroso, veterano irmão e Delegado do Grão Mestre,  que também estava presente, nas trilhas da Ordem, realizou uma série de palestras com mulheres em homenagem ao Dia das Mulheres. Pelos comentários que ouvi, todas foram muito boas, mas a que assisti ontem foi uma obra prima.

A psicóloga Dra. Rita de Cássia Macieira, esposa do irmão Benedito Macieira, membro da Loja, apresentou o tema "O significado interno das palavras de Jesus", que não foi uma pregação religiosa como o título faz supor, mas uma visão clínica apresentada com erudição e leveza, sobre ensinamentos ocultos que se encontram nas palavras do Mestre, e que são entendidos apenas, assim como acontece com os nossos ensinamentos maçônicos, quando quem os estuda se aprofunda na interpretação da mensagens. 

É de se lamentar que uma palestra desta qualidade tenha tido mais visitantes do que irmãos, mas espero que a Dra. Rita de Cássia possa levar seus ensinamentos para muitas outras Lojas e locais, tão necessários são nos dias de hoje. 

Fui recebido com extrema gentileza pelos irmãos da Loja e honrado com o convite para ocupar um cargo. Ao final as senhoras palestrantes forma homenageadas com mimos e todos os presentes foram brindados com chocolates. Uma noite absolutamente inesquecível. 









GUILDAS E CORPORAÇÕES DE OFÍCIO - Alferio Di Giaimo



A  Idade  Média,  que  vai  do  Século  V  ao  Século  XV,  da  nossa  era,  teve um período   conhecido  como  Era  do  Obscurantismo,  que  apesar  do  nome,  teve um  desenvolvimento  na  agricultura,  no  comércio  e  na  vida  urbana.

As  cidades se  desenvolveram,  principalmente  no  final  da  Idade  Média,  e  isso  fez  com  que um  grande  número  de  artífices  a  elas  se  dirigisse  e  se  associasse,  formando primeiramente  as  Guildas  e  depois as  Corporações  de  Oficio. 

Conforme  nos  esclarece  o  Ir.:  Joaquim  R.P.Cortez,  em  “Maçonaria, Origem,  Teoria  e  Prática”,  a  definição  de  Feudo  seria: 

_“Um  marco  tradicional  nesse    período,  é  a  concentração  de  algumas atividades  dentro  e  nas  proximidades  de  um  castelo.

Estes  são  geralmente  de pedras,  bastante  fortificados,  empoleirados  nos  altos  de  um  morro  para  permitir uma  visão  privilegiada  de  seus  arredores,  muitas  vezes  cercados  por  um  fosso e  pertencentes  a  um  senhor  local.

Neles  se  concentram  todos  os  materiais necessários  à  guerra  ou  à  sua  própria  defesa.  

Temos,  então,  perfeitamente delineado  o  feudo,  com  o  seu  senhor,  o  seu  castelo  e  sua  área  de  dominio.

À  volta  desses  lugares  fortificados,  e  que  se  tornaram  pontos  de referência,  passou  a  se  acumular  um  agrupamento  humano  que  prestava serviços  ao  castelo.

Esses  foram  os  primeiros  núcleos  de  formação  das cidades.

Com  a  derrocada  do  Feudalismo,  houve  um  constante  deslocamento das  populações,  que  se  viram  livres  dos  trabalhos  nos  campos,  para  as aglomerações  urbanas  que  passaram  a  experimentar  uma  época  de  grande crescimento.” 

A  pesquisadora  Anne  Fremantle  nos  esclarece  no  seu  livro  “A  Idade  da Fé”:  

_“Cresciam  as  cidades  e  cresciam  as  Guildas,  que  eram  associações formadas  pelos  comerciantes  e  artesãos.

O  diretório  das  Guildas,  escolhido  por eleição,  esforçava-se  para  manter  a  boa  qualidade  e  preços  dos  produtos locais.

Uma  prova  do  seu  crescente  poder  pode  ser  dada,  por  exemplo,  pelo monopólio  usufruído  pelos  tintureiros  de  Derby,  na  Inglaterra,  onde  ninguém podia  tingir  panos até  a  distância  de  dez  léguas de  Derby,  senão  em  Derby.” 

Durante  o  decorrer  da  Idade  Média,  as  Guildas  foram  evoluindo passando  para  Corporações  de  Mercadores,  posteriormente  para Corporações  de  Artífices  e,  nos  primórdios do  Renascimento,  transformou-se em Corporações  de  Oficio.

O  pesquisador  Edward  McNall  Burns em  “História da  Civilização  Oriental”,  nos  deixa  bem  claro  esses  eventos,  relatando  o segue  abaixo. 

“Tanto  as  Corporações  de  Ofício  como  as  de  Mercadores,  desempenhavam  outras  funções,  além  das  relacionadas  diretamente  com  a produção  ou  o  comércio.  

Desempenhavam  o  papel  de  associações  religiosas, sociedades  beneficentes  e  clubes  sociais.

Cada  corporação  tinha  seu  santo padroeiro  e  seus membros  comemoravam  juntos  os  principais  dias  santificados e  festas  da  igreja.

Com  a  secularização  gradual  do  teatro,  as  representações de  milagres  e  mistérios  foram  transferidas  para  a  feira  e  as  corporações assumiram  o  encargo  de  apresenta-Ias.  

Além  disso,  cada  organização  acudia as  necessidades  de  seus  membros  que  adoecessem  ou  se  encontrassem  em dificuldades  de  qualquer  espécie.  

Destinavam  fundos  a  socorrer  viúvas  e órfãos. 

Um  membro  que  já  não  fosse  capaz  de  trabalhar  ou  tivesse  sido  posto na  prisão  pelos  seus  inimigos,  poderia  contar  com  os  colegas  para  ajuda-lo.

Até  as  dívidas  de  um  confrade  sem  sorte  poderiam  ser  assumidas  pela corporação  se  fosse  sério  o  estado  de  suas  finanças.” 

E, resumindo  o  que  nos  diz o  Ir.  Joaquim  R.P.Cortez  sobre  a  origem  da Maçonaria  Operativa,  no  seu  livro  a  “Maçonaria  Escocesa”   pg 35-36  -  Editora Trolha,  do  qual esta  Pilula  foi  baseada: Nos  diz  que,  no  final  da  Idade  Média,  as  Corporações  de  Oficio  já estavam  bastante  evoluídas  e  cumpriam  todas  as  suas  finalidades e  haviam diversas  Corporações  de  Oficio.

A  associação  dessas  Corporações  poderia  ter gerado  a  Maçonaria  Operativa,  crescendo  e  se  aperfeiçoando  com  o  passar  do tempo. 

Qualquer  outro  ponto  de  origem  da  Maçonaria,  fora  das  Corporações de  Oficio,  ao  final  da  Idade  Média,  será,  sem  duvidas,  mera  suposição  ou puramente  lendário.




O QUADRADO MÁGICO - Jorge Antônio Vieira Gonçalves



No canto superior direito da enigmática gravura Melancolia I, de Albrecht Dürer, repousa um discreto, mas espetacular quadrado numérico. Observe com atenção os números dispostos em uma grade de quatro por quatro. Agora experimente somá-los em qualquer direção, seja em linhas horizontais, colunas verticais ou nas duas diagonais principais. O resultado será sempre 34.

Espere, tem mais: some os quatro quadrantes de canto, ou os quatro números centrais, ou ainda as duas casas centrais da parte superior com as duas da parte inferior, e o total continuará sendo o mesmo. Mais impressionante ainda, repare nas duas casas centrais da linha inferior, onde aparecem os números 15 e 14, que revelam o ano de criação da obra, 1514

Em uma época em que arte, ciência e misticismo se entrelaçavam em perfeita harmonia, o quadrado mágico simbolizava uma ordem oculta. A todos que me enviaram mensagens de carinho por meu aniversário, deixo aqui minha mais sincera gratidão.