setembro 07, 2025

QUANDO A COZINHA SE APAGA EM CASA...


Quando a cozinha se apaga em casa…

Você já pensou que cozinhar não é apenas uma tarefa doméstica, mas um elo que mantém o sistema familiar unido?

Na década de 1980, quando o hábito de cozinhar em casa diminuiu nos Estados Unidos e a tendência de pedir comida de fora aumentou, alguns economistas alertaram:

Se o governo assumir o cuidado das crianças e dos idosos, e as empresas privadas também passarem a cuidar da preparação das refeições, a estrutura familiar vai enfraquecer.”

Naquele tempo, poucas pessoas deram atenção a essas palavras.

Mas então, o que aconteceu?

Em 1971, 71% dos lares americanos tinham marido, esposa e filhos vivendo juntos.

Hoje, restam apenas 20% desse tipo de família.

E o restante?

Foram para casas de repouso, apartamentos solitários ou vidas desconectadas…

   •   15% das mulheres vivem sozinhas

   •   12% dos homens estão sozinhos dentro de famílias

   •   41% das crianças nascem fora do casamento

   •   Taxa de divórcio: 50% no primeiro casamento, 67% no segundo, 74% no terceiro

Isso não é acaso — é o custo social de fechar a cozinha.

A comida caseira não é apenas nutrição — é amor, conexão e conforto.

Quando as famílias se sentam juntas para comer:

   •   Os corações se aproximam

   •   As crianças aprendem com os mais velhos

   •   Os relacionamentos se suavizam e se tornam calorosos

Mas quando cada um come sozinho, com seu próprio aparelho… as casas viram pousadas, e as famílias se tornam tão formais quanto amigos de redes sociais.

Outro problema da comida de fora:

   •   Óleos de baixa qualidade

   •   Sabores artificiais

   •   Vício em fast food

   •   Pouca comida, de má qualidade, a preço alto

O resultado? Obesidade, diabetes, doenças cardíacas e pressão alta ainda na juventude!

Hoje, empresas nos dizem o que comer, e as farmacêuticas fazem negócios com a promessa de “nos manter saudáveis.”

Nossos avós levavam comida feita em casa até quando viajavam.

Hoje, achamos “mais fácil” pedir de fora mesmo estando em casa.

Ainda há tempo —

Acenda a cozinha, não apenas o fogão… reavive os relacionamentos, o amor, a segurança, a cultura e a saúde.

“Uma cozinha une a família.”

Autor desconhecido


O BRADO - Adilson Zotovici




Um grupo proficiente

Que ansiava bom futuro

Barrava-lhe no presente

Um antigo alto muro


Sonho comum, quão fremente,

Pela Arte Real maduro

Por nação independente

Frente momento obscuro


Juntou-se à tão brava gente

Livres Pedreiros de aporte

Bonifácio, Ledo, Clemente...


Já não mais um laço forte

Fora pois, bradou o regente...

Independência ou Morte !



*AMVBL*

setembro 06, 2025

FIM DE UM CICLO, INÍCIO DE OUTRO - Jorge Gonçalves



*A Maçonaria Para Todos* nasceu com a missão de registrar nossa história, refletir sobre seus significados e apresentá-la em linguagem acessível, aproximando a Maçonaria do público em geral. Mais do que um livro, transformou-se em uma marca, um símbolo de memória e de aperfeiçoamento contínuo, incentivando novos escritores e reafirmando o ideal que nos une como verdadeiros irmãos.

Diferente de qualquer iniciativa editorial comum, não buscamos sucesso comercial, mas sim valorizar a beneficência e celebrar a Maçonaria. O desempenho marcante de A Maçonaria Para Todos V confirmou essa essência: todas as unidades destinadas à venda foram adquiridas antes mesmo das 22h daquela inesquecível noite de sexta-feira, 29 de agosto.

Aos confrades da Academia Maçônica Sergipana de Artes, Ciências e Letras, ao Grande Oriente do Brasil – Sergipe, à Confederação Maçônica do Brasil COMAB, à Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe GLMESE, aos escritores, à comissão organizadora e a cada irmão que fez parte desta jornada, registro minha mais profunda gratidão. Se, por acaso, ainda me falha a memória e esqueço alguém, estendo igualmente a todos os verdadeiros maçons espalhados pelo universo o mesmo reconhecimento.

Que o próximo coordenador sinta a mesma alegria que me coube e possa levar este projeto ainda mais longe. 

*A Maçonaria é Para Todos.

JOAQUIM GONÇALVES LEDO – O grande arquiteto da independência - Almir Sant'Anna Cruz


Sem querer contestar o título que a História oficial deu ao Maçom José Bonifácio, de “Patriarca da Independência”, já que estamos contando a “História que a História não conta”, outro Maçom, Joaquim Gonçalves Ledo, foi o verdadeiro “Grande Arquiteto da Independência”.

Nasceu em Cachoeira de Macacu no Rio de Janeiro em 11 de dezembro de 1781. Estudava na Universidade de Coimbra, não se bacharelando em virtude da morte de seu pai, que o fez retornar ao Brasil em 1808 trazendo na bagagem apenas um título de Mestre Maçom.

Não faremos aqui sua trajetória política, que se estenderá pelos capítulos seguintes. Por ora, destacaremos sua incansável busca por elementos que poderiam ajudá-lo em seus ideais separatistas, levando para a Maçonaria inúmeros militares, como os Brigadeiros Luiz Pereira da Nóbrega, Domingos Alves Branco Muniz Barreto e José Joaquim da Gama e Silva, os Majores Francisco de Paula Vasconcellos, Albino dos Santos Pereira, Manoel dos Santos Portugal e Pedro José da Costa Barros, os Capitães João Mendes Vianna e Manoel José de Oliveira, além de grande número de oficiais de menor patente. 

Excetuando-se o Grande Arquiteto do Universo, nenhum outro Arquiteto ou Mestre Pedreiro (Maçom vem do inglês Mason e do francês Maçon que significa “pedreiro”) está livre de cometer erros, e Joaquim Gonçalves Ledo, o Grande Arquiteto da Independência, cometeu os seus.

Erros perfeitamente justificáveis, pois priorizou, entre tantos objetivos da Maçonaria, o amor à Pátria. 

Traçou e geometrizou em sua Prancheta um projeto de Independência do Brasil que evitaria derramamento de sangue como ocorrera em todas as demais independências dos países do continente. 

Para tal, deixou de lado seus sentimentos republicanos para abraçar um sistema que congraçaria todas as correntes políticas de então, uma Monarquia Constitucional.

Ombreado com diversos outros valorosos Irmãos Maçons, atraiu um sem número de militares de alta patente, clérigos e funcionários públicos e em seguida o brasileiro mais poderoso do Reino do Brasil, o Ministro dos Negócios e Estrangeiros, José Bonifácio de Andrade e Silva, fazendo-o Grão Mestre do recém criado Grande Oriente Brasílico, passo fundamental para atrair, também para a Maçonaria, o jovem Príncipe Regente, D. Pedro de Alcântara, de nacionalidade portuguesa, que, cedendo às pressões dos Maçons, acabou separando pouco a pouco o Brasil de Portugal, culminando, já como Mestre Maçom, proclamando a sua definitiva Independência em 7 de setembro de 1822.

Muito se fala modernamente que os Maçons, que embora se tratem como Irmãos, por pertencerem a uma mesma fraternidade, na verdade estão desunidos e separados em inúmeras Obediências Maçônicas, seja por nepotismo de uns ou por vaidades de outros.

Pois isso também aconteceu na Maçonaria em 1822 e Ledo não levou em consideração em seu projeto essas importantes variáveis, características próprias do ser humano: a desunião, o nepotismo, a vaidade, o ciúme, a inveja, os projetos pessoais de poder.

Usando o traço do Grande Secretário na Ata da sessão de 28 de setembro de 1822, “Não julgando a Grande Loja motivo suficiente para participar de nossos Augustos trabalhos o ser Maçom, pois também, por desgraça, viram a Luz homens indignos de gozá-la ...” podemos infelizmente afirmar que isso continua sendo de uma atualidade que  já não nos impressiona mais.

Embora o planejamento de Gonçalves Ledo tenha funcionado perfeitamente para o que havia priorizado, a Independência do Brasil, o projeto teve um efeito colateral indesejado e imprevisto: a interrupção dos trabalhos maçônicos, justamente pelo Imperador e Grão Mestre da Maçonaria.

Mas não foi só isso, a perseguição constante a Gonçalves Ledo e seus correligionários liberais, rotulados de anarquistas, pelos conservadores liderados pelo poderoso José Bonifácio.

Muitos deles, como José Clemente Pereira, foram processados e presos; o periódico Revérbero Constitucional Fluminense deixou de circular; o Cônego Januário da Cunha Barbosa, temeroso das perseguições, fundou e passou a ser o redator do Diário Fluminense, jornal defensor das práticas governamentais.

Mas o maior “inimigo” do poder, o principal líder liberal, não se conseguiu pôr as mãos, apesar de todos os esforços despendidos para prendê-lo, pois conseguiu refugiar-se em Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, propriedade do grande filantropo, fundador do Banco Rural Hipotecário e posteriormente agraciado com o título  nobiliárquico de Barão de São Gonçalo, Belarmino Ricardo de Siqueira. De lá, graças ao auxílio do Maçom Lourenço Westine, cônsul da Suécia, retornou ao Rio de Janeiro para embarcar secretamente com destino a Buenos Aires.

Todavia, o caráter despótico do Imperador, acabou encerrando sua parceria com José Bonifácio e seus seguidores, deportando-os para Le Havre, porto Francês.

Todos sabemos que com a partida de D. Pedro para Portugal, em 1831, para retomar o trono português, o Grande Oriente do Brasil foi reinstalado, mais uma vez sob a presidência do Grão Mestre José Bonifácio.


É uma pena que a História oficial exalte a figura de dois ilustres Maçons, ambos Grão Mestres do Grande Oriente do Brasil, D. Pedro, por ter proclamado a Independência, e José Bonifácio, que foi intitulado como sendo o “Patriarca da Independência”, e praticamente esqueceu do simples Primeiro Grande Vigilante do Grande Oriente do Brasil e redator do Revérbero Constitucional Fluminense, que foi o verdadeiro artífice, o Grande Arquiteto da Independência do Brasil, Joaquim Gonçalves Ledo.

Nesse nosso estudo sobre a História que a História não conta, não nos esquecemos desse grande patriota e Maçom que honra todos os seus Irmãos Maçons com seu incansável e nem sempre reconhecido trabalho para a Independência do Brasil. Por isso, aqui nos referimos a ele como o Grande Arquiteto da Independência do Brasil!


Excertos do livro: A História que a História não conta: A Maçonaria na Independência do Brasil - Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

MANUSCRITOS GÓTICOS - Mario Soncin Neto




Ao chegar em casa, depois da viagem, encontro um envelope que contém um livro enviado pelo irmão Mário Soncin Neto, médico cardiologista de Mirassol, SP, intitulado Manuscritos Góticos - A origem documentada da maçonaria.

A capa é discreta e não revela o excepcional trabalho de pesquisa realizado para compor esta magnífica obra. O próprio autor declara: " o livro propõe uma pesquisa histórica dedicada à análise dos manuscritos góticos da Maçonaria, também chamados de Old Charges, não apenas como registros simbólicos da tradição maçônica, mas como fontes documentais centrais para o estudo da estrutura, dos valores e do desenvolvimento institucional das corporações de pedreiros medievais. A obra busca demonstrar como esses textos, originalmente operativos, foram progressivamente reinterpretados até fornecerem a base ideológica e ritualística da Maçonaria especulativa moderna."

Foram pesquisadas dezenas de fontes, dos melhores e mais respeitados historiadores da Ordem, no Brasil e na Inglaterra, que compõe um quadro notável, completo e erudito, das origens de nossa Ordem, a partir dos documentos ancestrais que são apresentados em tradução com acurada análise. 

Posso declarar com absoluta tranquilidade que é o melhor livro sobre o assunto que já li, e me orgulho de ter lido e estudado muito.

Para adquirir o livro:
https://loja.uiclap.com/titulo/ua98537


setembro 05, 2025

TEATRO" -"reminder" (INGRESSOS ESGOTADOS) - Newton Agrella


Imagine-se num palco.

Todos numa encenação de uma peça.

Há um script a ser seguido.

O contra regra orienta a entrada, posturas, falas e a participação de cada ator.

Há uma música de fundo, uma iluminação que se alterna de acordo com o curso de encenação de cada tomada.

Quanto à interpretação cabe ao diretor orientar e tabular o tempo.

O texto, é bem verdade, tem um caráter universal.

As locomoções, movimentos, marchas, toques e palavras obedecem uma dramaturgia ritualística, conforme a roupagem de que se reveste a peça.

Vale lembrar que todos são rigorosamente  protagonistas, pois a essência do texto estabelece um caráter de Igualdade.

Porém, cada ator tem a Liberdade de expressar seu sentimento dando vida a seu personagem, sem que isso interfira no rumo da história.

A Fraternidade entre os protagonistas é a tônica deste ensaio.

O cenário é a própria concepção do mundo, cabendo a cada intérprete utilizar-se de seus instrumentos, munir-se de seus paramentos e de forma   solene e agradável oferecer o seu ofício em prol da humanidade, sob a égide de um Supremo Arquiteto.

A peça se realiza numa espécie de Acrópole, isto é, num lugar mais alto e nobre, onde "simbolicamente" os Templos são erigidos.

Sustentada por uma Lenda, apoiada pela História, amparada por uma Doutrina Filosófica e obedecendo uma natureza Especulativa que assim se transformou, após sua origem Operativa e Eclesiástica - assim é o Teatro da Vida - em que se revelam os princípios da Maçonaria.

A sessão maçônica é por si só, uma grandiosa peça teatral, plena de conteúdo, mas antes de tudo guarnecida de forte apelo psicológico, antropocêntrico e dotada de um claro objetivo que se constitui em levantar templos à Virtude e ao mesmo tempo combater a Ignorância, posto que a mensagem desta peça de teatro é a de aprimorar o Templo Interior de cada um de nós.

Olhe pra sí mesmo e encontre em seu personagem o propósito de sua interpretação.



setembro 04, 2025

A QUEM CABE A RESPONSABILIDADE ? - Alexandre L. Fortes,


A quem cabe a responsabilidade das nossas posturas e ações maçónicas?

A quem cabe a responsabilidade dos nossos atos? A quem cabe a responsabilidade de termos um mundo melhor, um país melhor, uma cidade melhor, um lar melhor, uma Loja melhor, uma Maçonaria melhor? A quem cabe a qualidade das nossas amizades, trabalhos, produções, relações humanas e até mesmo da nossa fé?

Como podemos desejar melhor e o melhor? Como queremos o melhor e sempre o melhor quando as nossas ações e atitudes não são verdadeiramente o melhor que nós, de modo efetivo, podemos contribuir de melhor? Se as nossas ações muitas vezes se resumem em “inações”? Como podemos ser obreiros úteis e dedicados à Grande Obra? Ou, se nos surpreendêssemos e por fracções de segundos reconhecêssemos, numa mera hipótese, de nos encontrar em estado letárgico ou inúteis, inativos, não fisicamente, mas vegetativos diante do trabalho maçónico? Como reagiríamos?

Certamente e muito certamente sempre queremos o melhor; queremos, como maçons, uma Potência melhorada; uma Loja melhorada; Luzes e Oficiais acrisolados; Irmãos lapidados e que fulguram luz; ações filantrópicas ativas e melhores; ações para maçónicas mais atuantes, enfim… sempre o melhor. 

Mas a questão fundamental é: COMO? Porque o QUEM sempre soubemos os autores: NÓS! Não podemos confundir o NÓS com uma posição de isolamento de situarmo-nos numa “noz”, com (z), fechados no nosso mundo subjetivo do que “achamos” ou no “mundo dos achismos” maçónicos. Somos corpo, somos plural em constante ação construtiva dos nossos Templos interiores e exteriores!

O diferencial de qualidade no nosso mundo, na nossa Maçonaria, na nossa Loja, começa da intenção interna pessoal ativa, das conjecturas internas dos nossos corações, dos corações de cada um de nós obreiros; dos nossos reais propósitos. O diferencial que queremos nasce e se consolida com o cultivar das nossas ações, na prática, de cada um de nós maçons. O diferencial de qualidade maçónica se concretiza com o AMOR à Sublime Arte, com o respeito, com a humildade, com a tolerância, com a prudência, com as Virtudes Maçónicas e, também, com a ACÇÃO PRÁTICA em todas as suas manifestações virtuosas, de cada um de nós, na práxis dos nossos quotidianos, dentro e fora de Loja.

Não podemos, jamais, lamentarmo-nos ou criticarmo-nos, um dia, por algo que por ventura venha a acontecer nas nossas vidas ou na nossa Loja, sem, proativamente, termos contribuído ao máximo para melhorar e manter a qualidade desejada; manter o nosso desiderato maçónico da nossa Loja. Cabe a nós todos, e individualmente também, a responsabilidade das nossas posturas maçónicas e acções de cinzelar, esquadrejar e polir a nossa P. B. .

Não podemos esperar resultados diferentes e melhores realizando as mesmas ações que resultam no que já sabemos e que sempre nos descontentam. Não podemos esperar resultados diferentes fazendo as mesmas coisas que produzem os mesmos efeitos já conhecidos e até depreciados. Alcançar resultados melhores, diferentes, é realizar tarefas e métodos melhores. É diferir em qualidade de acção do que já fazíamos. Alcançar o melhor é ser o melhor; é fazer diferente e melhor para se alcançar resultados diferentes e melhores.

A quem cabe a responsabilidade das nossas posturas e ações maçónicas? Ao outro que se invisibiliza? Ou a cada um de nós nas nossas ações individuais e/ou coletiva


https://www.freemason.pt/a-quem-cabe-a-responsabilidade-das-nossas-posturas-e-accoes-maconicas/

setembro 03, 2025

SETEMBRO ABRE SUAS PORTAS - Newton Agrella



A História da civilização humana se adapta e se reproduz ao sabor das circunstâncias.

Essa prerrogativa é explicável até mesmo para servir de orientação à cronologia e aos Calendários.

Setembro, até em função da própria origem da palavra, fazia referência à "septem" ou seja;  o sétimo mês do ano, de acordo com o calendário romano, que se baseava na Lua e possuía 10 meses.

Em razão disso, as estações do ano ligadas ao Sol caíam em épocas distintas.

Como forma de equacionar essa questão, atribui-se ao rei romano, Numa Pompílio, a criação de dois meses "JANUS" (Janeiro) e "FEBRUARE" (Fevereiro) para antecederam Março. 

Assim, JANOS que na mitologia romana representava o Deus das entradas e saídas, tornou-se a referência de primeiro mês, como forma inclusive de trazer bons presságios.  

Cabe aí, o ingrediente  da superstição, como uma disposição da alma, cujo exercício não é objeto ou mérito para discussão nesse capítulo.

De algum modo, a instituição desses dois novos meses, repercutiu que o uso se manteve pelo costume.

Setembro, no hemisfério sul, marca a transição entre o Inverno e a Primavera, cuja característica é o desabrochar das flores, chuvas, e o início das temperaturas mais quentes.

O extraordinário músico e poeta Beto Guedes em sua canção "Sol de Primavera"  diz: 

"...Quando entrar Setembro e a boa nova andar nos campos, quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez..."

No que diz respeito ao aspecto espiritual humano, no Judaismo, por exemplo o Yom Kipur, (Dia do Perdão) constitui-se numa das datas de maior relevância, que no calendário hebraico começa no crepúsculo do décimo dia do mês de Tishrei que coincide com o Mês de *Setembro*, Outubro ou Novembro).

Já para os Cristãos, a Igreja Católica dedica o mês de Setembro à Bíblia.

Setembro, para o nosso País simboliza uma das datas mais importantes de nossa história, onde se comemora a Independência do Brasil no dia 07, tradicionalmente marcada por uma série de manifestações políticas.

É ainda em Setembro que se comemora aquela que talvez seja, uma das datas mais relevantes para a história da civilização, que é o "Dia Mundial da Alfabetização", 08 de Setembro, posto que a Leitura e a Escrita, são os dois instrumentos mais eficazes para a socialização, para o acesso à informação e para o desenvolvimento do raciocínio crítico ao ser humano.

Setembro é marca de renovação, e que por ele possamos transitar com a capacidade de reafirmar nossos propósitos de vida.




SER SÁBIO É SER EXEMPLAR - Bruno Bezerra de Macedo



Ser sábio é conhecer-se a si mesmo. É compreender como você mesmo funciona, seja seu corpo físico, seus pensamentos, emoções e/ou sentimentos, pois desta clareza para entenderá seus limites e ampliará suas capacidades com a exatidão propiciada pelo inteligente emprego dos conhecimentos galgados ao longo de sua vida: o seu legado.  Legado graciosamente destinado às gerações vindouras na forma de exemplo.

Do latim sapere (que tem sabor) e do grego sofia (habilidade manual, ciência e sabedoria), percebemos que viver com sabedoria viver com sabedoria é conviver pacificamente com o semelhante, respeitando à enorme diversidade de evoluções, sem imposições ou julgamentos, pois, a sabedoria viceja a busca do que é essencial e não deixar que o urgente se sobreponha ao importante. É cultivar amizades.

Ser exemplar é uma qualidade que atrai e cativa amizades, pois pessoas inspiradas por bons comportamentos, princípios e caráter tendem a construir relações mais sólidas e significativas. Uma pessoa que age com honestidade e segue bons valores se torna um modelo positivo, atraindo companheiros de jornada que compartilham os mesmos ideais, pois, como o ferro afia o ferro, assim um amigo afio o outro. (1)

Pessoas com um comportamento exemplar inspiram os outros a serem melhores, criando um círculo de crescimento e desenvolvimento mútuo, como se fosse um jardim que floresce com o cuidado. O cuidado com o outro, como o de Pequeno Príncipe com a sua rosa (2), é fundamental para construir amizades verdadeiras. Atitudes de empatia e dedicação mostram que você se importa e se responsabiliza por aquilo que cativa.

Neste influxo, indaga Alexandre Fortes (3), a quem cabe a responsabilidade das nossas posturas? Segundo ele, o diferencial de qualidade se concretiza com o AMOR, com o respeito, com a humildade, com a tolerância, com a prudência, mas, principalmente, se robustece com a com continuada das manifestações virtuosas, que são a mais augusta identidade daqueles que se propõem a construir, pelo exemplo de si, um mundo melhor.

Somos responsáveis pelo que influenciamos, pois, nossas ações têm um impacto direto na formação de outras pessoas, especialmente crianças, influenciando suas crenças, autoestima e formas de se relacionar. Como aclara a neurociência, as emoções positivas não só melhoram as relações sociais, como também estimulam a confiança e a conexão, que são pilares da ocitocina e do bem-estar em grupo. 

Se possuímos a capacidade de sentir prazer, é porque esta emoção existe para um propósito. A felicidade diz respeito ao nível de satisfação com a vida e é levando uma vida virtuosa que alcançamos a felicidade, afirma Aristóteles (4). A virtude sempre está no meio-termo entre dois extremos viciosos e condenáveis (faltas e excessos). Quer dizer, fazer o melhor que você puder dentro do possível. 

Aterradoramente, hoje em dia as pessoas estão em busca de prazer, acreditando que o prazer e a felicidade são sinônimos ou que é apenas pelo prazer que alcançamos a felicidade. No entanto, apesar de apresentar um certo grau de prazer, a felicidade consiste em viver todos os aspectos da vida humana, dos agradáveis até os desagradáveis, entendendo que a felicidade repousa na como lidamos com estas emoções.

Por oportuno, indago: a inteligência é suficiente para discernir o Bem do Mal?  A inteligência emocional, ao desenvolver habilidades como autoconhecimento, autogestão, empatia e sociabilidade, dota os indivíduos da capacidade de construir pontes de entendimento em vez de muros, contribuindo para uma sociedade mais harmoniosa, onde as pessoas com e sem neurodesenvolvimento atípico prosperem num ambiente acolhedor e de apoio mútuo.

A inteligência emocional estimula a capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, motivar as pessoas, praticar a gratidão e, este fazer, promove melhorarias na empatia, na comunicação e no relacionamento interpessoal, que são as bases da inteligência social que é habilidade de compreender as emoções dos outros e de interagir eficazmente com eles, imprescindíveis à inclusão social almejada.

Cumpre observar que a inclusão social requer um envolvimento e uma participação ativa de todos os setores da sociedade, um processo que pode ser entendido como "imersividade social", onde as pessoas se sentem acolhidas, respeitadas e parte do ambiente. Uma sociedade onde todos se sentem imersos e parte integrante do coletivo é uma sociedade mais justa, solidária e resiliente, que cava masmorras aos vícios. 

Uma sociedade ótima tem no respeito a sua base fundamental, pois, o respeito permite a construção de equidade, inclusão, cooperação, empatia e a garantia de direitos e oportunidades para todos os indivíduos, elementos essenciais para um convívio social harmonioso e forte diante das adversidades. O respeito é algo que se conquista através de atitudes e comportamentos consistentes e dignos de admiração, a que chamamos exemplo.

O exemplo vetoriza a transmissão de conhecimento e experiências, tanto pessoais quanto de terceiros, permite o aprendizado contínuo, a criação de novas ideias, a consolidação do conhecimento e o desenvolvimento de uma compreensão mais profunda e abrangente dos assuntos, tornando-se assim um processo construção de caráter, tanto para quem dá o exemplo quanto para quem o recebe, impulsionando crescimento da sabedoria individual e coletiva. 

_________________________

REFERÊNCIAS INSPIRADORAS

(2) Salomão (o amado), Provérbios 27:17 (século X a.C.)

(3) Antoine de Saint-Exupery, O Pequeno Principe (1943 d.C.)

(4) Alexandre L. Fortes, A quem cabe a responsabilidade das nossas posturas e ações maçônicas, Freemason.pt (2025 d.C.)

setembro 02, 2025

ARLS CAPITÓLIO DAS ÁGUIAS UBERABENSE 284 - Uberaba


Regressando deste périplo de viagens de Lins, Uberlândia, Caldas Novas e Taguatinga, promovendo a Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras que tenho a honra de presidir, paramos em Uberaba para recuperar as energias. 

Mas eu me recarrego de energia visitando Lojas maçônicas e liguei para um irmão cuja amizade cultivo há cerca de duas décadas, Neílton Gonçalves Ribeiro, que disse "hoje é dia de minha Loja, vamos?". 

A ARLS Capitólio das Águias   Uberabense, da GLMMG é um templo pequeno que funciona em um edifício comercial. Mas ao contrário do que se possa imaginar é uma Loja grande, com mais de 40 irmãos e o assombroso número de seis aprendizes. Eu já havia visitado e palestrado nesta Loja há anos.

Para minha surpresa o Venerável Mestre é um brilhante advogado Harytow Heitor de Paula, que já havia nos prestado serviços jurídicos há uns 12 anos e que me concedeu gentilmente o tempo de estudos.

Fiz um resumo da palestra sobre o incêndio de Londres e a origem da maçonaria especulativa, que despertou grande interesse e também a exposição dos livros editados pela Academia. 

Foi uma noite muito agradável e produtiva.


A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA NA MAÇONARIA - Newton Agrella


A abordagem de um assunto complexo exige algumas premissas, que, embora verdades inconclusas possam ser muitas vezes, esquecidas, em benefício de interesses pessoais de momento.

A primeira premissa esclarece que a Maçonaria é uma Fraternidade. Ora, o substantivo feminino fraternidade designa o parentesco de irmãos, o amor ao próximo, a harmonia, a boa amizade, a união ou convivência como de irmãos. Isso leva à conclusão de que, na organização designada, genericamente, como Maçonaria, ou FrancoMaçonaria, definida como uma Fraternidade devem prevalecer a harmonia e reinar a união ou convivência como de irmãos.

A segunda premissa afirma que a Maçonaria, como uma Fraternidade, deve ser uma instituição fundamentalmente ética. O substantivo feminino ética designa a reflexão filosófica sobre a moralidade, ou seja, sobre as regras e códigos morais que orientam a conduta humana; refere se, também, à parte da Filosofia que tem por objetivo a elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento dos princípios normativos da conduta humana, segundo esse sistema de valores. Sendo, a Maçonaria, até pela sua definição, uma organização ética, devem ser rígidos os códigos de moral e alto o sistema de valores, que orientam a conduta entre maçons.

Todos os códigos maçônicos ressaltam a importância dos valores éticos entre maçons, ou seja, entre Irmãos. Isso está bem evidente em disposições inseridas em textos constitucionais, as quais, com pequenas variações de Obediência para Obediência, afirmam que, entre outros, são deveres do maçom:

"Reconhecer como Irmão todo maçom e prestar-lhe, em quaisquer circunstâncias, a proteção e ajuda de que necessitar, principalmente contra as injustiças de que for alvo;

Haver-se sempre com probidade, praticando o bem, a tolerância e a fraternidade humana"

setembro 01, 2025

O QUE É A MAÇONARIA?


A Maçonaria é uma das sociedades iniciáticas mais antigas ainda em atividade, cercada por simbolismo, ritos e uma longa trajetória que mistura tradição, beneficência e influência histórica. Sua origem remonta às antigas guildas de pedreiros medievais, especialmente entre os séculos XII e XVI, quando os construtores de catedrais góticas organizavam-se em corporações fechadas, guardando segredos técnicos de geometria, matemática e construção. Com o tempo, esses rituais foram se transformando e, em 1717, em Londres, surgiu a chamada Maçonaria Especulativa, quando o ofício deixou de ser apenas a arte da construção material e passou a simbolizar a construção moral e espiritual do indivíduo.

Sua estrutura é composta por Lojas Maçônicas, que funcionam como células locais autônomas, mas ligadas a Grandes Lojas ou Grandes Orientes, autoridades regionais ou nacionais. Não existe, contudo, uma centralização mundial. Em todas elas, prevalecem os graus básicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, que marcam o percurso de iniciação de seus membros. Alguns ritos, como o Escocês Antigo e Aceito ou o de York, acrescentam graus mais elevados, mas variam de acordo com a obediência a que pertencem.

A Maçonaria não é uma religião, mas exige de seus membros a crença em um Ser Supremo, chamado de Grande Arquiteto do Universo. Seus rituais são iniciáticos e baseados em símbolos de construção, como o esquadro e o compasso, que representam a moralidade e o equilíbrio. Historicamente, a organização esteve próxima de movimentos iluministas e liberais, defendendo ideias de liberdade de pensamento, laicidade e direitos civis. Com o passar dos séculos, sua atuação voltou-se principalmente para a beneficência, financiando escolas, bolsas de estudo, hospitais e obras sociais.

No aspecto financeiro, as Lojas se mantêm por meio das contribuições regulares de seus membros, conhecidas como capitações, que sustentam as atividades internas e também ajudam as Grandes Lojas. Em países como Inglaterra e Estados Unidos, a Maçonaria está registrada como associação sem fins lucrativos, devendo prestar contas em relatórios públicos. A United Grand Lodge of England, por exemplo, reporta doações anuais superiores a trinta milhões de libras em obras de caridade, enquanto nos Estados Unidos a Shriners International mantém mais de vinte hospitais infantis gratuitos. No Brasil, instituições como o Grande Oriente do Brasil e as Grandes Lojas Estaduais são registradas como associações civis, com estatutos, CNPJs e patrimônio declarado.

Apesar disso, a Maçonaria sempre foi cercada por críticas e controvérsias. Seu secretismo alimentou inúmeras teorias conspiratórias sobre suposto controle político, religioso ou econômico, e sua forte presença em movimentos de independência e revoluções liberais, como a Inconfidência Mineira, contribuiu para perseguições, principalmente da Igreja Católica, que desde 1738 condenou oficialmente a organização em diferentes bulas papais. Nos últimos tempos, outro desafio se apresenta: a queda no número de membros, já que as novas gerações têm aderido cada vez menos à vida maçônica.

Em essência, a Maçonaria sobreviveu como uma rede de sociabilidade, ética e beneficência que atravessa séculos. Mais do que uma religião ou um poder oculto, trata-se de uma irmandade histórica que moldou parte da cultura ocidental, movimenta milhões em filantropia no mundo e segue como um espaço de encontro para aqueles que buscam tradição, reflexão simbólica e atuação social.

agosto 31, 2025

REFLEXÃO - Adilson Zotovici


Em solilóquio com sinceridade

Noite adentro à  minha escultura

Como quem cobra, com profundidade

A nossa obra de arquitetura


Do iniciado sua identidade

Sobre os perigos de uma ruptura

De sua jura na fraternidade

Feita em colóquio com a alma pura


Grande Arquiteto em sua Bondade

Deu o Universo à semeadura

Não controverso à nossa irmandade


Livre “o pedreiro” de sua clausura

Não olvidar guião da caridade

Como bordão, como propositura !